Discurso durante a 240ª Sessão Especial, no Senado Federal

Homenagem ao centenário de nascimento do arquiteto Oscar Niemeyer Soares Filho.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao centenário de nascimento do arquiteto Oscar Niemeyer Soares Filho.
Publicação
Publicação no DSF de 21/12/2007 - Página 46315
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, CENTENARIO, NASCIMENTO, OSCAR NIEMEYER, ARQUITETO, ELOGIO, MODERNIZAÇÃO, ARQUITETURA.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Presidente Marco Maciel, Parlamentares, brasileiras e brasileiros presentes e que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, nós cremos em Deus. Paulo Duque, V. Exª passou muito entusiasmo e orgulho por Oscar Niemeyer ter nascido no Rio. Marco Maciel, o arquiteto Oscar Niemeyer só perde para o arquiteto do universo: o nosso Deus.

É tempo - lidere esse processo, Marco Maciel; V. Exª, que está aí e que representa, além do poder político, o poder da cultura, o poder da Academia de Letras de Machado de Assis -, é tempo de deflagrarmos uma campanha para o Brasil ter o primeiro Prêmio Nobel. Eis o homem, o nosso homenageado Oscar Niemeyer. É tempo, é tempo de fazermos essa campanha.

Serei breve. O Duque é entusiasmado por esse cidadão carioca que completa um século; eu represento aqui o Piauí. Eu quero dizer, Oscar Niemeyer, que o Piauí lhe deu o seu irmão camarada. Eu convivi com Evandro Lins e Silva, e ele chegou a me narrar da amizade, do apreço, do sonho, do ideal e das virtudes. Quer dizer, no Piauí, lá da nossa ilha maior do Delta, anexa a Parnaíba, nasceu Evandro Lins e Silva, e ele foi, Marco Maciel, o grande irmão camarada de Niemeyer na vida, no sonho, nos ideais políticos, na moralidade e na solidariedade.

Marco Maciel, o que eu entendo deste Brasil é que nós começamos mesmo foi no século XIX, os 1800, quando nos tornamos independentes; quando libertamos os escravos; quando gritamos a República. Desse século, então, Marco Maciel, eu, na minha observação, passo para a história dois dos maiores nomes. Um político, Pedro II, que governou esta Pátria e tornou una a língua comum, 49 anos; quando ele estava sendo velado na igreja em Paris, os franceses disseram que, se eles tivessem um rei como aquele, não teriam derrubado os reis; então, o político foi Pedro II, no século XIX. E o homem empreendedor, sonhador, realizador foi Mauá, do século XIX, quando começou o Brasil mesmo, independente.

Marco Maciel, no século seguinte, eu, no meu juízo de homem do Piauí, cito dois homens também. O político: Juscelino Kubitschek de Oliveira, o político do século XX. E o sonhador, o idealizador, o realizador, o empreendedor: Oscar Niemeyer.

Eu sei que eu creio em Deus, ô Marco Maciel.

Eu quero lhe dizer, Oscar Niemeyer e seu neto, algo que está na Sagrada Escritura. Sou Francisco. Ele falou em Deputado Francisco de Assis de Moraes Souza. Sou eu, esse é meu nome. Minha mãe era terceira franciscana, cristã. Este nome, Francisco, ela colocou porque foi aquele que mais se aproximou de Cristo. Senador Duque, ele andava com uma bandeira em que estava escrito: paz e bem. Quero lhe dizer que no livro cristão, na Sagrada Escritura, ô Oscar Niemeyer, está escrito lá... O Marco Maciel é o cristão símbolo deste Senado. Ele disputa com Pedro Simon quem é mais. Marco Maciel, está escrito no livro de Deus que Deus escolhe os seus, os abençoa e lhes dá longa vida. E nessa longevidade o escolhido exerce sua profissão até o fim da existência. Esses são os escolhidos, os abençoados.

Ó Oscar Niemeyer, V. Sª é abençoado pelo outro, arquiteto do universo, Deus, na longa vida e no exercício. Marco Maciel, ele está lá, está enquadrado. Tiago diz que a fé sem obras já nasce morta. A fé de Oscar Niemeyer é com obras. Saltam aos olhos, espalhadas e nos orgulham.

Portanto, teremos dificuldade, Duque, quando tivermos que passar para a história esses homens. Vamos ter de dizer que ele era um Matusalém. Para explicar as obras desses dois homens, Juscelino e Niemeyer, vamos ter de dizer que eles viveram como antigamente, como está na Bíblia: 800 anos, 900 anos.

Estas são as minhas palavras, com a crença do povo cristão do Brasil: ó Deus, abençoe esse extraordinário brasileiro de que nos orgulhamos, próximo Prêmio Nobel. Essa, sim, é a conquista que o Brasil quer. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/12/2007 - Página 46315