Discurso durante a 118ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro de decisão da BR Distribuidora, de investir na ampliação da rede de distribuição de gás no Espírito Santo.

Autor
Gerson Camata (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Gerson Camata
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA. POLITICA DE TRANSPORTES. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Registro de decisão da BR Distribuidora, de investir na ampliação da rede de distribuição de gás no Espírito Santo.
Publicação
Publicação no DSF de 07/08/2007 - Página 25951
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA. POLITICA DE TRANSPORTES. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, DECISÃO, EMPRESA ESTATAL, INVESTIMENTO, AMPLIAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, GAS NATURAL, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), REGISTRO, DADOS, PRODUÇÃO, PREVISÃO, VOLUME, REGIÃO, ABASTECIMENTO, ATENDIMENTO, DEMANDA, INDUSTRIA.
  • REGISTRO, EVOLUÇÃO, EXTRAÇÃO, PETROLEO, GAS NATURAL, PREVISÃO, INDUÇÃO, DESENVOLVIMENTO, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), IMPORTANCIA, GOVERNO FEDERAL, ATENDIMENTO, REIVINDICAÇÃO, GOVERNADOR, INVESTIMENTO PUBLICO, INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE, ESPECIFICAÇÃO, PORTOS.

O SR. GERSON CAMATA (PMDB - ES. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, diante das relações comerciais repletas de sobressaltos com nosso principal fornecedor de gás natural, a Bolívia, merece registro a decisão da BR Distribuidora, anunciada esta semana, de investir R$156 milhões na ampliação da rede de distribuição de gás no Espírito Santo.

A produção capixaba de gás natural deve chegar a 18 milhões de metros cúbicos no ano que vem, e atingir 20 milhões em 2010, o que colocará o Espírito Santo em primeiro lugar entre os Estados produtores.

A ampliação da rede abrange, além de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, que já contam com abastecimento de gás natural, duas cidades do Sul, Cachoeiro do Itapemirim e Anchieta. O número de consumidores de gás natural no Estado deve crescer de 6 mil e 500 para 40 mil nos próximos quatro anos. Um ramal a ser construído em Anchieta atenderá a uma demanda de 750 mil metros cúbicos de gás por dia, da empresa Samarco Mineração. Em Guarapari, 22 unidades industriais, metade delas do segmento de rochas, serão atendidas pela rede de distribuição, com 60 quilômetros de extensão, que deve ficar pronta até o fim de 2008.

No setor petrolífero, a Bacia do Espírito Santo, a segunda maior do País em volume de produção, registrou em maio um novo recorde diário de exploração, com uma extração diária de 141 mil e 700 barris. Além disso, a empresa encontrou um reservatório de petróleo leve, o que tem a melhor cotação no mercado internacional, no campo de Pirambu.

O petróleo e o gás prometem ser, nos próximos anos, o chamado “motor do desenvolvimento” do Espírito Santo, mas há grandes empreendimentos de outros setores já instalados ou em fase de ampliação, além de projetos de atração de fornecedores para áreas que incluem petróleo, mineração e metalurgia, papel e celulose e rochas.

Tudo isso exige infra-estrutura, terminais portuários, rodovias e ferrovias em condições de escoar a produção. No setor portuário, o Estado tem uma série de reivindicações, entregues pelo governador Paulo Hartung ao ministro da Secretaria de Portos, Pedro Brito, que esteve recentemente em Vitória.

São obras de melhoria, ampliação e dragagem em portos no Espírito Santo, urgentes e necessárias. Devido à falta de espaço e outros problemas, como a finalização da dragagem, desde 2004 o Porto de Vitória vem perdendo embarque de cargas para outros terminais portuários. O terminal de contêineres de Vila Velha está saturado e não atende ao crescimento da economia capixaba e de outros Estados que o utilizam para o embarque de suas mercadorias.

As deficiências na infra-estrutura logística são uma ameaça séria, pois impedem o crescimento da economia, desestimulando o setor produtivo e afastando investidores. As reivindicações devem receber, como o próprio ministro reconheceu, tratamento de emergência, para garantir que o Espírito Santo mantenha a competitividade e o dinamismo que têm caracterizado seu processo de desenvolvimento nos últimos anos.

            Era o que eu tinha a dizer., Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/08/2007 - Página 25951