A SRA. IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, como temos acompanhado com muita apreensão a delicada movimentação da crise das Bolsas e do mercado imobiliário americano, quero aqui deixar registrados alguns números levantados nesta semana e que são extremamente alentadores para nós, sem que possamos, contudo, deixar de nos preocupar com o que está acontecendo, se isso pode ou não afetar diretamente o nosso País.

     Matéria repercutida hoje em jornais de grande circulação diz que economistas de diferentes linhas de pensamento estão conscientes de que o Brasil não será afetado de forma tão dura como aconteceu em crises anteriores. E para o ex-Ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, “o Brasil tem a vantagem de ter diversificado seus mercados de exportação e não depender mais de nenhum bloco ou país”. Portanto, vamos continuar aumentando as nossas exportações.

     O Relatório Focus, do Banco Central, que sai semanalmente, ampliou a previsão de crescimento do PIB para 4,62% e fez prognósticos para a Taxa Selic, no final do ano, de 10,75% - portanto, de continuidade da queda dos juros - e de inflação da ordem de 3,77%. A Fundação Getúlio Vargas, na mesma linha do Relatório Focus, nesta segunda-feira apresentou a pesquisa do setor industrial, na qual se demonstra que 60% das empresas estão sinalizando uma maior contratação de mão-de-obra para este segundo semestre de 2007, comparativamente com o ano passado.

     Portanto, são todos números que, frente à insegurança e à turbulência das três últimas semanas, colocam o Brasil em um patamar não de tranqüilidade, mas, pelo menos, numa perspectiva de blindagem frente a essa crise, bem como assinalam que continuaremos crescendo e empregando, com uma economia absolutamente sob controle, numa perspectiva positiva.

     Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, pedindo desculpas aos oradores inscritos.