A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, já entrei quase na brincadeira no tocante ao que acontece nesta Casa, porque não é mais “cada dia, a sua agonia”, mas “cada minuto, o seu tumulto”.

     Enquanto eu estava no gabinete do Senador Tião Viana - e S. Exª está na Bahia - e conversava com S. Exª para que pudéssemos tomar alguma providência no sentido de agilizar para que não pairasse qualquer dúvida, V. Exª já deu uma demonstração inequívoca, fazendo o despacho ad referendum da Mesa, pois se trata de decisão coletiva. Tenho a compreensão de que toda a Mesa o respaldará, inclusive com a mesma prontidão com que V. Exª decidiu.

     Também a decisão do Senador Sibá Machado foi corretíssima, porque devemos seguir o rito processual correto e adequado. Todos sabemos que qualquer processo em andamento que não siga o rito é passível de nulidade. Então, faremos tudo conforme o rigor do Regimento Interno.

     Essa decisão de V. Exª é uma forma, Sr. Presidente, de se expressar em nome de todos nós ou pelo menos da maioria desta Casa, que está absolutamente comprometida com o esclarecimento e a verdade dos fatos e não com a calúnia e a difamação. Refiro-me, Sr. Presidente, àqueles que não perdem a oportunidade de querer se diferenciar como mais éticos e acima de toda e qualquer suspeita, lançando mão permanentemente de desconfianças e suspeitas a cada ato de companheiros Senadores ou Senadoras nesta Casa.

     Ontem, quase perdi a paciência; hoje, de novo, quase perdi a paciência. É bom todos nós termos muita calma e, mais do que calma, nos atermos ao rigor do Regimento e da legislação em vigor e ao rigor do comportamento que se espera de cada um de nós, inclusive aqueles que adoram surfar na defesa da ética acima de toda e qualquer ponderação, bom senso e razoabilidade. Assim, permanentemente, todo dia, todo dia, ficar aqui escutando insinuações esta Casa também não mais admite. A atitude de V. Exª dá um basta a essas insinuações e tenta se diferenciar permanentemente como arautos da moralidade quando todos temos que preservar a ética e a moralidade, sim, sem querer sapatear na cabeça de quem quer que seja.