Discurso durante a 214ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Celebração aos oitenta anos da chegada no Brasil dos missionários norte-americanos de Utah e do início da pregação Mórmon no Brasil.

Autor
Romeu Tuma (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Celebração aos oitenta anos da chegada no Brasil dos missionários norte-americanos de Utah e do início da pregação Mórmon no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 23/11/2007 - Página 41663
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, INICIO, ATUAÇÃO, GRUPO RELIGIOSO, BRASIL, ELOGIO, FORTIFICAÇÃO, FAMILIA, ATIVIDADE SOCIAL, COMENTARIO, DADOS, NUMERO, MEMBROS, IGREJA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), AGRADECIMENTO, PRESENÇA, DEPUTADO FEDERAL, SESSÃO SOLENE.

            O SR. ROMEU TUMA (Bloco/PTB - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores convidados para a homenagem dos oitenta anos de chegada dos missionários de Utah, eu estava conversando com o Moroni e outro membro da Mesa, perguntando sobre alguns fatos ligados à Igreja Mórmon. Moroni me apresentou alguns dados históricos. É claro que não podemos falar de improviso sobre aquilo que diz respeito à história de qualquer segmento religioso com a força que tem os mórmons.

            Eu disse ao Moroni que há algo que sempre me encanta quando chego aos Estados Unidos em missão. Quando saio do aeroporto, a caminho de Manhattan, há uma Igreja Mórmon à direita, linda, que encanta pela visibilidade e parece chegar ao céu. Suas torres apontam para o céu. Sempre peço a quem nos leva à cidade que pare um pouco, pelo menos, para fazer uma oração.

            A família é sagrada. Se Cristo quis nascer dentro de uma família, nada é melhor que o exemplo do que é a família para nós. Vi o Senador Edison Lobão fazer seu discurso com uma profundidade que muito pregador mórmon não tem. Desculpem-me pela liberdade. S. Exª pesquisou, estudou e tem uma convivência muito grande com a religiosidade. O Senador Alvaro Dias, do Paraná, que presidiu a sessão, também fez sua pesquisa.

            Comecei a sentir um arrepio por dentro do organismo quando se falou em família. Quem de nós consegue sobreviver e ter amor ao próximo se não for bem-educado, bem formado dentro de sua família?

            Tenho quatro filhos e acho que cada um de nós, como pai, como mãe, tem a dignidade quando sabe educar e orientar seus filhos no seio do amor à família. Essa é a história de qualquer ser humano que realmente consegue prestar serviço ao próximo.

            A atividade social que foi descrita nesta tribuna nos traz uma satisfação enorme porque ainda se acredita em Deus, em Jesus e que o próximo é a nossa vida. Temos um compromisso com Deus, com Jesus. Quando passamos por momentos difíceis em nossa vida, lembramos que Ele está lá e assinamos um compromisso espiritual de fé. Cada minuto que Ele consiga nos dar a mais de vida tem de ser utilizado para servir ao próximo. E é isso que os mórmons têm feito, provavelmente desde a primeira idade.

            Há mais de 15 anos, convivo com o Deputado Moroni Torgan e, perto dele, sinto um alívio espiritual enorme, pela conduta, pela ética com que ele se reproduz e com o amor com ele fala de sua família. Tenho um amor profundo, estou casado há 48 anos. Tenho quatro filhos, nove netos e uma bisneta. A coisa mais alegre para mim é quando todos estamos juntos. Minha mulher larga tudo porque ela acha que a família unida, sem dúvida, traz as bênçãos de Deus na mesma hora. 

            Desculpem-me pela emoção, provavelmente seja esse espírito vindo do céu, que nos alimenta a alma e que faz com que consigamos viver mais um pouco na busca da felicidade do próximo. Nós não podemos ser egoístas na busca dos nossos objetivos individuais e sim daqueles que possam somar para servir ao próximo. Isso eu aprendi com as palavras do Senador Edison Lobão e Alvaro Dias, durante o pronunciamento que aqui fizeram, repercutindo esses 80 anos de presença dos mórmons em território brasileiro.

            Disse-me o Moroni que, em São Paulo, há cerca de 400 mil mórmons, o que dá um exemplo claro das virtudes das pregações que são feitas para atrair a sociedade em razão da linha de conduta.

            Engraçado como são as coincidências, porque eu não sabia, Moroni, desta homenagem. Peço desculpas por não me ter preparado direito. Mas escrevi um discurso para falar hoje sobre os caminhos que foram percorridos por Abraão por todos os caminhos do Oriente, onde o maior conflito religioso e de violência está hoje a predominar naquela região. E provam esses caminhos que todos são filhos de Deus, portanto, a paz depende do coração de cada um de nós. E a repetição desse caminho provavelmente está na pregação dos mórmons, que fazem, dentro da espiritualidade, da busca da história do que passou, para o presente e para o futuro, uma vida melhor para cada um de nós.

            Esta ação dos mórmons só merece o nosso respeito, e o registro no Senado, sem dúvida, permanecerá por toda a nossa vida e daqueles que virão.

            Moroni, em nome de Deus, agradeço a você por hoje, pois, ao vê-lo na Mesa, vim saber o que estava acontecendo e foi um momento de felicidade.

            Que Deus nos abençoe a todos. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/11/2007 - Página 41663