O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, faço apenas hoje o registro de requerimento que apresentei ontem em razão de a sessão de ontem ter sido dedicada ao debate sobre a prorrogação da CPMF.

Apresentei requerimento de voto de aplauso à Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), que comemora seus 25 anos de fundação. Que essa deferência seja comunicada à Srª Isa Assef, diretora-presidente da Fucapi.

A justificativa, Sr. Presidente:

Uma das características mais fortes da Fucapi é a busca da inovação em todas as suas áreas de atuação.

Instituição privada, sem fins lucrativos, voltada para o desenvolvimento de pesquisa e serviços tecnológicos e incremento à competitividade de empresas e organizações na região amazônica, a Fucapi foi instituída em 1982, a partir de iniciativa conjunta da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e Grupo Executivo Interministerial de Componentes e Materiais (Geicom), ligado ao Governo Federal.

Desde a sua criação, a Fucapi tem se pautado pelo pioneirismo também em nível nacional.

Foi destacada, na primeira Lei de Informática, como a principal instituição tecnológica da Região Norte, por sua atuação voltada para o apoio técnico às empresas instaladas na Zona Franca de Manaus. Implantou um laboratório de testes em brinquedos que é o único instalado fora dos grandes centros. Credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), o laboratório recebe solicitações de vários Estados.

Finalista do Prêmio Melhores Universidades 2007 na categoria Pesquisa Científica e com a indicação de três estrelas na avaliação do Guia do Estudante da Editora Abril para o curso de Ciência da Computação, o Instituto de Ensino Superior Fucapi (Cesf) tem registrado intensa procura pelas 530 vagas nos seis cursos de graduação que oferece no processo seletivo de 2008.

Sr. Presidente, esse é o requerimento, o voto de louvor a essa importante Fundação que funciona em Manaus, no Amazonas, e completa 25 anos.

Mesmo neste pouco tempo de que disponho, Sr. Presidente, não poderia deixar de registrar nesta Casa, de registrar para o Brasil, o crescimento do nosso PIB. A economia cresceu 5,7%, puxada principalmente pelos investimentos e gastos das famílias. É importante registrar aqui avanços de setores da nossa economia, como o agropecuário, o industrial e o de serviços, como acabei de mencionar. Quero registrar isso, porque o Presidente Lula recebeu o governo com a taxa do dólar alta, com o risco-Brasil lá em cima. Estamos vivendo um grande momento de nossa economia.

É por isso que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na pesquisa CNI/Ibope, divulgada pela imprensa hoje, tem 51% de aprovação. É importante mencionar isso. O Presidente Lula é bem avaliado, tem a aprovação da maioria porque cuida de políticas importantes, principalmente daquilo que é o centro, o principal, que é a economia, e ela vai bem.

Temos motivos para fazer esse registro com satisfação.

Há ainda algo que também não posso deixar de registrar aqui, Sr. Presidente. Ontem, nós tivemos o fim de uma discussão, que se prolongou ao longo de meses, sobre a prorrogação da CPMF. Quero dizer o seguinte: isso faz parte do jogo democrático.

(Interrupção do som.)

O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM) - Foram 34 Senadores que impediram a vitória da prorrogação; 45 Senadores votaram pela prorrogação. Quero dizer isto para o Brasil: na sessão de ontem, a maioria dos Senadores - 45 Senadores - votaram pela prorrogação da CPMF, e 34 votaram contra a prorrogação.

Em alguns discursos aqui lançaram mão de uma matemática duvidosa, a de que retirar R$40 bilhões do Orçamento não tem nenhum reflexo em nossa economia. Ora, nós vamos ter de mexer já no Orçamento!

Hoje, em todos os canais de televisão, estão os analistas avaliando a decisão do Senado. Foi tranqüila, não houve nada de mais, mas todos os analistas econômicos estão...

(Interrupção do som.)

O SR. PRESIDENTE (Gerson Camata. PMDB - ES) - V. Exª dispõe de um minuto para encerrar o seu pronunciamento.

O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM) - Agradeço.

Estou fazendo só uma pequena análise, mas vou fazer outros pronunciamentos para nós avaliarmos essa decisão.

Mas houve isto aqui: defesas no sentido de que retirar R$40 bilhões não tem nenhum reflexo em nossa economia nem nas políticas públicas. Foram retirados R$40 bilhões do Governo porque em todos os produtos está embutida a CPMF.

Se verdadeiro esse argumento, a partir de 1º de janeiro, não vigorando mais a CPMF, os preços dos produtos vão ser reduzidos. Que bonito! Que alegria! Que falácia, Sr. Presidente! Que falácia!

Mas é isto: o Presidente Lula vai bem, o PIB vai bem, o crescimento econômico vai bem.

Nós temos os contras, que é para caracterizar a democracia em nosso País.