Discurso durante a 11ª Sessão Especial, no Senado Federal

Reclama que, mais uma vez, o PMDB, a maior bancada do Senado, deverá ceder uma vaga para acomodação da CPI dos cartões corporativos, perdendo S.Exa. a indicação para presidente.

Autor
Wellington Salgado (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MG)
Nome completo: Wellington Salgado de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), CARTÃO DE CREDITO.:
  • Reclama que, mais uma vez, o PMDB, a maior bancada do Senado, deverá ceder uma vaga para acomodação da CPI dos cartões corporativos, perdendo S.Exa. a indicação para presidente.
Publicação
Publicação no DSF de 22/02/2008 - Página 3322
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), CARTÃO DE CREDITO.
Indexação
  • COMENTARIO, DISCURSO, ARTHUR VIRGILIO, SENADOR, REFERENCIA, CONFLITO, ESCOLHA, PRESIDENTE, RELATOR, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), CARTÃO DE CREDITO, RECLAMAÇÃO, ORADOR, REPETIÇÃO, SITUAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), CESSÃO, VAGA, ACORDO, CRITICA, DUPLICIDADE, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, PROTESTO, RETIRADA, INDICAÇÃO, PRESIDENCIA.

     O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG. Pela Ordem. Sem revisão do orador.) - Senador Mão Santa, ouvi atentamente o posicionamento do Senador Arthur Virgílio. Todas as vezes que esta Casa tem um problema de CPI, é o meu Partido que sempre cede uma vaga para que a Casa se acomode. Foi assim quando tínhamos a Presidência da CPI das ONGs, do ilustre Senador Valter Pereira; foi assim quando o meu Partido tinha o direito à Presidência do Conselho de Ética. A todo momento, meu Partido vem cedendo para acalmar esta Casa.

     O maior Partido, a maior Bancada do Senado tem sempre de ceder para que a Casa se acalme, para que haja uma situação de acomodação. Ou seja, o meu Partido já tornou público quem é o Presidente da Comissão Mista. E agora se começa a cogitar que se tem de fazer um acordo, e é o meu Partido que vai sempre pagar a conta.

     Essa história de haver duas CPIs, uma mista e outra no Senado, é possível dentro do Regimento, claro que é. Nós já tivemos essa experiência nas duas CPIs do tráfego aéreo. É uma espécie de cruzamento de burro com vaca: não serve para puxar carroça nem para dar leite. Quer dizer, não é possível isso!

     E agora, de novo, para se acomodar, tem de se encontrar uma solução e alguém, ou o maior partido, ceder espaço. E os nossos grandes nomes do meu Partido, o PMDB, do qual V. Exª, Sr. Presidente, faz parte - e muito nos orgulha -, outra vez, tendo indicado alguém; terá de ceder para fazer um acordo.

     Já está dito, junto às suas bases, que esse Senador será o presidente, como aconteceu com o Senador Valter Pereira, na CPI das ONGs, da outra vez. A mesma coisa. O Senador Valter Pereira já tinha comunicado e, para se acomodar, teve de voltar atrás e ceder o espaço para que houvesse um acordo. Toda vez acontece isso. Eu não acho justo.

     Claro que a indicação é do meu Líder Valdir Raupp. A prerrogativa de indicação em comissão é do líder. O voto, na comissão, é do Líder. O voto, no plenário, é do Senador.

     Então, o Senador Valdir Raupp vai ter, mais uma vez, de tomar uma decisão, que, de repente, para se acomodar no Senado, tenha de desagradar um Senador do meu Partido.

     Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/02/2008 - Página 3322