Discurso durante a 86ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Manifestação sobre a discussão das questões ambientais, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente.

Autor
Leomar Quintanilha (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/TO)
Nome completo: Leomar de Melo Quintanilha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
  • Manifestação sobre a discussão das questões ambientais, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente.
Publicação
Publicação no DSF de 06/06/2007 - Página 18814
Assunto
Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
Indexação
  • IMPORTANCIA, MOBILIZAÇÃO, DEBATE, SENADO, OPORTUNIDADE, DIA INTERNACIONAL, MEIO AMBIENTE, REGISTRO, TRABALHO, COMISSÃO, PRESIDENCIA, ORADOR.
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, SEMINARIO, CONTROLE, GESTÃO, MEIO AMBIENTE, ELOGIO, INICIATIVA, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU), IMPORTANCIA, CONSCIENTIZAÇÃO, CIDADÃO, NECESSIDADE, PRESERVAÇÃO, RECURSOS AMBIENTAIS, REVERSÃO, PROCESSO, DESTRUIÇÃO, BUSCA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.

            O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PMDB - TO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mão Santa, vigoroso representante, nesta Casa, do nosso querido Piauí, Srªs e Srs. Senadores, Deputado João Salame, Presidente da Comissão do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Pará, que nos honra com sua presença e a quem dirijo minhas homenagens, senhoras e senhores, vim a esta tribuna exatamente para acompanhar esse forte movimento que, estou seguro, ocorreu nesta Casa para promover a discussão das questões ambientais neste 5 de junho, quando o mundo inteiro comemora o Dia do Meio Ambiente.

            Esse apelo torna-se mais acentuado a cada dia que passa.

            Acabo de retornar, Sr. Presidente, de Belém do Pará, terra do nosso ilustre Senador Flexa Ribeiro, onde fui a convite do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, que, em conjunto com o Tribunal de Contas da União, realizou um seminário denominado Controle da Gestão Ambiental.

            Ora, Sr. Presidente, talvez os menos avisados queiram questionar quais as razões que levam o Tribunal de Contas da União, que tem uma atividade constitucional específica, a discutir a questão ambiental. Devemos cumprimentar o Presidente e os membros do Tribunal de Contas da União por essa importante iniciativa. Hoje, mais do que nunca, não somente o Tribunal de Contas da União, mas todas as instituições - e eu diria mais: todo cidadão brasileiro, todo cidadão do mundo, cada homem e cada mulher - devem estar, realmente, discutindo as questões ambientais.

            É hora de pensarmos no que poderemos fazer pela mãe natureza e deixarmos de pensar no que a natureza pode fazer por nós, porque vivemos, até hoje, praticamente usufruindo suas riquezas, sem ter com ela o cuidado que ela sempre teve conosco.

            Estou seguro, Sr. Presidente, de que, hoje, eu e muitas pessoas deste País nos envergonhamos da forma como cuidamos dos nossos riachos, dos nossos rios, dos nossos ribeirões, dos nossos córregos. Ao longo da nossa história, acostumamo-nos a criar aglomerações, que se transformaram em vilas, povoados e cidades, às margens dos córregos, dos riachos e dos ribeirões, exatamente para usufruirmos essa generosidade da natureza, e pela facilidade de uso da água. No entanto, nem sempre tivemos o necessário cuidado com esses mananciais, e vários deles estão, hoje, à mercê de um trabalho rigoroso com vistas a sua recuperação, pois são verdadeiros esgotos a céu aberto.

            Muitos de nós precisamos nos envergonhar da forma como tratamos nossos mananciais, nossa biodiversidade, nossas florestas.

            É hora de todas as instituições e de cada cidadão brasileiro terem a consciência da sua participação na reversão desse processo nefasto de destruição do ambiente em que vivemos. É hora de buscarmos, efetivamente, um modelo diferenciado de sustentação e de desenvolvimento, em que possamos guardar a empatia, a composição entre o processo de sustentação e de busca de sobrevivência das pessoas com a preservação do meio ambiente em que vivemos.

            Nós, aqui no Senado, já estamos fazendo a nossa parte, não só por meio da Comissão de Meio Ambiente, de Defesa do Consumidor e de Fiscalização e Controle, que tenho orgulho de presidir, mas vejo essa preocupação tomar conta da agenda diária de S. Exªs os Srs. Senadores, vejo essa preocupação tomar conta da agenda diária dos técnicos e dos servidores do Senado, que já estão desenvolvendo algumas ações como forma de contribuírem, de darem um passo a mais, de fazerem a sua parte, que é o dever de todos nós, para que essa conscientização seja realmente democratizada; para que cada cidadão de qualquer idade - homem ou mulher, criança, adulto ou idoso - tenha a consciência da necessidade, da importância de participarmos da reversão do processo de destruição do ambiente em que vivemos.

            Por isso, apesar do desastre que a humanidade produziu em relação à natureza, temos de comemorar o dia 5 de junho como um avanço, como um processo de transformação que a consciência da população está provocando.

            Estou seguro de que este 5 de junho haverá de ser um marco para que essa conscientização se amplie, e possamos, com a rapidez que o processo está a exigir, testemunhar a participação do cidadão brasileiro, da nossa criança, do nosso jovem, de homens e mulheres engajados no processo de construção de um modelo de desenvolvimento socioeconômico sustentável, sem agressão, mas, pelo contrário, com ampla proteção ao ambiente em que vivemos.

            Por essa razão, Sr. Presidente, tenho a alegria e o orgulho de poder encerrar esta sessão importante do Senado Federal, fazendo esta homenagem a todos aqueles que já deram a demonstração de que estão conscientes da importância do seu trabalho e da sua participação no processo de recuperação da extraordinária natureza, da beleza da vida da terra em que vivemos.

            Muito obrigado.

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/06/2007 - Página 18814