Pronunciamento de Wellington Salgado em 27/02/2008
Discurso durante a 17ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Questiona o fato de que o PMDB, que tem a maior bancada do Senado e da Câmara, tenha continuamente que ceder para acalmar a Casa.
- Autor
- Wellington Salgado (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MG)
- Nome completo: Wellington Salgado de Oliveira
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), CARTÃO DE CREDITO.
POLITICA PARTIDARIA.:
- Questiona o fato de que o PMDB, que tem a maior bancada do Senado e da Câmara, tenha continuamente que ceder para acalmar a Casa.
- Publicação
- Publicação no DSF de 28/02/2008 - Página 3743
- Assunto
- Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), CARTÃO DE CREDITO. POLITICA PARTIDARIA.
- Indexação
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- PROTESTO, REPETIÇÃO, OCORRENCIA, CESSÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), VAGA, DIREITOS, PRESIDENCIA, COMISSÃO, BUSCA, ENTENDIMENTO, RENUNCIA, SUPERIORIDADE, BANCADA, CRITICA, IMPRENSA, INJUSTIÇA, ALEGAÇÕES, NEGOCIAÇÃO, CARGO PUBLICO, GOVERNO FEDERAL.
- ANALISE, LIBERDADE, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, EXERCICIO, OPOSIÇÃO, GOVERNO.
O SR. WELLINGTON SALGADO DE OLIVEIRA (PMDB - MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu não poderia deixar passar o que está acontecendo aqui, eu sou um homem de partido. Orgulho-me de ser do PMDB, tenho bases no Estado de Minas, os meus Prefeitos, os meus Vereadores, os Deputados Estaduais, os Deputados Federais e não me sinto bem. Sou um homem que sigo o meu Partido, sigo o meu Líder, deixei isso bem claro hoje na reunião do Partido, em que foi decidida essa abertura de cargo, dando para a Oposição. Eu não concordo com isso, mas sigo o meu Partido.
O meu Partido tem a maior Bancada no Senado, e a todo momento ele tem que ceder para acalmar a Casa. Foi assim quando o Senador Valter Pereira era o Presidente da CPI das ONGs e já tinha comentado nas suas bases que tinha sido convidado para ser o Presidente; e aí, para acalmar a Casa, mais uma vez, o PMDB cede a vaga. Foi assim quando outra vez o Senador Valter Pereira era o Vice-Presidente da CCJ e o Senador Marco Maciel, que tem uma história maravilhosa, foi respeitado e não botamos o candidato, Senador Marco Maciel, Presidente, que muito bem honra esta Casa e honra a CCJ.
E agora, mais uma vez, o Senador é convidado, pensa, diz que aceita o convite e comunica às suas bases que foi convidado para ser o Presidente da CPI dos cartões corporativos. E o que acontece, Sr. Presidente? Mais uma vez, pelo bom entendimento desta Casa, o meu Partido cede outra vez. Eu não sei por que o PMDB precisa ter a maior Bancada. E o que é pior, Sr. Presidente: toda vez que o Partido cede para acalmar a Casa, todos dizem que cedeu para ter cargo no Governo. Toda vez é isso. Quer dizer, o PMDB é o Partido que unifica a Casa e é o Partido que paga a conta sempre. Toda vez é isto: vão para os jornais dizer que é o Partido que está se dando bem.
Não concordo com isso, mas vou seguir. Acho que estão expondo nossos Senadores nas suas bases - bem colocado aqui pelo Senador Neuto. E o que acontece? Ele chega às suas bases, diz que vai ser o presidente e agora acontece o que estamos vendo aqui: numa reunião - claro que isso tudo se resolve em Bancada -, dizem que vamos ceder a vez à Oposição.
Eu penso o seguinte: tem de ser tudo apurado quanto aos cartões, tem de ser tudo apurado, sim, Sr. Presidente; agora, todos têm que saber o que é Situação e o que é Oposição.
Dentro do PMDB temos de tudo. Por isso que é um Partido maravilhoso, ninguém obriga ninguém a nada, nem fecha questão em Bancada. O PMDB chega aqui e cada um vota como acha que deve. Lá dentro, o Líder Raupp não obriga ninguém a votar com Bancada fechada; cada um vota com a sua consciência. Temos Senadores de todas as linhas: esquerda e direita.
Agora, Sr. Presidente, o meu Partido, o PMDB, o maior Partido do País, o maior Partido da Câmara, o maior Partido do Senado, está a todo momento tendo de ceder espaço pelo bem da Casa e está perdendo prestígio político para os nossos Senadores.
Era essa a posição que eu tinha que colocar, Sr. Presidente.