O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Efraim, que preside esta solenidade, peço permissão para saudar todas as lideranças, todas autoridades na pessoa do Prefeito de Belém, Senador Duciomar Costa. Brasileiras e brasileiros aqui presentes e que nos assistem pelo sistema de comunicação, meu nome é Francisco, mas não tem nada de mão santa; minhas mãos são humanas, iguais às de todos os cirurgiões do Brasil.

            O Sr. Romeu Tuma (DEM - SP. Fora do microfone.) - Senador, quando o povo apelida, ele tem razão.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Mas eu digo que sou filho de mãe santa, não sou mão santa. Minha mãe era terceira franciscana, daí meu nome Francisco.

            Então, poderia dizer como o poeta, de quem tenho inveja porque não o sou, que teve a inspiração, Senador Romeu Tuma, e disse: “Eu vi minha mãe rezando aos pés da Virgem Maria. Era uma santa escutando o que outra Santa dizia”.

            Deus escreve certo por linhas tortas. O histórico foi tão bem falado, e aqui... Nossa Senhora, padroeira do Brasil; Nossa Senhora da Conceição, 12 de outubro.

            Em 8 de setembro, andei quilômetros atrás da padroeira de minha cidade, Nossa Senhora das Graças. E Nossa Senhora de Nazaré simboliza a história cristã desse povo do Brasil, em Belém, que simboliza a fé e onde nasceu Jesus.

            O que temos de dizer aqui é que Deus escreve certo por linhas tortas: amanhã será um dia difícil aqui para esta Casa. E Nossa Senhora é mãe! Ó Romeu Tuma, atentai bem!

            Minha mãe - e ouvi o Mozarildo falando na santa mãe dele - escreveu o livro “A vida é um hino de amor”, publicado pela Vozes. E Nossa Senhora, em quem tanto temos fé, da qual sabemos a vida, retratava, ficou viúva nos últimos anos de vida. Esse sofrimento nós esquecemos que Nossa Senhora também teve, não só aquele grandioso sofrimento de ver o filho humilhado, crucificado. Mas Nossa Senhora ficou viúva, e ela, comparando com a dela... Mas Nossa Senhora é tudo.

            Aqui, eu acho que Deus escreve certo por linhas tortas. Ali está Cristo, o filho de Nossa Senhora, e Rui Barbosa: 183 anos de Senado. Muita gente passou aqui: o Duciomar, prefeito... Mas só Rui Barbosa está ali; sob Cristo, só ele. Eu sei que ele disse muita coisa, mas a mensagem do Círio de Nazaré, de Nossa Senhora, foi que Deus quis, ô Mozarildo, e Rui Barbosa disse: “A pátria é a família amplificada”. E Deus não colocou seu filho desgarrado aí não. Ele viu a necessidade da família: Maria e José. E esta é a Casa que cultiva esta família. O Brasil, a Pátria, é a família amplificada. Que sejam repetidas essas famílias sagradas, e todas que vão acompanhar o Círio, e todas as famílias cristãs do Brasil.

            Serei breve. Comecei com aquele poeta anônimo, saudando sua mãe, nossa mãe, imitação de Maria. Eu terminaria agora. Ela está aí e veio para iluminar este plenário em um dia mais difícil, talvez.

            Erramos todos. Errar humanum est. Todos, todos: o meu Corregedor, todos! Não julgueis para não serdes julgados. Romeu Tuma, V. Exª, que é o Corregedor, está todo mundo aqui errado: eu estou, V. Exª, os oitenta. Está no Livro de Deus que a verdade está no meio, a sabedoria está no meio!

            Ô Tião, apelam para nos transformar em juiz que não sou; eu sou um médico cirurgião. Essas mãos, guiadas por Deus, conseguiram salvar um ou outro. Transformam-nos em juízes. Eu sou Senador da República do Piauí, e nos transformam para desobedecer às leis de Deus! A sabedoria está no meio, a verdade está no meio.

            Ô Tião Viana, V. Exª, que é inteligente. A verdade é o caminho e a luz. Eu busco a verdade, e a verdade está no meio. Qual é o meio? Amanhã, ou fica como está, ou se joga para fora o Presidente. Isso está errado! Nós estamos errando! Errar humanum est. É para uma reflexão.

            E acho que Nossa Senhora vem aqui, escreve. É, o Brasil... Deus não ia nos abandonar. Deus não nos abandona. Ô Tião, V. Exª é quem vai presidir a sessão. O povo de Deus tem dificuldades. O povo estava escravo, e Ele não o abandonou. Buscou um: “Vai Moisés, liberta o meu povo!” E ele cumpriu a missão ,ô Tião.

            Davi, para vencer Golias, Deus foi buscar. E agora, Tião, temos de ver aí. Então, eu queria pedir a Nossa Senhora que iluminasse esta Casa, que deve representar o povo do Brasil, na nossa humildade. A humildade une os homens; o orgulho divide os homens. Esta frase não é minha; é de La Cordelle. Mas isso é o que nós temos de ter. Em busca da verdade, terminarei, citando aquele poeta que traduz o nosso sentimento. É a música.

            Ô Efraim, a música é muito mais importante e transmite muito mais. Lá na Bíblia estão os Salmos. São músicas. Davi, dedilhando a harpa e cantando suas músicas a Deus, a Jesus, à mãe de Jesus.

            Eu terminaria, homenageando aquele poeta nosso, Roberto Carlos, e o irmão dele, Erasmo Carlos. Ele diz - e faço minhas as palavras dele -, cantando a palavra desse poeta inspirado:

Nossa Senhora, me dê a mão

Cuida do meu coração

Da minha vida, do meu destino

Nossa Senhora, me dê a mão

Cuida do meu coração

Da minha vida, do meu destino

Do meu caminho

Cuida de mim

Nossa Senhora, me dê a mão

Cuida do meu coração

Da minha vida, do meu destino

Do meu caminho

Cuida de mim

            E guie, oriente e ilumine o Senado da República amanhã. (Palmas.)