Pronunciamento de Heráclito Fortes em 19/06/2007
Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Questiona a prerrogativa do Senado de aprovar a indicação de dirigente do DNIT, uma vez que a comissão não tem a obrigação legal de sabatinar o indicado.
- Autor
- Heráclito Fortes (PFL - Partido da Frente Liberal/PI)
- Nome completo: Heráclito de Sousa Fortes
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
SENADO.
:
- Questiona a prerrogativa do Senado de aprovar a indicação de dirigente do DNIT, uma vez que a comissão não tem a obrigação legal de sabatinar o indicado.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/06/2007 - Página 20122
- Assunto
- Outros > SENADO.
- Indexação
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- COMENTARIO, POLEMICA, INDICAÇÃO, DIRETOR GERAL, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), SUGESTÃO, DISCUSSÃO, PRERROGATIVA, SENADO, MOTIVO, POSSIBILIDADE, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEMISSÃO, DIRIGENTE, DESRESPEITO, APROVAÇÃO, COMISSÃO.
O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estou acompanhando a indicação do Sr. Pagot para ocupar a Diretoria-Geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre -DNIT.
Tenho visto esse caso arrastar-se há dias nesta Casa. Senador João Ribeiro, não quero entrar no mérito, mas quero levantar aqui uma preliminar que deve ser corrigida pelo Senado: não há necessidade legal de os dirigentes do DNIT serem sabatinados na Comissão. O que ocorreu? Aquela velha tese do atual Governo: para se livrar da pulga, mata-se o boi. A desconfiança com problemas recorrentes no DNIT fez com que fosse criada esta modalidade: um departamento, um órgão de Governo que não é uma agência e em que não há mandato específico - o funcionário é demissível ad nutum.
Dessa forma, Sr. Presidente, penso que este é o momento de o Senado, de uma vez por todas, acabar com isso. Estamos discutindo prerrogativa que não é nossa; é prerrogativa do Senhor Presidente da República. Vamos admitir que, amanhã, o Sr. Pagot seja nomeado e que, depois de amanhã, o Presidente da República resolva demiti-lo. Isso desmoralizaria a Comissão, desmoralizaria quem aprovou a decisão. Criou-se a figura do mandato e a figura da agência exatamente para se preservar o exercício em casos específicos, não em casos como este, de um servidor público de confiança do gestor maior - no caso, o Presidente da República.
Quero fazer essa reparação e sugerir às Lideranças, tão atentas a esses fatos, que tomem providências imediatas, para que não se repitam mais, neste plenário, fatos como esse.
Muito obrigado, Sr. Presidente.