Discurso durante a 168ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Críticas ao Presidente da República, pela falta de investimentos no estado do Piauí.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Críticas ao Presidente da República, pela falta de investimentos no estado do Piauí.
Publicação
Publicação no DSF de 29/09/2007 - Página 33401
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • CRITICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, OMISSÃO, ATUAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, ESTADO DO PIAUI (PI), COMENTARIO, NECESSIDADE, CRIAÇÃO, PORTO, MELHORIA, FERROVIA, HOSPITAL REGIONAL, ACELERAÇÃO, OBRAS, PRONTO SOCORRO, SOLICITAÇÃO, EMPENHO, BENEFICIO, POPULAÇÃO.

     O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, eu estava, atentamente, ouvindo o entusiasmo do nosso Senador Gilvam Borges e de um Governador do PDT. Eu queria ter esse entusiasmo com relação ao Presidente Luiz Inácio da Silva.

     Primeiro, pedi ao Gilvam Borges, porque sou do PMDB, assim como os nossos Ministros e ele. É uma vergonha termos um litoral, e não termos um porto.

     Aqui está o trabalho que passo ao Senador Gilvam Borges, feito por um engenheiro, no Rio de Janeiro, em 20 de novembro de 1918, cujo nome era Sousa Bandeira, pedindo a conclusão do Porto de Luís Correia: Porto de Amarração, no nosso litoral. Ele criou um modelo reduzido no valor de dez milhões de dólares. É uma pena, não é?

     Eu quero vir e agradecer ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem todas as condições. Por isso perguntei: o Governador é do PT?

     É simples. O modelo reduzido custa dez milhões de dólares. Seria o porto do Piauí, um sonho em que Epitácio Pessoa queria passar a mão. Está aqui o livro. E é importante também para o Presidente Luiz Inácio, porque o trabalho não foi dirigido somente ao Porto de Amarração, mas também à navegabilidade do rio São Francisco.

     A Estrada de Ferro Central do Piauí, que o Presidente Luiz Inácio conhece, já foi prometida, mas quero informar que ele deve estar sendo enganado, porque não trocaram nenhum dormente. Então, quero agradecer.

     Existem também uns tabuleiros litorâneos, que foram idealizados pelo Presidente Sarney. E o tabuleiro litorâneo abrange também a cidade de São Bernardo do Maranhão. Foi uma benção. O Presidente Sarney é muito querido, porque implantou.

     E tão parado está a Embrapa que, quando governei aquele Estado, peguei as instalações fabulosas, criadas pelo Presidente Sarney, que é cidadão da Parnaíba, e aproveitei para fazer uma Faculdade de Agronomia, com ensinamentos de carcinicultura, na região. Mas está parada a ponte de Luzilândia, que nos une ao Estado do Maranhão, Luzilândia e São Bernardo, obra federal. Está parada a ponte sesquicentenária. E disseram que seria para os 150 anos de Teresina. Teresina já fez 158 anos. E, no mesmo rio, fiz uma ponte em 87 dias, com o engenheiro do Piauí Lourival Parente, construtora do Piauí e operários do Piauí. Heráclito Fortes fez no mesmo rio, em 100 dias.

     Está parado o hospital universitário. Conseguimos - e somos agradecidos - que ele funcionasse como ambulatório, mas o hospital, que serve para os ensinos dos profissionais de saúde, tanto de medicina como de fisioterapia, de enfermagem e tal, está parado.

     Está parado um ponto-socorro municipal que foi iniciado quando Heráclito Fortes era Prefeito, em 1989, e eu era Prefeito de Parnaíba. Há promessas. O ex-Prefeito Firmino Filho o construiu fisicamente, e faltam convênios. O pronto-socorro que existe foi construído no meu Governo, mas, evidentemente, Teresina, pela sua situação geográfica, atende o Maranhão, Tocantins, Goiás e o Ceará, pela sua competência médica.

     Está parada a estrada do cerrado. O Piauí tem onze milhões de hectares de cerrado. Consegui a eletrificação no Governo Fernando Henrique Cardoso, o que possibilitou que muitos grupos do Sul se instalassem e produzissem soja. Mas eles não podem comercializá-la. E uma ponte, a Ribeiro Gonçalves, para nos ligar com o Maranhão, abrangendo a estrada e o porto, já que nós não temos porto para transportar. Está parada a estrada Transcerrado, dificultando a possibilidade de produção de grãos e de soja.

     Queríamos, então, dizer que nós gostaríamos que o Presidente Luiz Inácio voltasse a sua sensibilidade para o Piauí, como está voltando para o Amapá.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/09/2007 - Página 33401