Discurso durante a 121ª Sessão Especial, no Senado Federal

Homenagem à memória do Senador Antônio Carlos Magalhães.

Autor
Roseana Sarney (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MA)
Nome completo: Roseana Sarney Murad
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem à memória do Senador Antônio Carlos Magalhães.
Publicação
Publicação no DSF de 09/08/2007 - Página 26990
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, SENADOR, EX-DEPUTADO, EX GOVERNADOR, ESTADO DA BAHIA (BA), ELOGIO, VIDA PUBLICA, PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, LIDERANÇA, POLITICA NACIONAL.

A SRª ROSEANA SARNEY (PMDB - MA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, por imenso carinho não posso deixar de registrar aqui algumas palavras de despedida ao amigo Senador Antonio Carlos Magalhães, Colega nesta Casa, companheiro de muitas lidas políticas, inclusive e particularmente no processo de redemocratização do País, quando teve papel marcante e fundamental.

Marcante foi toda a longa trajetória política do carismático baiano, que trocou a Medicina pela política e, sempre defendendo a sua Bahia, fez-se figura ímpar no cenário nacional.

Fazer política exige dedicação, obstinação e coragem, mas também generosidade e, principalmente, a capacidade de renovar-se, de aceitar as desditas e celebrar com serenidade as vitórias. Antonio Carlos Magalhães - marcante sempre.

Antonio Carlos é figura fundamental da história recente da Bahia. Parte considerável do imenso avanço que o estado alcançou nos últimos 50 anos deve-se a sua capacidade como administrador e também como catalisador de forças políticas, econômicas e sociais.

Aqui no Senado perdemos um companheiro. O Brasil perdeu um grande político. Um homem que soube perder sem abrir mão da dignidade. Soube sofrer e chorar lutos e dolorosas perdas - como a do jovem filho brilhante, Luís Eduardo -, sem desistir de lutar e de viver.

Esse é o legado que Antonio Carlos nos deixa. A vida não é um mar de rosas. Mas sempre vale a pena, quando vivida com paixão e intensidade. Vale a pena quando há crenças e causas a serem defendidas. Vale a pena a ponto de não desistirmos de vivê-la por inteiro até quando nos for permitido.

Antonio Carlos Magalhães viveu assim.

Registro aqui minha solidariedade aos baianos e à família Magalhães pela perda, e também as saudades do amigo, que me viu crescer e, em convivência próxima, soube até discordar, mas sempre frontalmente, não com deslealdade.

Antonio Carlos Magalhães - o ACM, como o Brasil o rebatizou - deixa saudades. Fará falta nesta Casa. Sem ele o cenário político brasileiro fica, sim, mais pobre.

Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/08/2007 - Página 26990