Discurso durante a 19ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Relato de visita realizada juntamente com o Ministro Hélio Costa ao Ministro Alfredo Nascimento, e a garantia de investimentos em infra-estrutura de estradas no Estado de Minas Gerais. Considerações sobre a atuação do PMDB no Senado Federal.

Autor
Wellington Salgado (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MG)
Nome completo: Wellington Salgado de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES. POLITICA INDUSTRIAL. SENADO.:
  • Relato de visita realizada juntamente com o Ministro Hélio Costa ao Ministro Alfredo Nascimento, e a garantia de investimentos em infra-estrutura de estradas no Estado de Minas Gerais. Considerações sobre a atuação do PMDB no Senado Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 29/02/2008 - Página 4048
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES. POLITICA INDUSTRIAL. SENADO.
Indexação
  • INFORMAÇÃO, RESULTADO, AUDIENCIA, ORADOR, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR), PARTICIPAÇÃO, MINISTRO, MINISTERIO DAS COMUNICAÇÕES (MC), DEBATE, INVESTIMENTO, INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE, AMPLIAÇÃO, RODOVIA, LIGAÇÃO, MUNICIPIO, CONSELHEIRO LAFAIETE (MG), JUIZ DE FORA (MG), UBERLANDIA (MG), UBERABA (MG), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), PREVISÃO, LEILÃO, CONVERSÃO.
  • INFORMAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DAS COMUNICAÇÕES (MC), REDUÇÃO, PREÇO, APARELHO ELETRONICO, ADAPTAÇÃO, TELEVISÃO, TECNOLOGIA DIGITAL, ZONA FRANCA, ENTENDIMENTO, EMPRESARIO, GOVERNADOR, ESTADO DO AMAZONAS (AM), EXPECTATIVA, ORADOR, POSSIBILIDADE, PRODUÇÃO, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG).
  • CRITICA, SIMULAÇÃO, CRISE, SENADO, DESRESPEITO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELOGIO, COMPETENCIA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), PRODUÇÃO, BEM ESTAR SOCIAL, PROTESTO, BANCADA, OPOSIÇÃO, BUSCA, PARALISAÇÃO, LEGISLATIVO, DIVULGAÇÃO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, RADIO, TELEVISÃO, JORNAL, INTERESSE, ELEIÇÕES, EXCESSO, RECLAMAÇÃO.
  • ELOGIO, TRABALHO, COMISSÃO, SENADOR, ESPECIFICAÇÃO, JOSE MARANHÃO, PRESIDENTE, COMISSÃO MISTA, ORÇAMENTO, DIFICULDADE, CONCILIAÇÃO, POLITICA PARTIDARIA, ADAPTAÇÃO, EXTINÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF).
  • COMENTARIO, ATUAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), CESSÃO, ESPAÇO, OBJETIVO, ACORDO.

O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Meu caro Presidente, Senador Garibaldi Alves, Srªs e Srs. Senadores presentes, telespectadores da TV Senado, hoje, dirijo-me a esta tribuna para relatar uma visita feita por mim e pelo Ministro Hélio Costa ao Ministro dos Transportes, Alfredo do Nascimento.

Marquei audiência, e o Ministro Hélio Costa me acompanhou. Descemos apenas dois andares para a audiência com o Ministro Alfredo do Nascimento, visto que os dois estão no mesmo endereço na Esplanada. Nessa visita que fizemos ao Ministro Alfredo do Nascimento, fomos muito bem recebidos e carinhosamente atendidos por S. Exª. O Ministro dos Transportes nos comunicou os investimentos em infra-estrutura de transportes que serão feitos no Estado de Minas Gerais.

Dos pleitos apresentados, destaca-se a BR-040, no trecho entre os Municípios de Conselheiro Lafaiete e Juiz de Fora, para o qual eu e o Ministro solicitamos a duplicação, por meio do processo de concessão da rodovia. O Ministro dos Transportes garantiu os investimentos nessa rodovia previstos para este ano. A BR-040 está inclusa na terceira etapa de concessões rodoviárias do PAC, e o leilão, previsto para novembro, contemplará toda a extensão de Minas a Brasília, totalizando mais de 900 quilômetros.

Foi-nos informado, a mim e ao Senador e Ministro Hélio Costa, pelo também Senador e Ministro Alfredo Nascimento - visto que ele também é Senador, eleito pelo Estado do Amazonas -, que, atualmente, além desse programa, o Ministério dos Transportes executa obras em mais de seis mil quilômetros em Minas Gerais.

Durante essa audiência, é claro, agradeci ao Ministro a obra de duplicação da rodovia que liga Uberlândia a Uberaba, obra que vinha se estendendo por talvez mais de 10 anos, sem nunca haver sido concluída. Eu, por exemplo, que tenho um irmão que tem uma chácara em Uberaba, já cansei de quebrar rodas de carro antes do Governo Lula e antes do Ministro dos Transportes, para ir até Uberaba, capital do zebu. Hoje, vai-se de Uberlândia a São Paulo em pista duplicada, fazendo uma viagem tranqüila.

Aproveitando aquele encontro, o Ministro Hélio Costa também comunicou ao Senador Alfredo Nascimento que, em conversa com o Governador do Amazonas, o Sr. Eduardo Braga, que estava acompanhado por empresários da Zona Industrial de Manaus, o aparelho conversor da TV analógica para a TV digital, a “caixinha preta”, será produzida na Zona Industrial de Manaus pelo valor de R$180,00. Este é o valor que o Ministro entendia - inclusive já havia declarado isso anteriormente - ser o justo para a produção desse conversor: R$180,00. Esse aparelho conversor está no mercado por um preço bem mais alto, e o Ministro já havia advertido: “não comprem porque esse preço vai baixar.” Portanto, o Ministro Hélio Costa cumpriu sua promessa junto à população de produzir em terra nacional, não importando de outros paises. Acreditamos também que o Governo poderá atribuir certas imunidades tributárias para que possamos produzir esse conversor na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais.

Isso era o que eu queria comunicar aos habitantes de Minas sobre essa visita.

Como ainda tenho tempo, digo que vejo, por parte de todos que vêm à tribuna...não sei como os telespectadores, os que assistem à TV Senado, que tem uma audiência muito grande, agüentam tanta discussão, tanto falatório, como se estivéssemos vivendo um momento dificílimo no País. Isso é interessante, porque esse clima está contagiando o Senado. Ontem, ao descer pelo elevador, nesta Casa, disse “bom-dia” para uma pessoa, e ele respondeu-me: “Amanhã eu digo, Senador”. Ou seja, o individuo tem de passar o dia inteiro para saber se será um “bom-dia”, e só responderá no dia seguinte. Esse é o clima que está sendo gerado nesta Casa, um clima que não é verdadeiro.

Este é o Governo mais fácil de se defender. Já falei isto um monte de vezes. É de um Governo em que tudo está dando certo. Não sou do PT, mas tenho um carinho especial pelo Partido. Votei no Presidente Lula, como vários aqui votaram também, senão ele não seria Presidente. E, ao votar, escolhemos um bom líder. Isso é o que todos os veículos de comunicação deveriam falar, mas não falam.

O País está vivendo um momento maravilhoso. Já temos dinheiro para pagar a nossa dívida externa. As empresas estão vendendo assustadoramente. Diz-se que aumentou a arrecadação de impostos. É claro, se se vende mais, arrecada-se mais. É assim que funciona. No entanto, todo mundo sobe à tribuna como essa vontade do Governo de arrecadar fosse uma vontade que não estivesse diretamente ligada ao aumento do PIB e da produção nacional.

Por outro lado, Srªs e Srs. telespectadores, Srªs e Srs. Senadores, também o meu Partido, o PMDB, nesta Casa, vem, historicamente, fazendo a sua parte. A todo o momento segue posições de Bancada, posições de Comissões, posições de CPI, para que haja tranqüilidade na Casa. É vendido para o nosso Partido, Senador José Maranhão, que, se cedêssemos a presidência da CPMI dos Cartões Corporativos, esta Casa ficaria mais calma. Muito bem. Meu Líder, o Senador Valdir Raupp, com o Líder do Governo, que é do meu Partido, Senador Romero Jucá, reuniram e cederam a presidência da Comissão. O que acontece? No mesmo dia, pára-se o Senado Federal. Está parado o Senado Federal por outras razões. Cada dia é uma coisa nova: é algo na Comissão de Orçamento; é uma situação da CPMI; é porque clonaram o trabalho de um Senador - o que é errado, eu apóio, isso não pode acontecer -, mas não podemos parar o Senado. Temos de resolver o problema. A todo o momento pára-se o Senado.

Aqui, já estou me tornando um especialista em abotoar e desabotoar o paletó. É o que estou fazendo. Sento-me, desabotôo o paletó; levanto-me, abotôo o paletó. Nas Comissões é onde o Senado está acontecendo. Nas Comissões, o Senado funciona. Lá não tem todo esse jogo político de poder já visando 2010; lá, trabalha-se pelo País. Existe uma série de Senadores que, para usar um termo bem atual, são os chamados “triploplay”, aqueles Senadores que aparecem nos jornais, na televisão e no rádio.

Esses Senadores que não são “Senadores triploplays”, como o Senador José Maranhão, por exemplo, são Senadores que trabalham. V. Exª teve um trabalho duro na questão do Orçamento. Enfrentou dificuldades políticas: tiraram a CPMF, e V. Exª teve de refazer; brigas entre Partidos; discussões entre os Estados e entre as Bancadas. V. Exª está de parabéns, conseguiu, ontem, resolver esse problema e fechar o Orçamento. Agora, o que vier depois das discussões... V. Exª já fez o trabalho pelo País.

Então, senhores telespectadores, quero saber o seguinte: o nosso País vai mal ou o nosso País vai bem? Qual é o tipo de País...? Quando votei para Presidente, votei pensando em um País bom para os meus filhos, talvez, mais à frente, bom para os meus netos. E é isso o que está acontecendo. Ou alguém acha que o Presidente Lula está conduzindo mal este País? Eu não acho. Não é possível..Estudei a minha vida inteira...(o Senador Jayme Campos levantou a mão e disse que acha). Eu não acho. Penso que o País está sendo muito bem conduzido.

Não estou preocupado. Se fosse o Senador Arthur Virgílio, por quem eu tenho grande carinho, o Presidente, eu também falaria o mesmo. Se fosse o Senador José Agripino, aqui presente, o Presidente deste País, porque tem todas as condições para sê-lo, também o defenderia da mesma maneira, porque o País está indo bem. O País vai vem, e todo mundo só fala mal? Num momento, torcem para não chover para que dê crise de energia; noutra hora, sofrem pela segurança. A todo o momento... Chegou ao ponto, Senador Jayme Campos, que, certa vez, no elevador, ao dizer “bom-dia” ao cidadão que lá estava e ele me responder: “Amanhã eu te digo, Senador”. Ele ia esperar o fim do dia para ver se foi um bom dia ou não! Então, isso não é possível,

Quanto à questão das forças no Senado, o meu Partido vem cedendo espaço para se fazer um acordo. Mas estou achando que o momento do confronto é inevitável. Acho que ele vai acontecer. Vai chegar o momento em que teremos de ir para o voto, que é o mais democrático que pode acontecer.

Então, ficamos cedendo, fazendo acordos, vai para cá, vai para lá, um sobe aqui, faz discurso, a Bancada do Governo não defende este Governo. Vai ter uma hora em que, quando um falar, há de haver um outro para defender o Governo. Mas isso não acontece. Esta tribuna só é usada para bater no Governo. Será que é isso que é ser brasileiro: bater no Governo eleito? Vejo em outros países, quando apresentam o presidente, o fazem com uma respeitabilidade que não tem tamanho, seja ele oposição ou não. Nos Estados Unidos, quando o presidente vai dar uma satisfação, com todo o índice baixo que existe, o congresso recebe muito bem e fala muito bem. Por que não acontece isso aqui? O Governo do Presidente Lula já vai acabar e vai entrar o próximo, e o País está dando certo. Ou alguém tem de falar que o País não está dando certo? O que não está dando certo? Agora, eu tenho de vir à tribuna, sendo do PMDB, para defender este Governo? Não é possível que o Partido do Presidente Lula não suba aqui e mostre os dados. Tem hora que acho que estou vivendo num mundo diferente do mundo real. Se eu ficar sentado aqui todos os dias, quando sair e andar na rua, vou ver um mundo diferente. Nos jornais televisivos, todas as notícias são a favor. A cada dia em que há uma posição por um escândalo novo que se tenta criar no Senado, sai uma pesquisa mostrando que o Presidente Lula cresceu mais um pouco.

Então, o que é isso? O que é ser brasileiro e querer o bem do País? É colocar a verdade: que o País vai bem, que a arrecadação aumenta porque a indústria está produzindo mais. Ninguém está aqui para meter a mão no bolso do contribuinte. E todo mundo leva tudo numa discussão, numa brincadeira, e fala mal do Presidente e fala mal da política. Ninguém sobe aqui para falar o que eu estou falando. Hoje, quem é que trabalha em veículos de comunicação, tem um emprego, recebe o dinheiro, e no final do mês tem o mesmo valor?

Derrubou-se a CPMF. O preço do pãozinho caiu? O preço do arroz caiu? O preço do feijão caiu?

No início do ano de 2007, todos subiam aqui e falavam que se o crescimento do País fosse mais do que 3,5%, entregariam o cargo de Senador. Pedi ao meu gabinete para ver quantos discursos havia nesse sentido. Havia vários discursos. Aí, o que acontece? Ninguém fala mais nada sobre o assunto. O Brasil cresceu 5,5%. E todo mundo aqui torcendo para dar errado. Quem é que ganha com o País dando errado? Jornal ganha? Televisão ganha? Rádio ganha? Empresário ganha? Não ganham não. Se o País for mal, vai haver demissão. Se o veículo de comunicação não vender espaço para alguém anunciar - porque está havendo consumo -, o jornalista vai perder o emprego. É assim que funciona a economia capitalista. No entanto, não está acontecendo isso no País. Está todo mundo com emprego, o numero de carteiras assinadas bateu recorde, a arrecadação sobe porque há mais carteiras assinadas, a fiscalização está acontecendo, e, no entanto, abrimos o jornal todos os dias, e é notícia torcendo para dar errado.

Pelo amor de Deus, Srs. Senadores! Senador Jayme Campos, V. Exª é um homem que trabalha. Eu conheço a história de V. Exª, que, independentemente do Governo que existe, vai continuar trabalhando, seja ele Serra, seja ele Aécio, seja ele Lula, seja ele quem for, porque a história de V. Exª sempre foi trabalhar, independentemente do Governo.

Assim é a minha vida também. Tenho o maior orgulho de ter trabalhado com a minha família. Vesti terno muito tempo depois.

O País é isto: é fruto de trabalho, de educação, de cultura. E este Governo vem fazendo isso. Sou ligado ao ramo de universidade. Minha mãe, que é professora, sempre dizia: “Quem estudar vai mais longe”. Aí, aparece o Presidente Lula, que não estudou, e dá tudo certo. O que vou dizer? Vou deixar de acreditar nele? Vence quem estuda, mas o Presidente Lula conseguiu montar uma equipe de pessoas que estudaram, e está dando certo. Ele é um bom técnico. E o que fazemos? Todo dia, pau na cabeça do homem, pancada nas costas do homem. Mas está dando tudo certo. O que vamos fazer?

Quer dizer, não dá. Não vou subir a esta tribuna para fazer esse tipo de observação todo dia. Mas há uma fila tremenda. Todo mundo sobe e bate no Governo, bate naquele que elegemos, bate naquele que está dando certo. Sou maluco? Estudei a vida inteira, e o que estou vendo não é a realidade? Será que o que escrevem é sobre outro mundo, não é o mundo de que estou participando? Não é possível. As pessoas que escrevem podem até escrever o que aquele determinado grupo quer que escrevam, mas que o País está indo bem, está, que todo mundo está ganhando seu dinheirinho, está alimentando seu filho com dignidade, está comprando sua casa.

Primeiro, o Presidente Lula botou comida na barriga, e comida na barriga é o que vale. Se você vê seu filho em casa passando fome, você vai para a rua disposto a fazer o que tiver de fazer. Essa é a verdade. O primeiro passo do Presidente Lula foi botar comida na barriga.

Agora, alimentado, pode ir para a rua procurar emprego.

Ninguém entende porque o Presidente Lula tem voto em São Paulo e tem voto no Nordeste. Porque ele dá cesta básica lá. E o dinheiro que o nordestino que trabalha em São Paulo mandava para casa já não manda mais, porque tem a comidinha lá. Então, ele junta para comprar uma casinha depois. E é assim que as coisas funcionam. É assim que o Brasil vai para frente.

Agora, todo dia acordar, abrir o jornal e ter notícia torcendo para dar errado, pelo amor de Deus!

Quem está me ouvindo em casa, imagine aquele vizinho que é chato, que reclama todo dia, que fala que vai dar errado, que vai chover, que vai faltar água, que vai faltar luz. É como eu me sinto com alguns Senadores que ficam do meu lado. Gosto deles, mas é terrível ter de ouvir todo dia torcendo para dar errado. Como é que esse cidadão volta para casa? Encara, em casa... Não é possível. Temos de ter o mínimo de bom humor e o mínimo de boa vontade para que tudo dê certo. É um monte de gente pessimista, torcendo para dar errado. Pelo amor de Deus!

Todo dia, eu sento aqui e fico vendo. Não é possível! Sai um, entra outro, com todo respeito aos Senadores. Temos que levar em consideração a posição política e a posição pessoal. São todos meus amigos, tenho o maior carinho por todos eles. E para chegar ao Senado tem que ter história, senão não chega. Mas não dá para agüentar isso. Certas horas, penso que estou simplesmente ficando maluco. Será que estou maluco? Será que é engraçado falar mal do Governo? Será que dá Ibope? Será que você, quando fala mal, e sai na rua, é bem recebido? Pelo amor de Deus!

Todo mundo quer seu emprego, todo mundo quer dignidade, todo mundo quer ganhar seu dinheiro, todo mundo quer ter dinheiro para gastar com seu filho, com seu parente, com sua companheira, e orgulhoso disso, do dinheiro limpo que ganhou.

Sr. Presidente Garibaldi, faço este desabafo porque é extremamente desagradável ver atacarem o que está dando certo, independente de partido. Eu não quero saber. Se o Lula fosse do PSDB,... Elegemos um Presidente que está dando certo. Ótimo que está dando certo. As questões que têm de ser apuradas serão apuradas.

Senador Garibaldi, V. Exª, por exemplo, desde que assumiu a Presidência, é outro homem. Está bem, convive bem com o País. Olha o sorriso de V. Exª. Isto é que é bom: um Presidente otimista, que vai ajeitar a Casa. V. Exª me ligou no dia 31 e disse que daria um novo nome ao Senado, que o Senado teria outra posição. Eu acredito no Senador Garibaldi.

Pelo amor de Deus, senhores, quando escreverem, escrevam o que estão sentindo, não o que o editor manda. Mas se não escreverem o que o editor mandar, estão desempregados, a verdade é essa. Eu olho para alguns jornalistas ali que até baixam a cabeça porque é verdade. É assim que funciona. É assim que funciona.

Muito obrigado, Sr. Presidente e Srs. Senadores, por ouvirem meu desabafo.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/02/2008 - Página 4048