Discurso durante a 85ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Saudação à Petrobras, em razão do reconhecimento internacional que a empresa vem obtendo, por sua eficiência.

Autor
João Pedro (PT - Partido dos Trabalhadores/AM)
Nome completo: João Pedro Gonçalves da Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA. POLITICA ENERGETICA.:
  • Saudação à Petrobras, em razão do reconhecimento internacional que a empresa vem obtendo, por sua eficiência.
Publicação
Publicação no DSF de 05/06/2007 - Página 18037
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA. POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • REGISTRO, DADOS, EMPRESA PRIVADA, ASSESSORIA, PESQUISA, COMPROVAÇÃO, AUMENTO, CONFIANÇA, MERCADO EXTERNO, INVESTIMENTO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).
  • COMENTARIO, HISTORIA, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), IMPORTANCIA, ESTUDO, RENOVAÇÃO, FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA, APOIO, PROGRAMA NACIONAL DO ALCOOL (PROALCOOL).
  • EXPECTATIVA, POPULAÇÃO, ESTADO DO AMAZONAS (AM), AUMENTO, PRODUÇÃO, Biodiesel, AMPLIAÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), PARCERIA, PROJETO, BENEFICIO, PEQUENO PRODUTOR RURAL.

O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há duas semanas registrei nesta Casa alguns dos indicadores que retrataram o desempenho do Brasil nos cenários econômico, social e ambiental. Ou seja, esses dados indicam que o Brasil consolida, a cada dia, os fundamentos que o conduzem ao desenvolvimento sustentável, condição desejada por toda a sociedade brasileira.

Hoje mesmo há um número maior de analistas econômicos que apostam que o Brasil obterá em breve recomendação das agências internacionais avaliadoras de mercados emergentes como país seguro para investimentos. Essa expectativa está escorada, é claro, no desempenho das empresas e da governança do Brasil e gera efeitos positivos nos ativos das companhias brasileiras e nos mercados doméstico e externo.

Sr. Presidente, é motivado por essa perspectiva de cenário positivo para o presente e para o futuro do Brasil que registro, nesta tarde, que a Petrobras passou do 83º para o 8º lugar entre as empresas mais respeitadas do mundo. Faço questão de repetir que a Petrobras passou do 83º para o 8º lugar entre as empresas mais respeitadas do mundo.

Esse resultado é atestado pela empresa privada de assessoria e pesquisa, a Reputation Institute (RI), cuja sede está localizada em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A RI também possui representação em mais de vinte países. O ranking atual relaciona as seiscentas grandes empresas do mundo. E foi elaborado pelo décimo ano consecutivo.

O Reputation Institute criou um modelo de pesquisa, o “Rep Trank”, que mede o nível de estima, de confiança, respeito e admiração que os consumidores têm em relação às empresas avaliadas pelo público.

Na pesquisa a que me refiro, foram entrevistadas mais de 60 mil pessoas, de janeiro a fevereiro de 2007, em 29 países. Nela, o RI aponta o salto da Petrobras, que passou de 73.99 pontos, em 2006, para 82.19 pontos, em 2007, o maior registro no grupo das três primeiras colocadas.

Sr. Presidente, a Petrobras avançou 75 posições, deixando para trás empresas como a Michelin, a UPS, a Swaton Group, a Honda, a Kraft Foods. A Petrobras conquistou também a melhor posição entre as empresas de energia. A segunda colocada do grupo é a Gazprom-Neft, empresa russa que ficou na 28ª oitava posição.

O mesmo ranking internacional revela que, entre as empresas brasileiras, a Petrobras aparece em primeiro lugar, à frente da Companhia Vale do Rio Doce (31ª), do grupo Pão de Açúcar (40º) e da Gerdau (46º).

Da pesquisa da RI, participaram vinte empresas de capital brasileiro e quatro ficaram entre as cinqüenta primeiras colocadas. Em 2006, nenhuma empresa brasileira apareceu entre as cinqüenta companhias mais respeitadas.

À frente da Petrobras, no ranking internacional, estão sete empresas européias e uma japonesa: Lego (Dinamarca), Ikea (Suécia), Barila (Itália), Mercadona (Espanha), A.P. Moller-Maersk (Dinamarca), Toyota (Japão) e Ferrero (Itália).

O Reputation Institute avalia também sete outras dimensões, com base em âmbito internacional: liderança, cidadania, performance, produtos/serviços, inovação, ambiente de trabalho e governança. Esta é a segunda edição da pesquisa do Reputation Institute no Brasil.

Sr. Presidente, essa notícia deve agradar a todos nós, que torcemos pelo desempenho das empresas brasileiras no cenário internacional. Como vimos no resultado da pesquisa que acabo de registrar nesta Casa, no Senado da República, a Petrobras e demais empresas brasileiras reafirmam a retomada da auto-estima do povo brasileiro, principalmente a Petrobras, Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, que é sinônimo da brasilidade, desde a sua fundação, em 1954, fruto da reivindicação de uma ampla mobilização popular em nível nacional.

A minha expectativa em relação à Petrobras é de que ela continua honrando seu compromisso histórico com o povo brasileiro, hoje, mais do que antes, pois precisamos, urgentemente, ampliar as fontes de energia renovável do País, para que este se mantenha competitivo na chamada economia globalizada.

A bem da verdade, a Petrobras desenvolve estudos sobre novas fontes de energia desde 1972, quando estourou a primeira grande crise mundial do petróleo. É dessa época o Programa Nacional do Álcool, apoiado pela Petrobras, cujo resultado é do conhecimento de todos nós.

Hoje, quando vislumbramos as possibilidades da bioenergia, não há como não ver a Petrobras empenhada nesse projeto de grande alcance econômico, social e ambiental. Esse é o caso do biodiesel oriundo do dendê, cultura que pode ser manejada no âmbito da agricultura familiar. No meu Estado, o Amazonas, a dendeicultura assenta-se muito bem na recuperação de terras degradadas por projetos agropastoris fracassados no passado. Nós, do Amazonas e da Amazônia, esperamos que a Petrobras amplie suas parcerias em projetos que beneficiem os micros e os pequenos agricultores.

Especificamente no meu Estado, a Petrobras tem grandes investimentos previstos em pesquisa, prospecção e exploração de petróleo e gás nas bacias do Urucu e do Juruá. Em breve, Manaus receberá o gás natural de urucu, por meio de dutos, fato que aquecerá a economia do Estado em decorrência da instalação de uma matriz energética segura para os investidores.

Enfim, Sr. Presidente, meu desejo é que a Petrobras e demais empresas de capital nacional obtenham, cada vez mais, o reconhecimento da comunidade internacional pela eficácia, pela segurança, pela produtividade e pela confiança que geram no mercado globalizado. Ao mesmo tempo, apelo para que elas estejam presentes também nos programas e projetos que venham a beneficiar contingentes de brasileiros historicamente excluídos da partilha da riqueza nacional.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Petrobras é reconhecida, em nível internacional, pela sua eficiência, pelas suas pesquisas, pelos seus trabalhos, mas, acima de tudo, por ser brasileira, o que nos orgulha muito. Orgulha a todos nós, brasileiros, a postura, a condução das suas políticas; orgulha a todos nós, brasileiros, conhecermos sua história: o que fez, o que faz e o que fará a Petrobras.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/06/2007 - Página 18037