O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela Liderança do PR. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, gostaria de fazer um registro importante. Ontem, dia 28 de agosto, tive oportunidade, Senador Gerson Camata, de participar da abertura da Feira Internacional de Mármore e Granito em Cachoeiro do Itapemirim. Lá estavam o Sr. Governador, o Sr. Secretário e o Prefeito Roberto Valadão, além de Vereadores e do Presidente da Câmara Municipal, Marco Coelho, nosso amigo, Wilson Dílio, o Vereador Amaral, todos amigos que lá encontrei.

            Trata-se de uma feira extremamente importante para o Brasil, porque Cachoeiro do Itapemirim e o sul do Estado são extremamente importantes para o mundo. Agora, inclua-se o norte do Estado, onde estão as jazidas de granito. Marcamos uma posição importante.

            Senador César Borges, tivemos a oportunidade de receber uma delegação da Bahia que foi conhecer como o Espírito Santo conseguiu se organizar, tornando-se essa força significativa no mármore e no granito do mundo inteiro.

            Participei da solenidade, o que nos orgulha muito - são 24 anos de feira - e, depois, tive oportunidade de entrar no estande do meu querido amigo Romário Rosa, da RR Granitos, especializada em artesanato com reaproveitamento de material, uma empresa extremamente importante criada em Cachoeiro de Itapemirim.

            Visitei também o estande da Gramobrás - Granitos e Mármores Brasileiros, do meu amigo Aremildo Pessin e do seu irmão Arildo, lutadores na causa para que o Estado do Espírito Santo alcançasse destaque na exploração do mármore e do granito para o mundo, fato importante para a economia brasileira.

            Entrei também no estande da Gramil, de Benito Paulo Secchin e seus filhos Marcos Secchin e Áttila Secchin, uma empresa de 25 anos de história, que dignifica Cachoeiro de Itapemirim, orgulha a todos e dignifica o Estado do Espírito Santo.

            Até domingo será possível visitar a Feira em Cachoeiro, especializada na produção de máquinas, na criação, na invenção de máquinas. Lá está o grande pólo, e as maiores jazidas de mármore estão em Cachoeiro de Itapemirim.

            Conclamo, convido o Brasil e o Senado Federal a conhecerem as riquezas do Espírito Santo, que tem um complexo portuário extremamente importante e que é um Estado pujante e estratégico para o Brasil.

            Assim, cumprimento o nosso querido Estado do Espírito Santo.

            Sr. Presidente, gostaria de fazer outro registro importante.

            Estão, nesta Casa, algumas pessoas de Minas Gerais. Senador Eduardo Azeredo, sua atenção, por favor, pois são do seu Estado. Peço às estas pessoas que fiquem de pé para que a câmera as mostre: o Dr. Núbio Parreiras, Juiz de Direito de Divinópolis; o Promotor Carlos Fortes; a Presidente do Conselho de Mulheres Empreendedoras, Denise Lara; e as integrantes Neusa Oliveira Lima, Sandra Amaral e Viviane Carregal.

            Essas mulheres, esse Juiz e esse Promotor Público têm-nos ajudado na grande luta na qual estamos empenhados neste País, junto com a Deputada Maria do Rosário. Daqui a exatamente dois minutos, vamos à Associação de Magistrados do Brasil para nos juntarmos numa grande corrente e mudarmos o Estatuto da Criança e do Adolescente no que diz respeito à adoção. Senador, a questão da adoção, no Brasil, é extremamente grave.

            Lá em Divinópolis, Minas Gerais, contamos com a iniciativa dessas mulheres e a boa vontade desse Juiz e desse Promotor, que têm trazido subsídios ao meu relatório a um projeto do Senador Marcelo Crivella, que acaba definitivamente com a burocracia.

            Acabar com a burocracia é dar oportunidade a homens e mulheres que querem ser pais e mães de crianças que estão em abrigos e em orfanatos esperando quem queira enxugar seu xixi e acordar à noite com seu choro, pedindo uma mamadeira. Existem milhões de homens e mulheres dispostos a preparar mamadeira à noite, a enxugar xixi de criança, mas a burocracia não lhes permite, Senador. A burocracia faz com que essas crianças sejam mandadas ao exterior. Isso é facilitado. O estrangeiro vem e, após ficar trinta dias em um hotel, a criança é cedida para ir ao exterior. Algumas vão para a morte, porque terão o coração tirado e vendido, os olhos, o rim. Existem casos graves. Em outros abrigos, as crianças ficam presas para que os donos possam se beneficiar das esmolas, das cestas-básicas. Essas crianças, presas lá, não são apresentadas à adoção. Com dez, quinze anos, saltam o muro e vão delinqüir do outro lado, entram para a prostituição.

            Por isso, a presença desse grupo de Minas Gerais é extremamente importante. Estou convocando homens e mulheres que comungam dessa visão no meu Estado, o Espírito Santo, e convocando homens e mulheres do Brasil. Por que, Senador Renato Casagrande, não criarmos, no Brasil, uma associação de pais e mães adotivos? Sou pai adotivo. Aliás, a adoção é a única chance que o homem tem de dar à luz. Dei à luz pela adoção. Sou o homem mais feliz do mundo, porque sou pai adotivo, tenho uma filha do coração. Milhões de crianças estão esperando por esse momento em suas vidas.

            Quero agradecer a esse grupo de Minas Gerais, que tenho orgulho de receber, por acrescentar, trazer subsídios ao projeto, para que possamos presentear o Brasil e as nossas crianças de uma forma definitiva e contundente.

            Posso ceder um aparte ao Senador Eduardo Azeredo?

            O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais. DEM - PB) - Lamentavelmente, o tempo de V. Exª está esgotado.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Só tenho doze segundos?

            O SR. PRESIDENTE (Efraim Morais. DEM - PB) - Darei mais um minutos para V. Exª concluir.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Agradeço a V. Exª.

            Concluirei dizendo que hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Nos países desenvolvidos, morrem dois milhões de fumantes por ano e, a partir de 2020, morrerão três milhões. Nos países em desenvolvimento, morrem 1 milhão por ano, e a partir de 2020, serão 7 milhões. A partir de 2020, morrerão 10 milhões de fumantes no mundo. No Brasil, o cigarro mata dez pessoas por hora, Senador. No mundo, a cada minuto, morrem sete pessoas. Agora, quando V. Exª me dá um minuto, morrem sete pessoas.

            É preciso que criemos legislação dura e impostos sobre o tabaco, restrinjamos as áreas. De cada dez viciados em drogas ilegais recuperados no Brasil, nove são filhos de fumantes. Precisamos trabalhar de forma responsável, para termos uma sociedade sadia, longe do tabaco. Nas casas de recuperação, de cada dez drogados que vão embora, assim procedem por causa do cigarro, não por causa da cocaína.

            Por isso, juntemo-nos numa grande corrente hoje, o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

            Obrigado, Sr. Presidente.