Discurso durante a 11ª Sessão Especial, no Senado Federal

Informa o acontecimento de um grave acidente no Rio Amazonas, com a colisão de um barco e uma balsa, em frente à comunidade de Novo Remanso, no município de Itacoatiara.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Informa o acontecimento de um grave acidente no Rio Amazonas, com a colisão de um barco e uma balsa, em frente à comunidade de Novo Remanso, no município de Itacoatiara.
Publicação
Publicação no DSF de 22/02/2008 - Página 3350
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • GRAVIDADE, ACIDENTE MARITIMO, RIO AMAZONAS, PROXIMIDADE, MUNICIPIO, ITACOATIARA (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), MORTE, DESAPARECIMENTO, PASSAGEIRO, RECLAMAÇÃO, NEGLIGENCIA, PROVIDENCIA, MARINHA, GOVERNO ESTADUAL, BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL (BNDES), AUMENTO, SEGURANÇA, TRANSPORTE FLUVIAL.

     O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, aconteceu uma tragédia no meu Estado. Um barco que saiu de Alenquer, no Pará, com 110 passageiros, no trajeto até Manaus, colidiu com uma balsa em frente à comunidade de Novo Remanso, no Município de Itacoatiara, à margem esquerda do Rio Amazonas, cerca de 250 quilômetros da capital, Manaus.

     Nove corpos, ou seja, nove mortos - a minha assessoria informa-me que já há registro de novos óbitos - e 18 desaparecidos. De 110 passageiros, 92 pessoas foram resgatadas, com a certeza de que mais de 20 estão desaparecidas e com precárias chances de sobrevivência.

     A Marinha está tomando as suas providências, mas há muito ouvimos isso.

     É preciso energia do Governo do Estado, é preciso medidas muito firmes, é preciso projeto para se dar segurança. O BNDES tem que entrar nisso para construir barcos seguros, porque é uma aventura viajar pelos rios da minha região, que são as nossas estradas.

     Eu lamento muito. É a hora em que eu me sinto mais revoltado e sinto a injustiça de maneira mais dura: é quando percebo que o meu povo, a minha gente tem uma vida que é menos vida do que a de um austríaco;. está muito mais sujeito à insegurança do assalto, à insegurança da doença, à insegurança de perder a vida viajando de uma cidade para outra, levando mercadorias, levando suas esperanças e seus sonhos.

     Faço este registro, porque isso é algo que se repete. É recorrente, entra ano e sai ano, entra tempo e sai tempo, e não conseguimos dar valor à vida dos caboclos da minha região.

     Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/02/2008 - Página 3350