Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaques sobre matérias publicadas pela revista Corrente Contínua, veículo de divulgação das ações da Eletronorte que, completa 30 anos de existência.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA.:
  • Destaques sobre matérias publicadas pela revista Corrente Contínua, veículo de divulgação das ações da Eletronorte que, completa 30 anos de existência.
Publicação
Publicação no DSF de 20/06/2007 - Página 20162
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A (ELETRONORTE), RESPONSABILIDADE, ABASTECIMENTO, ENERGIA ELETRICA, PROMOÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, REGIÃO NORTE, COMENTARIO, PUBLICAÇÃO, PERIODICO, DIVULGAÇÃO, ATIVIDADE, PRODUÇÃO, TRANSMISSÃO, ENERGIA, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, ESPECIFICAÇÃO, ARTIGO DE IMPRENSA, ANALISE, MATRIZ ENERGETICA, VANTAGENS, USINA HIDROELETRICA, POSSIBILIDADE, CONTROLE, IMPACTO AMBIENTAL.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr Presidente, Srªs e Srs Senadores, em qualquer lugar do mundo, existe um pré-requisito básico para a promoção do crescimento econômico e da subjacente geração de empregos e renda: a existência de energia elétrica suficiente para alimentar a pujança da economia. Não é diferente em nosso Brasil. Nós, brasileiros, já passamos pelas agruras de um racionamento de energia. Bem sabemos o quanto custou para o País - e para todos nós - a falta de energia elétrica para sustentar o crescimento.

Em minha querida Região Norte, existe uma empresa que trabalha diuturnamente para gerar e transmitir a energia necessária ao progresso. Trata-se da Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás. Criada em 20 de junho de 1973, portanto completando 34 anos, a empresa é responsável pelo abastecimento dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Recebi, recentemente, da Diretoria da empresa um exemplar da revista Corrente Contínua, veículo de divulgação das ações da Eletronorte, tanto na área de geração e transmissão de energia, quanto em matéria de preservação ambiental e de projetos sociais. Gostaria de destacar algumas matérias publicadas na revista, que completa, em 2007, 30 anos de existência.

A primeira matéria a que gostaria de referir-me é assinada pelo jornalista Alexandre Accioly e possui o título “Hidrelétricas são a melhor opção para o Brasil”. A matéria não poderia vir em melhor hora. Neste momento, em que a questão ambiental toma conta dos debates em todo o mundo, é preciso que discutamos, de uma vez por todas, qual a matriz energética que queremos para o nosso País. E a forma mais limpa e produtiva de geração de energia elétrica que temos no Brasil é, sem dúvida alguma, a hidrelétrica.

Segundo a reportagem, corre em nossos rios um potencial de geração de energia elétrica da ordem de 260 gigawatts, dos quais apenas 25% são efetivamente gerados. Somente na Região Norte, o potencial hidrelétrico é de 114 gigawatts, ou seja, 44% de toda a energia hidrelétrica que pode ser produzida no Brasil. Segundo levantamento feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a bacia do Rio Amazonas é uma das que possuem maior potencial hidráulico no Brasil. Dentro dessa bacia, merecem destaque as sub-bacias dos Rios Xingu, Tapajós, Madeira e Negro.

Não podemos esquecer que a energia hidrelétrica é uma energia limpa e renovável, pois, além de não queimar combustíveis fósseis, depende, exclusivamente da água dos rios para mover as usinas. É claro que a construção de hidrelétricas, assim como toda e qualquer obra humana, produz impactos ambientais e sociais, que não devem ser desprezados. Entretanto, esses impactos podem ser perfeitamente sanados ou minorados, se forem adotadas as medidas previstas nos estudos de impacto sócio-ambiental.

Na balança dos prós e contras, tenho absoluta certeza de que prevalecem as inúmeras vantagens da energia hidrelétrica. Não há, em nosso País, melhor forma de geração de energia. Sendo assim, é preciso avançar na construção de novas usinas, entre as quais gostaria de destacar as de Belo Monte - no Rio Xingu - e Santo Antônio e Jirau - no Rio Madeira -, obras indispensáveis para o progresso da Região Norte e do Brasil. Para se ter uma idéia, somente a usina de Belo Monte será capaz de produzir 12 mil megawatts de energia elétrica, potencial do qual não podemos prescindir.

Na área de atuação da Eletronorte, a preservação ambiental caminha lado a lado com a geração de energia. Esse é o tema de outra matéria, constante da revista Corrente Contínua, sobre a qual gostaria de tecer alguns comentários. A matéria, assinada pela jornalista Michele Silveira, traz exemplos de como a Eletronorte cuida dos impactos ambientais subjacentes à construção das usinas hidrelétricas.

Para compensar os impactos da implantação da Usina Hidrelétrica de Balbina, a Eletronorte criou a Reserva Biológica do Uatumã. Com 900 mil hectares de área, a Reserva é três vezes maior do que a área alagada para a construção da usina. Exemplo de conservação, a Reserva é considerada prioritária para a manutenção da diversidade biológica da Amazônia, além de fazer parte do Corredor Ecológico da Amazônia Central, o maior conjunto de áreas protegidas do planeta.

No Estado do Pará, a Eletronorte mantém, juntamente com parceiros tais como o Museu Emílio Goeldi e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado, o Mosaico de Unidades de Conservação do Lago da Usina Hidrelétrica Tucuruí. Os 570 mil hectares do Mosaico abrigam duas reservas de desenvolvimento sustentável e uma área de proteção ambiental, onde são realizados projetos de preservação e de monitoramento de espécies em risco de extinção.

A manutenção dessas áreas de preservação é uma prova inconteste de que os empreendimentos administrados pela Eletronorte possuem nítida responsabilidade ambiental. Se assim tem sido com as usinas hidrelétricas já existentes, assim será com aquelas a serem implantadas muito em breve.

O exemplar que recebi da revista Corrente Contínua ainda possui uma série de reportagens interessantes que retratam o trabalho da Eletronorte, com destaque para a responsabilidade sócio-ambiental, uma das marcas da empresa.

A linha-mestra da revista, com a qual compartilho as mesmas convicções, é que o Brasil precisa construir usinas hidrelétricas para garantir um futuro de prosperidade para o seu povo. Os impactos sócio-ambientais existem, mas são perfeitamente contornáveis por intermédio de ações modelares como as que vêm sendo desenvolvidas pela empresa nas regiões alagadas pelas Usinas de Balbina e Tucuruí.

O Brasil precisa de energia para crescer e gerar empregos. E a melhor maneira de fazê-lo é investindo na construção de novas hidrelétricas, fontes de geração de energia limpa e renovável. Parabéns à Eletronorte pela belíssima revista e pelo competente trabalho que vem desenvolvendo!

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/06/2007 - Página 20162