O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a liberdade de informação, como direito fundamental assegurado pela Constituição Federal, abrange tudo o que é de interesse público, com o objetivo de garantir a todos os cidadãos o acesso à informação e para que todos estejam em sintonia com o mundo em que vivemos.

O poder da informação e o direito á obtê-la, a liberdade de pensamento, a inviolabilidade da intimidade, os direitos e garantias individuais são temas da mais alta relevância que nos convidam a uma reflexão profunda, sempre que analisamos o papel dos meios de comunicação numa sociedade moderna, aberta, democrática e pluralista.

O Brasil tem o privilégio de dispor de uma empresa jornalística, de uma rede de televisão, do mais alto nível internacional, que pratica um jornalismo moderno, com equilíbrio, ética e responsabilidade, valendo-se de recursos tecnológicos de última geração para educar, informar e entreter.

Os oito mil funcionários e as 121 emissoras, produtoras e afiliadas, garantem a produção contínua de noticiários, entrevistas, pesquisas, debates, documentários, telejornais e diversão, cobrindo a quase totalidade dos municípios brasileiros.

São quatro mil profissionais diretamente ligados à área de criação artística de programas: autores, diretores, atores, jornalistas, cenógrafos, figurinistas, produtores, músicos e técnicos de diversas especializações.

Falo, Sr. Presidente, da Rede Globo de Televisão, emissora internacionalmente reconhecida por seu elevado nível de qualidade há mais de três décadas: em 1976, o jornalista Roberto Marinho, fundador da Rede Globo de Televisão, recebeu o prêmio internacional Emmy, como Homem Destaque de Televisão, inaugurando uma longa série de prêmios internacionais conferidos à Rede Globo.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o objetivo principal deste meu pronunciamento é destacar um aspecto relevante da atuação da Rede Globo de Televisão, que ultrapassa o campo de uma empresa jornalística.

Trata-se de sua contribuição para a cidadania, para a inclusão social, para o fortalecimento de nossa diversidade cultural e para a promoção de instituições, entidades e temas sociais e culturais.

O Balanço Social da Rede Globo, referente a 2006, nos mostra o engajamento dessa emissora de televisão num grande número de atividades, programas e projetos de interesse público que contribuem para nosso desenvolvimento artístico, social, cultural e político.

São muitos os programas sociais promovidos diretamente ou apoiados pela Rede Globo de Televisão, o que torna muito difícil destacar apenas um ou alguns deles.

Mesmo assim, não hesitaria em ressaltar o elevado mérito social do projeto “Criança Esperança”, reconhecido pela ONU como modelo internacional de projeto de inserção social e de preparação de crianças para um mundo em transformação.

Já são 21 anos de campanha, mais de 176 milhões de reais em doações, mais de cinco mil projetos sociais que contribuíram para garantir os direitos de mais de três milhões de crianças e adolescentes, para reduzir a mortalidade e o trabalho infantil e combater a exploração sexual infantil.

O “Mutirão da Cidadania” é outro projeto meritório da Rede Globo de Televisão, em parceria com o Serviço Social da Indústria - Sesi, e que propiciou quase 4 milhões de atendimentos nas áreas de saúde, educação, esporte, lazer, cultura e cidadania.

A reflexão sobre a realidade social tem sido outra área de ação em que a Rede Globo de Televisão se destaca. Um exemplo recente é a novela Páginas da Vida, de Manoel Carlos, tratando do tema da Síndrome de Down, e que contribuiu fortemente para combater um antigo preconceito contra pessoas com deficiência.

Na mesma linha de “merchandising social”, diversos temas de interesse social foram tratados de maneira pedagógica e adequada pela Rede Globo: HIV/Aids, alcoolismo, racismo, trabalho infantil, tráfico de mulheres e anorexia.

A minissérie intitulada JK contribuiu para resgatar um período histórico da mais alta relevância, em que o Brasil deixou de ser um país eminentemente agrícola e ingressou na era industrial e na interiorização do seu processo de desenvolvimento, destacando a figura exponencial do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o tempo que me é reservado, regimentalmente, não me permitiria tratar de todos os importantes projetos sociais e jornalísticos desenvolvidos pela Rede Globo de Televisão.

Quero, neste momento, mais uma vez, ressaltar seu excepcional trabalho e cumprimentar toda a direção e os funcionários dessa emissora por tudo que têm realizado e por tudo o que ainda haverão de realizar em benefício de nossa cultura, de nossas artes e de nosso desenvolvimento social.

Tenho plena convicção de que este mesmo sentimento é compartilhado por todos os membros desta Casa do Congresso Nacional.

Muito obrigado.