O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

     O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. Bloco/PTB - SP) - Senador Magno Malta, eu pretendia encerrar a sessão, porque está sem áudio.

     O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - V. Exª pretendia encerrá-la, mas eu pedi a palavra pela ordem antes do encerramento.

     O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. Bloco/PTB - SP) - Mas V. Exª tem preferência.

     O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Obrigado.

     Sr. Presidente, eu gostaria de fazer um registro.

     Senador César Borges, informo a V. Exª, que foi um Governador tão bom para o Município de Itapetinga, que hoje chegou uma delegação daquele Município para pedir socorro ao Hospital Cristo Redentor.

     Quero aqui fazer justiça, Sr. Presidente, porque o povo da Bahia assiste à TV Senado.

     Senador César Borges, fui procurado por eles porque sou filho daquela terra e V. Exª sabe que o Senador Romeu Tuma é um lutador pelas Santas Casas e essa Santa Casa da Bahia mantém o Cristo Redentor, que é um outro hospital de Itapetinga. E, como os Prefeitos dos Municípios menores praticam a “ambulanciaterapia” - compram ambulâncias, colocam doentes e mandam para um Município maior -, Itapetinga paga esse preço, e o Cristo Redentor vive com dificuldades.

     Imediatamente, quando os recebi, liguei para o Senador César Borges. O Senador César Borges, como já havia fechado a suas emendas individuais, abriu-as para mandar ao Hospital Cristo Redentor, juntamente com a bancada da Bahia, uma emenda de R$100 mil, para salvar aquele hospital da Bahia.

     De maneira, Sr. Presidente, que a representante do hospital está agora reunida com a bancada de Deputados Federais da Bahia, com o Deputado Walter Pinheiro, no sentido de viabilizar melhores recursos, acompanhada do Deputado Mão Branca, do PV, que é de Itapetinga, e há um empenho nesse sentido.

     Agradeço a V. Exª porque lá, nesse hospital, nasceu minha irmã mais nova. Infelizmente, as entidades filantrópicas, tanto em meu Estado quanto nos outros, as Santas Casas, os hospitais evangélicos e quaisquer outras instituições estão morrendo.

     Esta semana, estivemos com o Ministro da Saúde, com o Governador Paulo Hartung e outros três Senadores e conseguimos do Ministro da Saúde, para custeio, durante um ano, R$300 milhões para o Estado do Espírito Santo, envolvendo as nossas entidades filantrópicas.

     Registro ainda, para encerrar, Sr. Presidente, que, no dia 29, haverá, na Comissão de Direitos Humanos, audiência publica muito importante, para a qual convido o Brasil e os Srs. Senadores, que tratará da questão da adoção. O Conselho de Justiça, ontem, definiu que, para adoção, haverá um cadastro nacional, Senador Mozarildo Cavalcanti. Já é um avanço, porém tem de ir para a lei.

     Participarão dessa audiência, na Comissão de Direitos Humanos, com o Senador Paulo Paim, pessoas que adotaram e pessoas que sonham com a adoção, juízes, promotores, militantes da vida humana, que não querem ver crianças presas em orfanatos, albergues, sem direito a ter pai e mãe. Essas crianças, à medida que vão crescendo, quando chegam aos 14, 15, 16 anos, vão perdendo a esperança de terem uma família. De lá saem para se tornarem marginais nas ruas, prostituindo-se e usando drogas. Lá estarão também pessoas interessadas, instituições, o Judiciário. Todos com o intuito de arrebentar os muros dessas instituições para que o desejo de milhares de crianças que estão procurando pai e mãe e estes procurando crianças possa se realizar.

     Agora mesmo a minha Assessora pegou uma criança num orfanato e teve de devolvê-la. Ela fica lá chamando mamãe, papai, chora, tem febre, o olho fundo, não come mais no orfanato porque sentiu que já tinha mãe e pai. E ela teve de voltar porque a burocracia não permite que ela fique com a família. Como pode isso? Para adoção, Senador Tuma, necessário se faz tão somente que alguém queira dar amor a uma criança. E, em seguida, você vê as outras coisas, dormida, alimentação. Uma criança precisa ter alguém para chamar de pai, para chamar de mãe.

     Ali está aquele cidadão, que já esteve comigo, que tem oito filhos adotivos. Ele esteve comigo lá. São crianças tiradas das ruas, que ele colocou dentro de casa. Precisamos possibilitar a essas crianças ter pai e mãe.

     Sr. Presidente, encerro a minha fala com uma frase que tenho cunhado da tribuna desta Casa: a adoção é a única chance que o homem tem de dar à luz, e só sabe o valor da adoção quem o faz.

     Por isso, conclamo o Brasil a estar conosco no dia 29, na Comissão de Direitos Humanos, para discutirmos uma nova legislação para a adoção no Brasil.

     Obrigado, Sr. Presidente. Desculpe-me ter interrompido V. Exª quando já anunciava o fim da sessão, mas eu precisava fazer esses dois registros.