O SR. JAYME CAMPOS (DEM - MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, um minuto só, antes do Senador Mão Santa.

     Só complementando, ou seja, fazendo um adendo às palavras do Senador Paulo Paim, na verdade, quero dizer que faltou esse entendimento desde o início. Quando hoje estamos prestes à votação da CPMF, o Democratas também, naturalmente, gostariam de participar, mas, lamentavelmente, nós fomos isolados da fase de negociação com o Governo Federal. Lamentavelmente, o Presidente Lula tem atacado, de forma que não é ideal para um Presidente da República, os Democratas. E, certamente, o encaminhamento ideal, Valdir Raupp, que é Líder do PMDB; Paulo Paim, que é do PT; João Pedro, nós gostaríamos imensamente... Ninguém pode desconhecer que R$40 bilhões vão fazer falta sobremaneira no caixa do Governo Federal. Todavia, temos que discutir. Não se pode, em hipótese alguma, entender que esta Casa tem que ficar de joelhos. Nós temos aqui oposição, mas oposição construtiva, de pessoas, de Senadores e Senadoras responsáveis, que têm compromisso com o Brasil.

     Nós queremos discutir uma reforma tributária. Nós queremos, certamente, que os recursos oriundos da CPMF para a Saúde sejam utilizados de forma transparente, não de forma política, como têm sido usados para fazer políticas partidárias. Não é o que nós queremos. O Democratas, com certeza, está pensando no Brasil, pensando, Senador Mão Santa, na aplicação do dinheiro público de forma transparente para atender ao conjunto da sociedade brasileira. Não podemos, Raupp, em hipótese alguma, desconhecer que uma receita como essa vai fazer falta no caixa, mas não da forma que estão impondo, querendo patrolar aqui a oposição. Isso não vamos permitir. O Valter Pereira disse aqui que há empate técnico. Hoje não há empate técnico, Valter Pereira; hoje a CPMF dificilmente passa aqui nesta Casa, porque têm Senadores responsáveis que não vão se vender a troco de emenda. É bom que se esclareça. Hoje meu nome está nos jornais dizendo que Jayme Campos está participando de negociação.

     Jayme Campos não tem preço. O voto de Jayme Campos é a consciência, o voto de Jayme Campos é na defesa dos 800 mil votos que o povo mato-grossense me confiou. O povo mato-grossense me deu essa procuração nas últimas eleições de 1º de outubro.

     Dessa forma, Srs. Membros da base aliada do Governo, volto a reiterar que falta diálogo do Governo, do Poder Executivo junto com o Democratas e junto com o PSDB.