O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, pedi a palavra por três motivos. O primeiro deles é que quero registrar que, no seu discurso, o Senador Adelmir Santana fez referência a questões importantes da economia brasileira. E quero, aqui, como Líder do Governo, dar o testemunho de que foi, na verdade, o trabalho profícuo do Senador Adelmir Santana que fez com que esse procedimento avançasse - está avançando e, sem dúvida nenhuma, vai chegar a um bom termo. Todos nós temos de nos unir para melhorar as condições do nosso País. Portanto, quero saudar S. Exª e fazer esse registro, porque é uma questão de justiça que toda a sociedade brasileira saiba do esforço que o Senador está fazendo, exatamente para viabilizar esse importante caminho para o consumidor brasileiro.

A segunda questão, Sr. Presidente, é que quero usar da palavra pela Liderança do Governo, especialmente como Senador de Roraima, para registrar hoje o Dia do Evangélico. Hoje é o dia em que se comemora em todo o Brasil o Dia do Evangélico, um reconhecimento da sociedade brasileira às Igrejas Evangélicas. E quero aqui tratar de um ponto fundamental, exatamente o respeito e a atenção que o Poder Público e os Governos precisam ter para atuarem em conjunto com as Igrejas Evangélicas.

Os evangélicos, em nosso País, prestam um grande serviço, não só no aspecto da fé, não só no sentido de reerguer pessoas que estão no chão; também prestam um grande serviço de ação social, da presença de uma mão amiga, da presença de algo bom, muitas vezes em regiões onde não há nada. Andamos pelas periferias de todas as grandes cidades, e ali pode não haver nada - não há uma agência do Banco do Brasil, não há uma agência da Caixa Econômica, não há uma instituição do Governo -, mas há uma igreja evangélica. E o pastor, naquela Igreja Evangélica, está firme, tentando recuperar as pessoas, pregando valores importantes para nossa sociedade.

Portanto, precisamos fazer um esforço e uma revolução neste País para resgatar as pessoas que menos têm, as pessoas menos assistidas, as pessoas que estão perdidas, os jovens que estão no caminho das drogas. Vários instrumentos devem ser utilizados nessa luta, mas, sem dúvida alguma, um dos principais é a Igreja Evangélica. São as denominações evangélicas que têm esse compromisso e atuam, muitas vezes, isoladamente, sem o apoio do Poder Público.

Concedo um aparte ao Senador Adelmir Santana.

O Sr. Adelmir Santana (DEM - DF) - Senador Romero Jucá, compartilho dessa sua referência ao Dia do Evangélico e concordo plenamente com sua ponderação sobre a importância do crescimento das Igrejas Evangélicas no Brasil, bem como sobre a importância de seus pastores e obreiros. Esse dado é tão importante, que, aqui mesmo no Distrito Federal, a Câmara Legislativa, recentemente, aprovou um projeto de lei considerando esta data como Dia do Evangélico, enquadrando-a entre os feriados locais. Assim, hoje funciona na Capital da República apenas o Governo Federal, sendo considerado feriado para o Poder local, para o sistema bancário e para outras instituições em Brasília. Regozijo-me com V. Exª e me associo à comemoração do Dia do Evangélico, que tem uma presença marcante na vida social, na vida política e na vida religiosa do Distrito Federal. Isso é claro, nítido e presente em todos os movimentos de Brasília.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) - Agradeço a V. Exª o aparte, Senador Adelmir Santana, e concedo um aparte ao Senador Paulo Paim.

O Sr. Paulo Paim (Bloco/PT - RS) - Senador Romero Jucá, primeiro, quero cumprimentá-lo pela oportunidade do pronunciamento. É mais do que justo que o Senado da República faça hoje, iniciando por V. Exª, Líder do Governo, uma homenagem a toda a comunidade evangélica. Tenho andado muito pelo meu Rio Grande, Senador Romero Jucá. Nas favelas, nas vilas, nas regiões mais pobres do meu Estado, encontro uma igrejinha dos evangélicos, que nos recebem muito bem, ao contrário do que alguns dizem. Eles nos recebem, conversam, mostram seu trabalho na questão das drogas, por exemplo, da recuperação de jovens. Vou dar um depoimento a V. Exª, por meio deste aparte, pela primeira vez: tenho filhos que optaram, que são evangélicos e que fazem trabalhos com os pastores, por exemplo, no Bairro Guajuvira, um dos mais pobres em Canoas, muito simples. Vou seguidamente lá para assistir ao trabalho deles. É um trabalho belíssimo! Quero dar esse depoimento, como homenagem a toda a comunidade evangélica, cumprimentando V. Exª, que, neste momento, em nome do Governo e naturalmente da sua Liderança e do seu Estado, faz essa homenagem ao povo evangélico. Parabéns a V. Exª!

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) - Agradeço, Senador Paulo Paim, a V. Exª o aparte, um testemunho tão importante, e quero, Sr. Presidente, concluindo essa etapa, realmente registrar meu respeito, meu reconhecimento, minha admiração e, mais do que isso, minha fé de que essa ação da comunidade evangélica, dos pastores, das igrejas é uma ação guiada pela mão de Deus para melhorar a vida das pessoas. Se a mão de Deus a está guiando, é preciso que a mão do Governo ajude - não somente o Governo Federal, mas também os governos estaduais, os governos municipais. Temos, volto a dizer, de criar uma grande parceria, um grande mutirão para melhorar este País. Temos de utilizar os instrumentos mais legítimos, mais representativos, mais presentes na comunidade, que falem dos valores da comunidade, e, sem dúvida alguma, as Igrejas Evangélicas representam tudo isso.

Então, fica aqui meu reconhecimento, minha admiração, meu respeito e, em especial, minha homenagem a toda a comunidade evangélica, aos pastores, às comunidades evangélicas de Roraima, que são parceiras, que estão ao nosso lado, ao lado do povo de Roraima, buscando melhorar a condição do nosso Estado.

Por último, quero fazer um registro - hoje estou aqui para agradar ao Senador Adelmir Santana; já falei nele duas vezes e vou falar uma terceira -, porque quero fazer um contraponto aqui. As principais manchetes dos jornais de hoje estão falando que o Brasil se classificou mal numa questão de estudos de Ciências, em uma comparação mundial. Aceito isso e acho que temos de melhorar, mas temos também de divulgar as coisas boas.

Senador Adelmir Santana, recebi um documento do Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Deputado Armando Monteiro Neto, que diz o seguinte:

Tenho o prazer de comunicar a V. Exª que o Brasil, representado por alunos do Senai, acaba de conquistar o 2º lugar da 39º Worldskills - Competition 2007, tradicional e maior competição mundial de formação profissional, em que concorrem os países mais industrializados.

O Brasil ficou no segundo lugar. O primeiro lugar foi da Coréia; o segundo, do Brasil; e o terceiro, da Suíça. Os Estados Unidos tiraram o 31º lugar; e a Inglaterra, o 11º lugar. Nós conquistamos o segundo lugar.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero parabenizar o Sistema S, a CNI. Tratamos, dias atrás, da discussão a respeito de se os recursos do Sistema S deveriam ser retirados, diminuídos ou não. E, se discutimos essa questão, é importante também discutirmos os resultados positivos, porque tudo isso tem de ser avaliado. Queria fazer esse contraponto hoje.

Se, na área de Ciências, o Brasil se classificou mal na comparação mundial, devemos ver que, na área de formação industrial e tecnológica, o Brasil é vice-campeão mundial.

Concedo um aparte ao Senador Adelmir Santana.

O Sr. Adelmir Santana (DEM - DF) - Mais uma vez, peço um aparte a V. Exª também para me regozijar com a premiação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi), na pessoa do Deputado Armando Monteiro Neto, Presidente da CNI. Efetivamente, existem coisas boas neste País. Recentemente, Senador Romero Jucá, há uma semana, dia 22 mais precisamente, tivemos a oportunidade de inaugurar, em Brasília, no Distrito Federal, em Ceilândia mais precisamente, uma cidade-satélite do Distrito Federal, uma unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc), que não deve a nenhuma outra instituição, pois nenhuma outra instituição existe no mundo com essas características. E o que vai fazer isso em Ceilândia? O que o Sesc se propõe a fazer em Ceilândia? Exatamente desenvolver, naquela população, a parte ligada à cultura, ao lazer, ao esporte e também à educação. É por isso que nos posicionamos sempre, quando o Sistema S é aqui questionado, no sentido de dizer que são instituições de mais de sessenta anos, que estão preocupadas com o País, que estão preocupadas com a educação, com a cultura, com o esporte, com o lazer. Portanto, eu me associo a V. Exª nessa referência à premiação dos alunos do Senai e, ao mesmo tempo, quero dizer que todo o Sistema S está sempre focado na melhoria da qualidade de vida dos seus usuários - no caso da Confederação Nacional do Comércio (CNC), refiro-me ao Sesc e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). E, certamente, essa unidade que inauguramos na Ceilândia vai marcar história no Distrito Federal. São mais de vinte mil metros de área construída, e dotamos aquela cidade de recursos de que não dispõe, pensando no seu futuro: teatro, piscinas, quadras de esporte, academias de tênis, salas de aula, salões de festas. A cidade recebe isso com muita alegria, e temos a certeza de que vamos contribuir, como contribui o Senai, como contribui o Sesi, para a melhoria do povo brasileiro.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR) - Eu agradeço a V. Exª as palavras e o aparte, Senador Adelmir Santana.

Encerrando meu pronunciamento, Sr. Presidente, solicito a transcrição do documento encaminhado pela CNI, que faz menção a essa vitória brasileira, bem como dá o ranking de todos os classificados nessa competição internacional.

Muito obrigado.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ROMERO JUCÁ EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

- Documento encaminhado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).