Pronunciamento de Mozarildo Cavalcanti em 08/11/2007
Discurso durante a 205ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Elogios à campanha da Maçonaria, com sete propostas de esclarecimentos ao eleitor contra a corrupção.
- Autor
- Mozarildo Cavalcanti (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RR)
- Nome completo: Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA NACIONAL.:
- Elogios à campanha da Maçonaria, com sete propostas de esclarecimentos ao eleitor contra a corrupção.
- Publicação
- Publicação no DSF de 09/11/2007 - Página 39731
- Assunto
- Outros > POLITICA NACIONAL.
- Indexação
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- SAUDAÇÃO, INICIATIVA, MAÇONARIA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CAMPANHA, COMBATE, CORRUPÇÃO, ESCLARECIMENTOS, ELEITOR, PROXIMIDADE, ELEIÇÃO MUNICIPAL, VEREADOR, PREFEITO, EXPECTATIVA, EXPANSÃO, EXPERIENCIA, ESTADOS, LEITURA, RESUMO, PROPOSTA, ATUAÇÃO, SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ARTIGO DE IMPRENSA.
O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (Bloco/PTB - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Jayme Campos - que, por coincidência, também é maçom como eu -, Srªs e Srs. Senadores, tenho feito alguns pronunciamentos a respeito da Maçonaria, especificamente da data de 20 de agosto, em sessão de homenagem a ela, oportunidade em que sempre fazemos uma retrospectiva de toda a sua trajetória no mundo, especialmente no Brasil, registrando as posições que a Maçonaria toma, sempre no momento adequado.
Hoje, quero trazer um fato que considero alvissareiro. O Grande Oriente do Estado de São Paulo, há algumas semanas, capitaneado pelo seu Grão-Mestre, que é jurisdicionado do Grande Oriente do Brasil, o Grão-Mestre Estadual Benedito Marques Ballouk Filho, depois, obviamente, de ouvir os irmãos, adotou uma postura de combate ferrenho à corrupção. Isso, já fazemos no dia-a-dia do nosso trabalho maçônico. Não podem ingressar na Maçonaria nem permanecer nela aqueles que tenham quaisquer problemas relacionados com corrupção. Mas, não basta que pratiquemos interna corporis essa questão. É preciso que partamos para o combate aberto a essa situação. Isso é algo em que a gente vem insistindo, ou seja, que a Maçonaria, realmente, se posicione publicamente e inicie, claramente, um combate ferrenho a esse mal que vem se agigantando no Brasil nos últimos tempos.
Então, o Grão-Mestre tomou a primeira iniciativa de levar ao Prefeito da capital, já que as próximas eleições serão municipais - o Brasil todo vai eleger vereadores e prefeitos -, e é exatamente aí que entra o grande papel que a Maçonaria quer exercer, o de esclarecer o eleitor para não votar em pessoas que tenham problema com corrupção. Esse trabalho de esclarecimento será desenvolvido no Brasil inteiro, em todos os Municípios.
A Maçonaria de São Paulo - e isso deve se repetir em todos os Estados da Federação - fez uma espécie de resumo contendo sete pontos, pelos quais vamos lutar em cada Município para esclarecer não só os maçons, mas os eleitores, que evitamos o político corrupto na medida em que não o elegemos.
Estes são os mandamentos ou os pontos cardeais que a Maçonaria está levando, como sete propostas do Grande Oriente do Estado de São Paulo, que vão ser, com certeza, encampados por todo o Brasil:
1. Exigir que os maçons investidos na função pública tenham um comportamento ainda mais austero e compatível com a filosofia maçônica;
Estimular para que todos os maçons lutem, permanentemente, contra a corrupção na sociedade e difundam essa luta aos cidadãos de sua convivência [Portanto, não se limitando apenas aos maçons];
Acentuar em cada loja maçônica a importância de se tomar posição clara e firma por ocasião das eleições, orientando os maçons e promovendo debates entre os candidatos;
Criar discussões sobre as origens, práticas e disseminação da corrupção, adotando medidas práticas e contundentes para extirpá-la;
Desenvolver um cadastro de restrição maçônica onde constem os nomes de pessoas envolvidas com práticas de corrupção e improbidade administrativa, mantendo-as afastadas da Maçonaria e do serviço público, sempre que possível;
Promover a construção de uma sociedade revigorada em seus princípios morais e sociais, baseando-se na trilogia maçônica da liberdade, igualdade e fraternidade;
Manter uma comunicação comum e homogênea entre todos os maçons, conscientizando-os da gravidade do problema e da importância de cada um para viabilizar as soluções proposta.
Sr. Presidente, solicito a V. Exª a transcrição deste artigo, na íntegra, publicado sob o título “Maçonaria se une no combate à corrupção”.
Sr. Presidente, quero aqui ressaltar que a Maçonaria, realmente, não está apenas, como fazem alguns, reclamando ou criticando os corruptos. Nós vamos agir, e estamos agindo. Para curar o mal se faz necessário combatê-lo.
É preciso dizer aos eleitores que, se uma pessoa é corrupta, eles não devem eleger esse corrupto, porque, se o elegem, estão dando um salvo-conduto a essa pessoa. Durante a eleição, é preciso que esse debate seja aberto. Não se trata de achincalhar a honra de ninguém. Se dizem que uma pessoa é corrupta, basta ver se ela realmente tem comprovação passada na Justiça de que praticou um ato criminoso. E isso é fácil de ver hoje em dia, até na Internet se vê.
Portanto, esse trabalho a Maçonaria já está fazendo e vai fazer de maneira muito intensa nas eleições municipais, começando da base, pelos vereadores e pelos prefeitos, e em 2010, quando vamos eleger deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e o Presidente da República.
É o registro que faço, para dizer que a Maçonaria, embora discreta, não é omissa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)
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Matéria referida:
“Maçonaria se une no combate à corrupção”, artigo do jornal A Tribuna, de 22/10/2007.