Discurso durante a 226ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Solicita a transcrição nos Anais da Casa do editorial "Carnaval fora de época", publicado no jornal Diário do Povo, de Teresina, que retrata episódios sobre prisões.

Autor
Heráclito Fortes (DEM - Democratas/PI)
Nome completo: Heráclito de Sousa Fortes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA. PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.:
  • Solicita a transcrição nos Anais da Casa do editorial "Carnaval fora de época", publicado no jornal Diário do Povo, de Teresina, que retrata episódios sobre prisões.
Publicação
Publicação no DSF de 07/12/2007 - Página 44264
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA. PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, EDITORIAL, JORNAL, DIARIO DO POVO, ESTADO DO PIAUI (PI), QUESTIONAMENTO, PROCEDIMENTO, PRISÃO, EMPRESARIO, POSTO DE GASOLINA, EXIBIÇÃO, ACUSADO, MANIPULAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA.
  • CRITICA, DECLARAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, VISITA, ESTADO DO PARA (PA), ACUSAÇÃO, SENADO, REJEIÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF), CORTE, VERBA, POLITICA PENITENCIARIA, AMBITO ESTADUAL, INFERIORIDADE, QUALIDADE, ENSINO, BRASIL, AVALIAÇÃO, EDUCAÇÃO, AMBITO INTERNACIONAL.
  • CRITICA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, AGRESSÃO, CONGRESSO NACIONAL.

            O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, em primeiro lugar, como não poderia deixar de ser, eu me congratulo com o Senador Mão Santa pelo feito histórico que acaba de conseguir nesta Casa: a Senadora Ideli Salvatti pedir desculpas a alguém. Quero que fique registrado nos Anais da Casa. Isso demonstra que a vontade de ganhar votos faz as pessoas praticarem o que não gostam. Quero que fique o registro nos Anais da Casa.

            Em segundo lugar, Sr. Presidente, peço a transcrição nos Anais da Casa de editorial do jornal Diário do Povo, de Teresina, publicado hoje, intitulado “Carnaval fora de época”, que retrata episódios envolvendo prisões contra as quais não entro no mérito, apenas discuto a maneira, a forma como foram feitas: a forma histriônica, a forma desnecessária de algemar pessoas com endereço certo. Agora mesmo, imaginem os senhores, a juíza que prendeu as oito pessoas não era sequer da delegacia especializada para tal ação, e já manda soltá-los. Seria muito melhor que tivesse agido em nome da lei, buscando os caminhos do equilíbrio para cumprir sua missão e evitar expor o Piauí a uma situação como essa. Portanto, peço a transcrição nos Anais.

            Por fim, Sr. Presidente, seria bom que soubéssemos a que hora do dia o Presidente fez essas declarações, se comeu tucupi, se tinha pimenta no tucupi. Porque, na penúltima vez, foi ao Espírito Santo e comeu moqueca. Os jornais disseram que a moqueca estava apimentada. Quero saber que condimento tem nessa viagem do Presidente ao Pará.

            Evidentemente, o caminho mais fácil para Sua Excelência seria agredir o Senado e desviar-se dos fatos que acontecem no Estado que visita, que envolvem barbaridades, arbitrariedades nas prisões do Estado do Pará.

(Interrupção do som.)

            O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM - PI) - Aliás, é uma técnica muito competente usada por Sua Excelência.

            Gostaria também que Sua Excelência respondesse o que farão os alunos das escolas públicas do Brasil que foram agora surpreendidos com o resultado vergonhoso em aferição internacional a que se submeteram.

            Será que essa falência também é por falta de verbas? Será que a falência que estamos tendo no sistema prisional é por falta de verbas, é por culpa do Senado?

            O Presidente precisa entender que, ao longo desse tempo, criou expectativa, vendeu ilusões, promessas, e não está conseguindo concretizá-las. É competente, tem respaldo popular e, acima de tudo, blindagem, mas chamo a atenção: não é o melhor caminho para se conseguir movimentar este Senado no sentido de que se modifiquem opiniões a respeito da CPMF.

            Aliás, Senador Tião Viana - ontem eu já disse aqui -, trouxeram o Adib Jatene na undécima hora. Deveriam tê-lo trazido no começo, para relembrar inclusive a luta que ele teve e não conseguiu convencer o partido do Presidente Lula no ato original de criação da CPMF.

            Uma conversa aberta é o melhor caminho, e não a agressão.

            Volto a uma terceira hipótese: será que foi a proximidade com a Venezuela que fez o Presidente ser possuidor dessa linguagem agressiva com o Congresso? O Presidente precisa entender que governa um país de dimensões, o Brasil.

            Quero saber do Presidente da República qual o Presidente que fala a verdade. É o Presidente que diz, de maneira sóbria, no Palácio do Planalto, que o Congresso nunca lhe faltou, que o Congresso do Brasil é solidário ou é esse que, no Pará, agride o Congresso brasileiro? Quem é o Presidente Lula? O de flores ou o de pedra? É preciso que essas coisas fiquem esclarecidas, até porque estamos vivendo um verdadeiro samba do crioulo doido. Assim não dá, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR HERÁCLITO FORTES EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

- Editorial “Carnaval fora de época”. (Diário do Povo)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/12/2007 - Página 44264