O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela Liderança do PR. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Senador Arthur Virgílio, meu orador principal, eu disse aqui, no início desta Legislatura, que, se essa coisa de reencarnação é verdade - o que não acredito -, e se é verdade que a eloqüência viveu algum dia, ela morreu e deve ter reencarnado em V. Exª. Mas, como não acredito em reencarnação, acredito que V. Exª seja a própria eloqüência.

            Ontem, notei algo, Senador Arthur Virgílio: pela primeira vez, eu o vi nervoso, trêmulo na tribuna, na sessão solene de homenagem ao nosso querido Antonio Carlos Magalhães, pelo que ele foi, significou e vai continuar significando para a política brasileira. Mas estava ali sentado, ouvindo o discurso de V. Exª.

            Sr. Presidente, volto a esta tribuna para registrar à Nação que estou extremamente feliz com a operação realizada pela Polícia Federal - a operação em si merece elogios de todos nós -, que resultou na prisão desse traficante colombiano, em São Paulo. Uma mente diabólica, uma mente que Deus criou, mas a serviço do crime, de uma forma degenerada, sem qualquer compromisso com a vida, comprometido com os deleites, até porque morava nababescamente, vivia nababescamente; confortavelmente dormia em cima do sangue de inocentes; dormia nababescamente e bebia das lágrimas de milhões de mães e pais que choram por seus filhos drogados, filhas drogadas, uma sociedade completamente envolvida com aquilo que chamo hoje, Sr. Presidente, de adubo da violência brasileira, que é o uso e o abuso das drogas.

            Por isso, essa operação merece os aplausos de todos nós, porque dá fim às atividades desse traficante.

            Ressalto a prisão desse grande narcotraficante, Senador João Pedro, que bebeu lágrimas de mães de todas as classes sociais, que tomou no cálice e na dor banhou-se, durante o tempo em que esteve solto, no sangue de milhões de pessoas inocentes, atingidas pela violência daqueles que abusam das drogas e fazem do crime o seu viés mais importante de vida.

            Por isso, quero cumprimentar a Polícia Federal e dizer o quanto essa operação me deixou feliz. É preciso ter cuidado, porque sabemos que de dentro das carceragens e dos muros das penitenciárias é que se opera a violência contra a sociedade brasileira. É preciso ter cuidado para que o dinheiro dele não produza mais corrupção no sistema penitenciário antes de ele deixar este País, e que ele possa, assim como os outros, de dentro de uma cela, continuar comandando os seus negócios, a partir da corrupção do sistema, com o dinheiro que tem guardado.

            Espero realmente que ele seja deportado rapidamente para os Estados Unidos, onde tem pena a cumprir, para que o tribunal de onde ele fez jorrar sangue de crianças possa julgá-lo.

            Ao falar em deportação, registro minha inconformidade com a atitude do Governo - que eu apóio - em devolver os boxeadores, os pugilistas cubanos. Sou um adepto do boxe, amo o esporte, sou amigo pessoal e irmão de Popó, o que me orgulha muito. Acho que nunca poderíamos ter feito isso.

            O Senador Eduardo Suplicy, em um aparte brilhante, como sempre, disse que falou com a sogra de um dos pugilistas, que afirmou que ele estava muito bem. Ela não era doida de falar de outro jeito, ela tinha de falar isso mesmo. Ninguém é doido de contrariar. Por isso, Sr. Presidente, venho à tribuna fazer o meu registro.

            Sr.Presidente, registro também um movimento que existe em Minas Gerais, um dos mais bonitos, que fará, assim como todo o Brasil - e é parte de um movimento que existe em meu Estado -, relacionado à luta pela adoção.

            Há um grupo de mulheres empreendedoras de Divinópolis, que vem envolvendo o Estado de Minas Gerais inteiro, com a vênia de juizes e de promotores. É a coisa mais bonita! Sr. Presidente, tenho recebido daqueles juízes e promotores da cidade de Divinópolis e dos Municípios vizinhos contribuições para o meu relatório sobre um projeto do Senador Marcelo Crivella para mudar as regras da adoção no Brasil, tão fácil internacionalmente, mas tão difícil quando se refere à adoção de crianças por famílias brasileiras.

            Sr. Presidente, estive em Minas Gerais, onde pude participar de dois movimentos - um no sábado e outro no domingo. E quero parabenizá-los pelo que estão fazendo pelo bem-estar da humanidade, pelo bem das pessoas.

            No próximo sábado, acontece no Espírito Santo, em Cachoeiro de Itapemirim, na Ilha da Luz, um grande movimento beneficente com figuras significativas da música do Brasil: Apocalipse 16, Fernando Fé, Adriano. Eu estarei lá também. Esperamos 50 mil pessoas. Uma das coisas que mais me deixa feliz é participar de eventos beneficentes. Sei para onde vai o resultado de tudo isso: para crianças desamparadas, vidas desgraçadas, pessoas desafortunadas, pessoas sem família, atingidas de uma forma ou de outra, jogadas ao léu, à própria sorte.

            De forma que torço por aquele movimento. Convido todo o sul do Estado do Espírito Santo que está a me assistir, o pessoal de Alegre, Calçado, Guaçuí, Muqui, Marataízes, Itapemirim, Cachoeiro de Itapemirim, nosso pessoal de Ibatiba para baixo, Conceição do Castelo, terra do nosso querido Senador Casagrande, que estejam conosco nesse movimento em Cachoeiro de Itapemirim. Será um evento bonito, beneficente, onde não haverá uma ocorrência policial, porque, graças a Deus, não terá nem bebida, nem maconha, nem cocaína.

            Sr. Presidente, voltarei a esta tribuna na próxima semana para felicitar um grupo de medalhistas do Espírito Santo, que muito nos orgulhou durante os Jogos Pan-Americanos, trazendo medalhas para o Brasil e para o povo do Estado.

            Obrigado, Sr. Presidente.