Discurso durante a 196ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Solicita medidas que garantam o abastecimento de gás a termoelétrica de Cuiabá.

Autor
Jayme Campos (DEM - Democratas/MT)
Nome completo: Jayme Veríssimo de Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA EXTERNA. POLITICA ENERGETICA.:
  • Solicita medidas que garantam o abastecimento de gás a termoelétrica de Cuiabá.
Publicação
Publicação no DSF de 26/10/2007 - Página 37587
Assunto
Outros > POLITICA EXTERNA. POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • REGISTRO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), COMENTARIO, IMPASSE, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, BOLIVIA, RESULTADO, CORTE, FORNECIMENTO, GAS, PREJUIZO, ECONOMIA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), SOLICITAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DE MINAS E ENERGIA (MME), PRESIDENTE, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), PROVIDENCIA, GARANTIA, ABASTECIMENTO, USINA TERMOELETRICA, POSSIBILIDADE, NEGOCIAÇÃO, EMPRESA ESTRANGEIRA, AMEAÇA, RACIONALIZAÇÃO, EXPORTAÇÃO, ENERGIA, EXPECTATIVA, AGILIZAÇÃO, ENTENDIMENTO.

O SR. JAYME CAMPOS (DEM - MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero, nesta oportunidade, trazer minha preocupação ao Plenário desta Casa, em relação ao desabastecimento de gás no Estado de Mato Grosso.

Mato Grosso vive hoje uma situação estranha e paradoxal: ao mesmo tempo em que exporta energia elétrica para a Bolívia, também importa gás desse país andino. Ocorre que há 60 dias, nosso vizinho cortou o fornecimento de combustível para a Termoelétrica de Cuiabá, causando transtornos para a população e prejuízos para a nossa economia.

Um impasse entre a Petrobras, que se recusa a fazer novos investimentos em território boliviano e o Ministério de Hidrocarbonetos daquela nação, que cobra apoio do Governo brasileiro, pode inviabilizar a venda de gás natural para a Usina Mário Covas, na capital mato-grossense.

Conforme reportagem veiculada esta semana no jornal O Estado de S.Paulo, a Petrobras suspendeu novos projetos na Bolívia após a nacionalização do setor de petróleo e gás pelo governo daquele país. Isso vai comprometer a exportação do produto para Mato Grosso, Sr. Presidente.

Diante desse cenário, recomendo ao Exmº Sr. Ministro das Minas e Energia, Nelson Hübner e ao ilustre Presidente da Petrobras, Dr. Sérgio Gabrielli, que adotem providências no sentido de garantir o fornecimento de gás natural para a Termoelétrica de Cuiabá. Além de se tratar de uma atividade de segurança nacional, a quebra desse contrato pode significar o desmonte de parcela importante do parque industrial de Mato Grosso.

Apelo para as autoridades nacionais que priorizem o abastecimento da Termoelétrica de Cuiabá ou então que, em último caso, racionem o fornecimento de energia para os Municípios de San Mathias e San Inácio, como instrumento de negociação com os funcionários da estatal boliviana.

Mas, confio que não serão necessárias medidas extremadas, porque a amizade e o bom senso devem guiar os entendimentos para que tanto mato-grossenses como bolivianos não sofram com o desabastecimento de energia.

Quero trazer essa preocupação para esta Casa até porque está havendo uma retaliação: enquanto o Brasil fornece energia para a Bolívia, para San Mathias e San Inácio, a Bolívia neste exato momento deixa de exportar o gás natural para a cidade de Cuiabá. São providências rápidas e drásticas que o Governo deve adotar em relação ao governo boliviano.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/10/2007 - Página 37587