Discurso durante a 212ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Sauda o moralizador acordo celebrado com o empenho do Senador Romero Jucá para a retirada de parágrafo do artigo 1 da medida provisória 387, que definiu recursos de obrigatoriedade para o PAC.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Sauda o moralizador acordo celebrado com o empenho do Senador Romero Jucá para a retirada de parágrafo do artigo 1 da medida provisória 387, que definiu recursos de obrigatoriedade para o PAC.
Publicação
Publicação no DSF de 21/11/2007 - Página 41406
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • CUMPRIMENTO, LIDER, GOVERNO, ACORDO, VETO (VET), PARTE, ARTIGO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), ATENDIMENTO, VOTAÇÃO, SENADO, BENEFICIO, ETICA, IMPEDIMENTO, LIBERAÇÃO, VERBA, PROCESSO ELEITORAL, CRITICA, BANCADA, CAMARA DOS DEPUTADOS, EXPECTATIVA, CONSUMAÇÃO, VETO PARCIAL.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Pois não, Sr. Presidente. Tenho até um assunto de cuja gravidade já disse ao Senador Tião Viana e queria falar na presença de S. Exª, portanto, no retorno do Senador da abertura da Semana da Amazônia aqui no Congresso Nacional. S. Exª estará lá como Presidente do Congresso Nacional. Estará também o Presidente Arlindo Chinaglia.

            Sr. Presidente, devo registrar que não passava pela minha cabeça que o Senador Romero Jucá não se esforçaria para cumprir a palavra que empenhou. Foi, portanto, um belo gesto. A matéria aqui, o acerto aqui celebrado foi moralizador. Ele visava a se impedir que o processo eleitoral virasse uma mixórdia por interferência de verbas federais transferidas às vésperas de um pleito para prefeitos amigos.

            Nós nos sentimos bastante constrangidos e bastante ofendidos porque foi pactuado aqui. É como se o Governo fosse feito de compartimentos estanques: o Governo no Senado é uma coisa e na Câmara é outra. Para mim o Governo é uma coisa só, e quem responde pelo Governo é a figura do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, quando algo pactuado aqui não é concertado na Câmara, eu tenho duas hipóteses: ou imaginar que se trata de uma enorme bagunça, ou acreditar que jogaram de maneira bifronte conosco; não o líder, não o Presidente, não os demais líderes da Base do Governo, mas o próprio Governo e seus escaninhos, os seus operadores políticos do Palácio.

            Muito bem, recebo com muita alegria isso, e só não é uma alegria maior porque terminou virando “um certo bode na sala”, ou seja, isso não existia e, de repente, passa a existir; retira-se o “bode da sala” e fica aquela impressão, para a família russa, de bem-estar.

            Fico feliz. Vamos aguardar a efetivação do veto presidencial. Confio plenamente na palavra do líder e não quero desconfiar da palavra do Presidente Lula. Quero apenas vê-la efetivada no papel. Quero ver o Presidente apondo o seu veto à decisão da sua Base Parlamentar na Câmara, que não agiu de acordo com os melhores rumos da moralidade eleitoral, de maneira bem simples. Então, nós temos que registrar que é um avanço e, portanto, esperamos o veto do Presidente que será consumado com certeza, porque o Presidente não faria com o seu líder algo tão desprestigiador assim.

            Parabenizo o Líder Romero Jucá pela atenção que teve conosco e espero poder parabenizá-lo pela consumação do êxito. Que o veto venha, para que possamos melhorar algo que está se deteriorando aqui, qual seja, a relação entre Governo e Oposição que deve ser fundada, Sr. Presidente, na confiança mútua, nos acertos programados e nos acertos cumpridos.

            Eu, por ora, registro com muita alegria que estamos avançando. É um processo que não se consumou. Consuma-se com o veto; com a aposição do veto. Fico feliz, por outro lado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/11/2007 - Página 41406