O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, há poucos instantes, houve um inoportuno - perdoe-me a franqueza e as palavras diretas - aparte do nobre Senador Eduardo Suplicy à Senadora Lúcia Vânia, quando, até de forma deselegante, interrompeu o pronunciamento tão brilhante da nobre Senadora para tratar de outro assunto que, lamentavelmente, no momento, não diz respeito a S. Exª, o Senador Eduardo Suplicy. O Senador Eduardo Suplicy comete o pecado de tentar se imiscuir nas questões internas do PMDB.

            A bancada do PMDB, no dia de ontem, fez reunião para o processo de definição de candidatura à Presidência do Senado Federal. Ora, o nobre Senador Eduardo Suplicy não faz parte da bancada do PMDB. Naquela oportunidade, o nobre Senador Pedro Simon não se manifestou - embora tivesse sido a ele assegurada a palavra, a oportunidade e o direito - como candidato a candidato pelo PMDB.

            Então, entendo que, se o Senador Eduardo Suplicy não apita muito dentro do PT, é muito simples: ele pode assumir uma ficha de filiação ao PMDB - acredito que ele será aceito - para poder discutir as questões internamente.

            Eu confesso que, em nome do PMDB, não aceito esse tipo de interferência, em hipótese alguma. É descabida, inoportuna e tem apenas o objetivo de semear a discordância dentro de nosso partido, e isso eu não aceito em hipótese alguma.

            Quando o nome a ser indicado pelo PMDB chegar ao plenário, aí, sim, S. Exª e os demais, é claro, terão direito de se manifestar, como também nós não iremos nos manifestar diante de qualquer escolha que outro partido venha a fazer ou quando outro partido estiver a fazer. Agora, neste momento, ele fazer a indicação de um candidato do PMDB é apenas para perturbar o processo, não é para contribuir, em hipótese alguma.

Quero contestar exatamente essas palavras do Senador Eduardo Suplicy, que, lamentavelmente, para mim, agiu muito mal e deveria redimir-se diante dos companheiros do PMDB.