O SR. AUGUSTO BOTELHO (Bloco/PT - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado.

            Exmo. Sr. Presidente, Senador Mão Santa, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna para louvar a inauguração da Escola Sesc de Ensino Médio (Esem), ontem, dia 18 fevereiro no Rio de Janeiro, com alunos de todo o Brasil. Segundo matéria publicada no Jornal da Comunidade da semana de 26 de janeiro a 1º de fevereiro de 2008, sob o título Educação de Primeiro Mundo, essa instituição teve como base o modelo estrangeiro de escola residencial e, além de preparar alunos para o Vestibular, oferecerá também curso profissionalizante e curso de Inglês, capacitando-os para integrarem, ainda mais capacitados, o mercado de trabalho.

            Com uma proposta muito diferente e inovadora, intitulada Escola Residencial, a iniciativa do Sesc (Serviço Social de Comércio) e da CNC (Confederação Nacional do Comércio), numa ação conjunta de suas unidades pelo País, foi responsável pela seleção dos 177 estudantes admitidos na escola, que têm entre 14 e 18 anos e são oriundos de todos os Estados e o Distrito Federal. Nos próximos anos, a previsão é de ingresso de 160 alunos por ano e no total são quinhentas vagas.

            Nessa primeira admissão, para o ano letivo de 2008, foi dada prioridade para filhos e dependentes de comerciários. Do total de estudantes, cerca de oitenta por cento pertencem a famílias que ganham entre um e cinco salários mínimos e que dificilmente conseguiriam assegurar um ensino médio de qualidade para seus dependentes.

            O conjunto arquitetônico da escola compreende dezenove blocos, dos quais onze serão destinados à moradia dos professores e dos alunos. Para atividades complementares, estão disponíveis teatro, biblioteca, ginásio coberto, quadras poliesportivas, piscina semi-olímpica, campo de futebol, sala de dança, de ginástica e de musculação. Mas o mais importante é que, na Escola Residencial, alunos e professores do 2º grau viverão e estudarão durante três anos dessa etapa escolar, em dedicação exclusiva e integral, e as salas de aula terão, no máximo, quinze alunos.

            Para fins de acompanhamento individualizado, será designado um professor-orientador para cada grupo de dez alunos, o qual irá ajudar os estudantes, não só nas dificuldades acadêmicas, mas também na fase de adaptação, visto que esses alunos vêm do País inteiro e passam muitas vezes por dificuldades de adaptação cultural.

            O projeto da ESEM (Escola SESC de Ensino Médio) foi idealizado pelo Presidente da Confederação Nacional do Comércio - CNC -, o idealista Antônio de Oliveira Santos. Para sua elaboração, no entanto, foram necessários sete anos de pesquisas em instituições educacionais de diferentes países até a construção do modelo brasileiro.

            Para além do vestibular, garantir a preparação desses alunos para o mercado é uma das metas dessa escola. Assim, a escola funcionará em três linhas: a tecnologia, o ensino da língua estrangeira e os cursos profissionalizantes.

            A iniciativa do Sesc, ao materializar um projeto idealizado pela Confederação Nacional do Comércio - CNC, é o coroamento da obstinação pela inserção de jovens oriundos de família de baixa renda num ensino de qualidade. Os resultados, que certamente virão dessa iniciativa da Confederação Nacional do Comércio e do Sesc, com a colaboração ainda do Senac, servirão, certamente, de modelo para que outras obras de classe ou organizações não-governamentais sigam seu exemplo.

            À direção dessas entidades, minhas congratulações e votos de sucesso em tão importante empreitada, impregnada de nacionalismo, diversidade cultural e crença na qualidade da educação brasileira como instrumento de inclusão social.

            Era isso que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado pela oportunidade que V. Exª me deu.