Discurso durante a 180ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração ao Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.

Autor
Papaléo Paes (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AP)
Nome completo: João Bosco Papaléo Paes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE.:
  • Comemoração ao Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2007 - Página 35265
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, FISIOTERAPEUTA, TERAPEUTA OCUPACIONAL, CUMPRIMENTO, CONVIDADO, PRESENÇA, SESSÃO ESPECIAL, REGISTRO, DATA, REGULAMENTAÇÃO, EXERCICIO PROFISSIONAL, DETALHAMENTO, COMPETENCIA, FISIOTERAPIA, TERAPIA OCUPACIONAL, ESTUDO, MOVIMENTAÇÃO, CORPO HUMANO, REABILITAÇÃO, SAUDE, ACIDENTADO, PREVENÇÃO, DOENÇA, APERFEIÇOAMENTO, APTIDÃO FISICA, TRATAMENTO, PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA, ORIENTAÇÃO, VICIADO EM DROGAS, EX-DETENTO, READAPTAÇÃO, SOCIEDADE, CONTRIBUIÇÃO, ESPECIALIDADE, MEDICINA, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO, COMENTARIO, UNIVERSIDADE, AMPLIAÇÃO, AREA, ESPECIALIZAÇÃO, ATIVIDADE.

O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Alvaro Dias; Senador Geraldo Mesquita Júnior, autor do requerimento que originou esta justa homenagem pelo Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional; Sr. Ricardo Araújo, Presidente do Conselho Regional do Piauí...

O SR. PRESIDENTE (Senador Geraldo Mesquita Júnior. PMDB - AC) - Senador Papaléo Paes, V. Exª me permite fazer uma rápida interrupção?

O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP) - Pois não.

O SR. PRESIDENTE (Geraldo Mesquita Júnior. PMDB - AC) - Eu queria convidar para sentar conosco à mesa a Drª Ana Cristhina, a Dra Ingrid, o Dr. Denílson, o Dr. Lukas e o Dr. Ricardo.

Senador Papaléo, muito obrigado. V. Exª pode dar continuidade a seu pronunciamento.

O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP) - Eu quero cumprir o ritual indispensável de cumprimentar os convidados: Dra Ana Cristhina de Oliveira Brasil, Vice-Presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional; Dra Ingrid Farina, Fisioterapeuta e Assessora Técnica do Coffito; Dr. Denílson Magalhães, Terapeuta Ocupacional e Assessor Técnico do Coffito; Dr. Lukas Darien, Fisioterapeuta e Assessor Técnico da mesma instituição; Dr. Ricardo Lotif Araújo, Presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Sexta Região - Ceará e Piauí; Dr. Bruno Metre, Presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas (Sindifisio); Dr. Fábio Miranda, da Executiva Nacional dos Estudantes de Fisioterapia; Lidiane Soares e Tábita Marinho, Assessoras de Comunicação do Coffito; a convidada Anna Farina e o convidado Elídio Farina. Também quero estender meus cumprimentos aos demais presentes e dizer que é uma honra tê-los aqui para que esta Casa possa prestar esta justa homenagem a este grupo de profissionais tão necessários para a saúde pública brasileira.

Srªs e Srs. Senadores, no último dia 13 de outubro foi comemorado o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, profissões de grande importância na área da saúde. A data começou a ser celebrada em 1969, com a regulamentação do Decreto Lei nº 938, que definiu como atividade específica do fisioterapeuta o desenvolvimento e a conservação da capacidade física de um paciente. Pela Lei nº 6.316, de 1975, em seu art. 12, o livre exercício das profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, em todo o território nacional, somente é permitido ao portador de carteira profissional expedida pelo órgão competente.

A fisioterapia é uma ciência aplicada cujo principal objetivo de estudo é o movimento humano. A fisioterapia utiliza conhecimentos e recursos próprios, com os quais busca promover, tratar e recuperar a saúde dos que dela necessitam. Sem dúvida, exerce um papel de grande destaque no plano social e interfere de forma decisiva em vários níveis de atenção à saúde: promoção, prevenção, reabilitação e cura.

Os fisioterapeutas são formados em escolas superiores. De lá, saem capacitados para atuar em áreas de assistência, educação e pesquisa nos níveis de atenção primária, secundária e terciária. Como profissional que contribui para melhorar a qualidade de vida da população, o fisioterapeuta trata de doenças e lesões causadas por acidentes, má-formação genética ou vícios de posturas, reabilitando ou curando. O tratamento primário, sem maiores complicações e comprometimentos, é considerado como a primeira etapa da fisioterapia. Geralmente, o fisioterapeuta estimula o potencial neurológico do paciente que sofreu lesão no sistema nervoso ou perdeu algum dos membros.

A fisioterapia de reintegração ou reabilitação visa reintegrar a pessoa à sociedade. No que se refere à fisioterapia curativa, o objetivo é o de recuperar os movimentos perdidos em decorrência de lesões graves ou restabelecer a força e a vitalidade dos músculos. O fisioterapeuta pode exercer suas atividades em vários ramos da Medicina, como a ortopedia, a obstetrícia, a pediatria, a geriatria, a reumatologia, a medicina esportiva, a neurologia, a cardiologia e a pneumologia.

O profissional em fisioterapia tem a sua frente um vasto campo de atividade. Pode atuar em fisioterapia clínica; hospitais; enfermarias clínicas e cirúrgicas; consultórios; centros de reabilitação e ambulatórios; academias de ginástica especializadas; saúde coletiva, onde pode elaborar programas de saúde, educação, lecionando, desenvolvendo pesquisas, dirigindo e coordenando cursos; saúde esportiva, em que cuida da recuperação de atletas; vigilância sanitária; e em indústrias, para supervisionar a qualidade dos equipamentos de fisioterapia que são produzidos e cuidar da prevenção de doenças ocupacionais. Pode, igualmente, especializar-se em algumas atividades terapêuticas relevantes, como a acupuntura, a quiropraxia e a osteopatia.

Por sua vez, a terapia ocupacional é outro campo de conhecimento e intervenção em saúde, educação e na esfera social. Utiliza tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia de pessoas atingidas por problemáticas físicas, sensoriais, mentais e sociais. Normalmente, os terapeutas ocupacionais se deparam com crianças com dificuldades de aprendizado, com pessoas vitimadas por acidentes, portadores de cardiopatias, paraplégicos, tetraplégicos, idosos com problemas físicos e mentais decorrentes da idade, pessoas que tiveram membros amputados, alcoólatras, drogados, portadores do vírus da Aids e deficientes visuais e auditivos.

Como parte do tratamento da maioria desses pacientes, os terapeutas ocupacionais elaboram programas de atividades físicas que estimulam a criatividade, o ajustamento vocacional, emocional e a reabilitação física, com o objetivo de reintegrar os seus pacientes à sociedade. Dessa forma, as intervenções em terapia ocupacional privilegiam, sobretudo, a prática de atividades.

O terapeuta ocupacional é aquele profissional que trabalha para promover e manter a saúde do paciente e para minimizar a disfunção como resultado de doença, lesão, envelhecimento, carência social ou qualquer outra manifestação que provoque algum tipo de incapacidade.

A terapia ocupacional diz respeito a qualquer atividade ou tarefa praticada pelo indivíduo, tais como: comer, vestir, tomar banho, estudar, trabalhar, cuidar da casa, jogar bola, correr, nadar, dirigir automóvel, entre outras. Em síntese, o terapeuta ocupacional trabalha com o objetivo de capacitar a pessoa para as suas ocupações diárias, utilizando diversas técnicas específicas para atingir o objetivo desejado.

O terapeuta ocupacional pode assistir crianças, adolescentes, adultos e idosos em centros de saúde, hospitais-gerais, jardins de infância, escolas de ensino regular e especial, instituições para idosos, estabelecimentos prisionais e instituições de apoio a toxicodependentes. Como já foi dito, ele exerce a profissão cuidando de pessoas portadoras de disfunção física, buscando capacitá-las para o desempenho de suas ocupações diárias. É bom lembrar que, para poder desempenhar a contento o seu trabalho, o terapeuta ocupacional necessita de registro junto ao Conselho de Terapia Ocupacional.

Finalmente, as atividades dos terapeutas ocupacionais dos diversos campos da área de saúde se completam com o preenchimento das seguintes tarefas:

§     avaliar pacientes para elaboração do diagnóstico e das atividades a serem desenvolvidas;

§     elaborar programas baseados em técnicas terapêuticas e recreativas que desenvolvam a atividade mental, tais como pintar, brincar, cantar, tocar instrumentos, interpretar textos e praticar expressão corporal;

§     orientar atividades praticadas e estimular pacientes durante os programas; e

§     reavaliar pacientes a fim de reajustar ou alterar as condutas terapêuticas, de acordo com a resposta dos enfermos a determinada terapia.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não é necessário ser um observador atento para reconhecer a grandeza e a importância da profissão do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional e sua contribuição para a melhoria do nosso Sistema de Saúde como um todo. Além das atividades técnicas inerentes à carreira, esses profissionais revelam uma grande sensibilidade para os problemas sociais. Por isso, aliando a frieza da técnica com os aspectos de ordem sociológica, não podemos deixar de considerar que a fisioterapia e a terapia ocupacional são atividades que engrandecem a área de saúde em nosso País.

Por outro lado, a cada dia que passa, as duas categorias vêm acumulando prestígio no campo das doenças que limitam a vida pessoal. Hoje, de uma maneira geral, nas melhores faculdades, com o aprimoramento de suas qualificações adquiridas ao longo de exigente formação acadêmica, um fisioterapeuta ou um terapeuta ocupacional deixa a escola com excelente grau de habilitação. Ao mesmo tempo em que os primeiros centros universitários os credenciam para o exercício de suas funções, as escolas de pós-graduação autorizadas pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC) abrem novos campos de especialização para os que pretendem aprofundar os seus conhecimentos após o término da graduação.

Nobres Senadoras e Senadores, senhoras e senhores aqui presentes, ao terminar este pronunciamento, gostaria de prestar minha homenagem a todos os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais pelo trabalho incansável que realizam e pela atenção especial que dedicam aos enfermos que os procuram.

Registro, com muita honra, que tenho uma filha que é fisioterapeuta. Ela está bem longe daqui, mas quero mandar-lhe um beijo e pedir permissão a todos para homenageá-los em nome da minha filha Juliana.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2007 - Página 35265