Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Questiona a prerrogativa do Senado de aprovar a indicação de dirigente do DNIT, uma vez que a comissão não tem a obrigação legal de sabatinar o indicado.

Autor
Heráclito Fortes (PFL - Partido da Frente Liberal/PI)
Nome completo: Heráclito de Sousa Fortes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. :
  • Questiona a prerrogativa do Senado de aprovar a indicação de dirigente do DNIT, uma vez que a comissão não tem a obrigação legal de sabatinar o indicado.
Publicação
Publicação no DSF de 20/06/2007 - Página 20122
Assunto
Outros > SENADO.
Indexação
  • COMENTARIO, POLEMICA, INDICAÇÃO, DIRETOR GERAL, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), SUGESTÃO, DISCUSSÃO, PRERROGATIVA, SENADO, MOTIVO, POSSIBILIDADE, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEMISSÃO, DIRIGENTE, DESRESPEITO, APROVAÇÃO, COMISSÃO.

     O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estou acompanhando a indicação do Sr. Pagot para ocupar a Diretoria-Geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre -DNIT.

      Tenho visto esse caso arrastar-se há dias nesta Casa. Senador João Ribeiro, não quero entrar no mérito, mas quero levantar aqui uma preliminar que deve ser corrigida pelo Senado: não há necessidade legal de os dirigentes do DNIT serem sabatinados na Comissão. O que ocorreu? Aquela velha tese do atual Governo: para se livrar da pulga, mata-se o boi. A desconfiança com problemas recorrentes no DNIT fez com que fosse criada esta modalidade: um departamento, um órgão de Governo que não é uma agência e em que não há mandato específico - o funcionário é demissível ad nutum.

     Dessa forma, Sr. Presidente, penso que este é o momento de o Senado, de uma vez por todas, acabar com isso. Estamos discutindo prerrogativa que não é nossa; é prerrogativa do Senhor Presidente da República. Vamos admitir que, amanhã, o Sr. Pagot seja nomeado e que, depois de amanhã, o Presidente da República resolva demiti-lo. Isso desmoralizaria a Comissão, desmoralizaria quem aprovou a decisão. Criou-se a figura do mandato e a figura da agência exatamente para se preservar o exercício em casos específicos, não em casos como este, de um servidor público de confiança do gestor maior - no caso, o Presidente da República.

     Quero fazer essa reparação e sugerir às Lideranças, tão atentas a esses fatos, que tomem providências imediatas, para que não se repitam mais, neste plenário, fatos como esse.

     Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/06/2007 - Página 20122