Pronunciamento de Flávio Arns em 19/12/2007
Discurso durante a 237ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comenta a importância da proposta de emenda constitucional do senador Tião Viana. Analisa como poderia ser o orçamento para saúde no ano seguinte se a CPMF tivesse sido aprovada.
- Autor
- Flávio Arns (PT - Partido dos Trabalhadores/PR)
- Nome completo: Flávio José Arns
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
SAUDE.
TRIBUTOS.:
- Comenta a importância da proposta de emenda constitucional do senador Tião Viana. Analisa como poderia ser o orçamento para saúde no ano seguinte se a CPMF tivesse sido aprovada.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/12/2007 - Página 46019
- Assunto
- Outros > SAUDE. TRIBUTOS.
- Indexação
-
- COMENTARIO, IMPORTANCIA, PROPOSTA, EMENDA CONSTITUCIONAL, AUTORIA, TIÃO VIANA, SENADOR, DEFINIÇÃO, DESPESA PUBLICA, SAUDE, AMBITO NACIONAL, AMBITO ESTADUAL, AMBITO REGIONAL.
- DEBATE, PREJUIZO, SAUDE, EXTINÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF), REDUÇÃO, ORÇAMENTO, SETOR.
O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco/PT - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Em função da manifestação do Senador Antonio Carlos Valadares e dos demais Senadores em relação aos recursos da Saúde, quero dizer para toda a sociedade, novamente, que a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 é algo essencial para o Brasil, em primeiro lugar, para definirmos o que é despesa de Saúde e o que não é despesa de Saúde.
Além dos recursos do Governo Federal, também se prevêem na legislação os 12% do orçamento estadual e os 15% dos orçamentos municipais.
A emenda do Senador Tião Viana levaria a uma situação de termos um orçamento de R$65 bilhões na área da Saúde, o que é o correto e é o ideal. Nós teríamos esse orçamento caso a CPMF não tivesse sido derrubada - o orçamento da Saúde é de R$40 bilhões a R$45 bilhões e mais R$20 bilhões vinham da CPMF. Com o fim da CPMF, nós todos temos de achar R$20 bilhões no orçamento para que ele volte ao patamar anterior insuficiente. Com a CPMF, haveria mais R$20 bilhões, o que levaria o orçamento a um total de R$65 bilhões para a Saúde. E eu, inclusive, no dia me manifestei da tribuna, dizendo que, de fato, com R$65 bilhões, toda a CPMF na área da Saúde, isso significaria uma possibilidade de a Saúde ter condições de atender um direito fundamental do cidadão. Então, isso significa acharmos R$40 bilhões no orçamento para a área da Saúde.
Enfrentamos, portanto, uma dificuldade. Eu acho que todos nós, que queremos carga tributária menor, contenção de gastos, temos de nos debruçar para acharmos R$40 bilhões no Orçamento que possam ser destinados para a área da Saúde, que é uma tarefa - temos de convir - que não é fácil também.
Portanto, temos de deixar claro que todo esse debate está acontecendo porque toda a CPMF iria para a área da Saúde. Ao mesmo tempo, temos de distribuir a carga tributária.
Esses desafios têm de fazer parte do debate do cotidiano aqui do Senado.
Obrigado.