Discurso durante a 19ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Elogios ao Senador Mão Santa. Homenagem aos médicos e servidores que prestam serviço no Senado Federal.

Autor
Paulo Duque (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RJ)
Nome completo: Paulo Hermínio Duque Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO.:
  • Elogios ao Senador Mão Santa. Homenagem aos médicos e servidores que prestam serviço no Senado Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 29/02/2008 - Página 4019
Assunto
Outros > SENADO.
Indexação
  • IMPORTANCIA, RESPEITO, VALORIZAÇÃO, SENADO, INSTITUIÇÃO DEMOCRATICA, REPRESENTAÇÃO, ESTADOS, BRASIL, ELOGIO, ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, FUNCIONAMENTO, SECRETARIA, ASSISTENCIA MEDICO SOCIAL, EFICACIA, COMPETENCIA, ATENDIMENTO, SENADOR, SERVIDOR, HOMENAGEM, MEDICO, FUNCIONARIO PUBLICO, SETOR.

O SR. PAULO DUQUE (PMDB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - O Presidente da Casa, um ex-Governador, Parlamentar há muitos anos, verdadeiramente um gentleman, concede-me cinco minutos, ou dez minutos, ou quinze, talvez, quem sabe.

Eu tinha arquitetado falar aqui sobre um assunto, mas a gente, às vezes, é obrigado a mudar na hora; e da tribuna. E quando eu estava ingressando nesse recinto, que considero um recinto sagrado, que eu considero um recinto Brasil, pois o Brasil está aqui dentro, eu ontem fiquei profundamente ferido ao verificar ofensas que foram feitas aqui ao Senado como circo, como farsa. Deixei passar. Deixei passar de propósito. O ambiente estava tão indefinido, tão tenso, tão desagradável, tão antiparlamentar, que eu não quis nem mesmo tomar parte nele. Nem mesmo isso! E vejo com satisfação o brilhantismo em que hoje o Senado se encontra, a preocupação com as pessoas fora do país, como se nós, que temos dificuldade em dar solução aos nossos problemas, possamos dar solução aos problemas dos outros. Seja a Colômbia, seja a Etiópia, sejam os Estados Unidos, seja a Alemanha Oriental, Ocidental, nós temos de dar, primeiro, solução aos problemas brasileiros.

Eu sou de uma geração que foi e é ainda profundamente nacionalista. Nacionalista! Essa globalização para mim é meio inaceitável, muito embora eu tenha tido ocasião de aprovar as idéias sempre internacionalizadas, no bom sentido, do Senador Eduardo Suplicy, um dos mais queridos no meu Estado.

Quando entrei aqui hoje, eu estava ouvindo a palavra e as idéias de um dos maiores médicos do Brasil, que é o Dr. Francisco de Assis de Souza. Não sei se V. Exª sabe quem é. Sabe quem é?

O SR. PRESIDENTE (Alvaro Dias. PSDB - PR) - É o nosso querido Senador Mão Santa.

O SR. PAULO DUQUE (PMDB - RJ) - É o Senador mais querido do meu Estado hoje, o Senador mais popular, muito mais do que os políticos que já passaram por aqui. É incrível! S. Exª conseguiu isso vindo do Nordeste, vindo do Piauí, vindo de uma terra onde foi Prefeito com 98% dos votos, o que é um exemplo sensacional de democracia coletiva. Não sei se ele gostou dessa designação: “democracia coletiva”. Quer dizer, a cidade inteira acordou, lavou o rosto, escovou os dentes, tomou café, olhou o jornal, olhou o tempo, e todo mundo na mesma hora foi votar para prefeito no Dr. Mão Santa. Isso realmente é fenomenal!

Conforme eu já disse uma vez aqui, estou com as pessoas mais poderosas do País: ex-governadores, ex-senadores, Deputados com vários mandatos. Eu só tive um voto, só tive um voto e vim aqui. Depois, dizem que o carioca... Não. Só tive um voto. Suplente, segundo suplente, não esperava, jamais, com um voto, chegar aqui a este Senado. E gostei do Senado. Cada vez que venho ao Senado, defendo mais esta Casa, porque vejo aqui o Brasil. E não é só a figura teórica do Brasil; são as pessoas do Brasil. Pessoas com as feições dos vários Estados brasileiros, os costumes os mais diferenciados. Não estranhei muito, porque existem pessoas de todos os recantos deste País no Rio de Janeiro. É o único lugar em que não existe mulher feia. Nenhuma! Todas são bonitas. É o Rio de Janeiro.

A primeira coisa que fiz ao chegar aqui foi conhecer o Senado na sua estrutura. Conheci a Gráfica, que é a maior da América do Sul, conheci a Diretoria-Geral, a parte financeira do Senado, e ontem conheci, Dr. Francisco de Assis, o setor médico desta Casa, que é uma perfeição. Talvez a grande maioria não conheça, mas é um verdadeiro hospital o Serviço Médico desta Casa, a Secretaria de Assistência Médica e Social do Senado Federal. Não pensem que é uma sala. uma saleta que há ali, não. É um hospital existente aqui, e aconselho todos os médicos que há aqui a participarem, a tomarem conhecimento do perfeccionismo a que se chegou aqui para dar assistência médica não só aos Senadores - seria injusto - mas aos 10 mil servidores desta organização política.

Por isso, Sr. Presidente, Senador Alvaro Dias, Srªs e Srs. Senadores, pedi a palavra neste momento para fazer uma homenagem toda especial, a fim de que constem, nos Anais aqui de nossa Casa, no nosso Diário Oficial, todos os médicos e todos os servidores que prestam serviços nessa repartição.

O Serviço Médico hoje está sob a direção do Dr. Paulo Roberto Rodrigues Ramalho, que dá 100% das 24 horas do dia, ele e sua admirável equipe, ao serviço médico, no setor médico e odontológico. O servidor, que ouve tanto falar mal da saúde em todos os Estados da Federação

(Interrupção do som.)

O SR. PAULO DUQUE (PMDB - RJ) - ...deveria conhecer o organismo que trata da saúde do seu servidor, dos seus Senadores. É importante isso. Não sei se o Dr. Francisco de Assis já esteve lá, mas é um dos melhores hospitais por que eu já passei, um dos melhores aqui em Brasília. Há outros, mas, em matéria de repartição pública, dificilmente alguém vai encontrar uma assistência dessa natureza. Se eu já tinha uma impressão muito positiva dessa parte, ela se robusteceu muito agora.

Considero esta Casa sagrada, porque foi imaginada, arquitetada por um dos maiores técnicos do nosso País. Neste Senado e no Palácio Tiradentes aconteceram os grandes episódios políticos do Brasil.

Juscelino Kubitschek, por exemplo, que foi Senador, Deputado Federal pelo Rio de Janeiro e Presidente da República no Rio - tudo indica que o seria duas vezes -, esteve sentado aqui representando Goiás. Tenho uma curiosidade. V. Exª talvez possa me esclarecer. Dois dias antes de ter o seu mandato de Senador cassado nesta Casa, ele fez um discurso um pouco lido e um pouco espontâneo. Tenho a curiosidade de saber de que poltrona ele falou: se falou desta tribuna, daquela tribuna ou de uma das poltronas dos 81 lugares desta Casa. Será que alguém aí poderia me esclarecer isso? Porque é uma passagem histórica. Os Parlamentares daquela época, seguramente, poderão me esclarecer. Estou fazendo um desafio, estou fazendo uma pergunta, sem reposta até agora. Tenho esperança de que o Senador Alvaro Dias, que ora preside esta sessão, vai me esclarecer isso.

Estou aqui como um admirador permanente da instituição. A instituição é que vai ficar, vai permanecer. Um ou outro vai embora, “some da parada” e não denigre mais esta tribuna.

Estou inscrito novamente para outro assunto. Se houver oportunidade, voltarei a esta mesma tribuna.

Agradeço, Sr. Presidente Alvaro Dias, pela gentileza do tempo que me concedeu em excesso.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/02/2008 - Página 4019