Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Elogios à homenagem prestada pelos Diários Associados e Correio Braziliense a Augusto Ruschi.

Autor
Gerson Camata (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Gerson Camata
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
  • Elogios à homenagem prestada pelos Diários Associados e Correio Braziliense a Augusto Ruschi.
Publicação
Publicação no DSF de 20/06/2007 - Página 20089
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, EMPRESA, IMPRENSA, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), CRIAÇÃO, PREMIO, DENOMINAÇÃO, ASSIS CHATEAUBRIAND (PR), JORNALISTA, EX SENADOR, REDAÇÃO, ASSUNTO, PATRONO, ECOLOGIA, BRASIL, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.
  • ELOGIO, VIDA PUBLICA, AUGUSTO RUSCHI, ECOLOGISTA, CIENTISTA, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), PIONEIRO, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE, DETALHAMENTO, BIOGRAFIA.

O SR. GERSON CAMATA (PMDB - ES. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho à tribuna nesta tarde para me congratular com os Diários Associados e com o Correio Braziliense.

O Correio Braziliense é um jornal pioneiro; foi fundado por Assis Chateaubriand aqui em Brasília, mas é um título comprado, à época, de uma publicação em Londres do século XIX. É hoje um dos principais jornais do Brasil. Certamente, na capital, é um jornal que merece de todos o respeito, pela qualidade do editorial e de seus profissionais.

O Correio Braziliense acaba de instituir o 13º Prêmio Nacional Assis Chateaubriand, que foi o fundador dos Diários Associados. É um prêmio de redação e, ao mesmo tempo, um projeto memória. Este ano, o prêmio se chama “Augusto Ruschi, patrono da ecologia brasileira”. O tema da redação é: “Augusto Ruschi e o Desafio do Desenvolvimento Sustentável”.

Diz aqui o Correio que Augusto Ruschi, que nasceu em 1915 e morreu em 1986, foi o defensor da flora e da fauna e é o Patrono da Ecologia no Brasil por sua posição em favor da natureza e também pelo estudo das espécies brasileiras. Lutou e trabalhou como poucos sobre a importância de se pensar o homem e o seu habitat. Há muito que se resgatar da obra desse cientista e humanista, reconhecido como um dos maiores homens que construíram o saber e as idéias do século XX. E que é também a principal personagem em defesa da ecologia nacional.

Concita o Correio os estudantes: “Leia, pesquise e escreva sobre o ser humano, o desenvolvimento e o meio ambiente. Tome como exemplo Augusto Ruschi, brasileiro que defendeu a harmonia entre os seres vivos e a terra em que vivemos”.

Há um prêmio de R$35 mil pela redação e uma viagem a Brasília para a solenidade de premiação.

Sr. Presidente, Augusto Ruschi era capixaba. Lá pelos anos de 1960, Presidente Fernando Collor, ele já defendia a ecologia, mostrava preocupação com o meio ambiente, com a preservação de mananciais, com a preservação de nascentes, com o controle de defensivos agrícolas. E o Espírito Santo, Senador Heráclito Fortes, foi pioneiro; foi o primeiro Estado a exigir receituário de defensivos agrícolas, o não uso de fosforados, quer dizer, sempre um trabalho deste grande cientista que foi Augusto Ruschi, autodidata, trabalhador e ao mesmo tempo um homem que se projetava, já naquela época, no mundo inteiro. Eu me lembro, pela National Geographic Magazine - uma grande publicação que hoje tem até um canal de televisão -, da projeção que tinha Augusto Ruschi no mundo.

Vários cientistas peregrinavam até Santa Teresa, [Município capixaba onde nasceu Augusto Ruschi]. É muito interessante: o Assis Chateaubriand colocou os Diários Associados, a revista O Cruzeiro, a TV Tupi na época, a serviço da cruzada que o Augusto Ruschi fazia em favor da ecologia no Brasil. Eu me recordo de que conheci pessoalmente Assis Chateaubriand quando ele foi a Santa Teresa, lá no santuário de Augusto Ruschi, para levar o apoio dos Diários Associados à cruzada que ele fazia em defesa dos beija-flores que, na época, estavam sendo devastados pelos defensivos agrícolas. Foi um grande trabalho o dele.

Eu convivi com ele. Quando eu era Deputado Estadual, na Assembléia Legislativa do Espírito Santo, em 1966, ocorreu até um fato interessante. Ele foi fazer uma exposição sobre café. E ele tinha feito alguns dias antes umas críticas à Assembléia Legislativa exatamente sobre ecologia, e os Deputados combinaram: “Ninguém vai fazer nenhuma pergunta ao Ruschi. Ele vai falar e nós vamos virar de costas para ele”. Mas eu, amigo dele, resolvi fazer uma pergunta. Como a conferência era sobre café, perguntei assim: “Dr. Augusto Ruschi, é verdade que o café ativa a inteligência?” Para que eu fui perguntar isso? Ele disse assim: “É verdade, e os Deputados precisam tomar muito café”. Eu não devia ter feito uma pergunta dessa a ele; mas demonstrava também a sua verve, não é?

Eu quero cumprimentar o Álvaro Teixeira da Costa, esse grande jornalista brasileiro, que é o Diretor-Presidente do Correio Braziliense; o Ari Cunha, que é também colunista; o Evaristo de Oliveira, que é o Diretor-Gerente; o Josemar Gimenez, o Paulo César Marques, o Mauro Nakao, o Guilherme Machado, o Osvaldo Abílio Braga, o Luiz Alberto Albuquerque, a Ana Dubeux, o Carlos Marcelo e o Marcelo Pimentel, que são os editores do Correio Braziliense, diretores e jornalistas, por essa grande iniciativa de se prestar uma homenagem a esse homem que foi um pioneiro e que não pode ser esquecido.

Muito obrigado, Sr. Presidente; muito obrigado, Srªs e Srs. Senadores.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/06/2007 - Página 20089