A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Agradeço, Sr. Presidente. Quero utilizar os cinco minutos apenas, mas eu não poderia deixar de fazer o registro da tribuna - eu sei que outros Parlamentares já o fizeram - a respeito da pesquisa CNT/Sensus.

Essa edição da pesquisa, que foi realizada entre os dias 11 e 15 do mês de fevereiro, com 2.000 pessoas em 136 Municípios do País, apresenta nada mais, nada menos do que a melhor avaliação do Governo Lula desde a sua posse. E não é de sua posse no segundo mandato; é desde a sua posse em janeiro de 2003. É algo, do meu ponto de vista, inédito, porque é muito difícil alguém, em seu segundo mandato, ter uma avaliação superior a todas as outras avaliações, principalmente quando há um mandato anterior para servir de base. E o Presidente Lula foi enfático: no primeiro mandato, ele fazia comparação com o Governo que o antecedeu e, no segundo mandato, ele disse que só poderia fazer comparação com ele mesmo.

A pesquisa está com esses números. O crescimento é bastante significativo porque a avaliação positiva do Governo subiu nada mais nada menos do que 46,5% para 52,7%, portanto um crescimento extremamente significativo da avaliação positiva de Governo. E, na avaliação negativa, também houve uma queda significativa de 16,5% para 13,7%.

Essa avaliação positiva do Governo, a própria avaliação pessoal do Presidente Lula só foi superada em dezembro de 2003. Foi a única pesquisa feita anteriormente a esta em que a avaliação pessoal do Presidente Lula foi superior à atual. A avaliação pessoal do Presidente Lula subiu de 61,2% para 66,8%, e só perdeu para dezembro de 2003.

Quanto a esse resultado da pesquisa, como já tive oportunidade de dizer aos jornalistas, só é possível ter uma avaliação desta magnitude, com esse positivismo, com essa avaliação extremamente favorável a um governo e a um governante, se efetivamente a vida das pessoas melhorou. Ou seja, se a realidade sustenta isso, não há avaliação positiva com essa magnitude, com esse grau, com esse percentual se efetivamente as pessoas, individual e coletivamente, não estejam se sentindo melhor, não estejam tendo um resultado positivo em termos de seu cotidiano.

A pesquisa CNT/Sensus demonstra isso de forma muito clara, pois é extensa, tem inclusive o IC, índice de avaliação do cidadão, como o cidadão se sente. A expectativa, inclusive, do índice de avaliação do cidadão é positiva, crescente, ascendente.

E veja as variáveis do IC, Índice do Cidadão, Senador Paulo Paim:

Emprego: melhorou, de 36,9% foi para 45%.

Renda mensal: de 27,7% para 29,5%.

Saúde: de 23,5% para 28,8%.

Educação: de 38,9% para 46,5%.

Segurança pública - até a segurança pública! -: de 18,5% para 25%.

Portanto, nos principais aspectos do cotidiano das pessoas, a pesquisa demonstra, de forma muito clara, que o índice é de melhoria. As pessoas percebem. E o percentual não foi pequeno.

Há expectativa para todos esses itens. O de emprego também é otimista, bem como o de renda mensal, de saúde, de educação e de segurança pública. Para todos os cinco itens, a expectativa de que vai melhorar cresceu de forma significativa.

A própria curva de avaliação do Governo é ascendente. E é descendente a avaliação negativa, apontando claramente para toda a expectativa que a pesquisa apresenta.

Por isso, brinquei um pouco dizendo que deve dar certo desespero em quem faz oposição. E talvez o melhor recado dessa pesquisa para quem faz oposição seja: apresente-se com propostas concretas e viáveis de melhorar a vida da população do que as que o Presidente Lula vem fazendo, porque não serão as receitas adotadas até agora que farão com que o Governo mude de perspectiva, de ação, de política. Nem será possível deixar de fazer com que a população, que sente em seu cotidiano a melhoria das condições de vida, avalie positivamente o Presidente Lula e o seu Governo.

Por isso, acho que essa pesquisa é um belo recado. É um bom recado para nós, que damos sustentação ao Governo, mas também para a própria oposição.

Era isso, Sr. Presidente.

Muito obrigada.