Discurso durante a 28ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Satisfação com dados do IBGE indicando crescimento do PIB brasileiro.

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Satisfação com dados do IBGE indicando crescimento do PIB brasileiro.
Publicação
Publicação no DSF de 13/03/2008 - Página 5422
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • COMENTARIO, DADOS, PESQUISA, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), SUPERIORIDADE, CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), COMPARAÇÃO, EXPECTATIVA, GOVERNO, MOTIVO, AUMENTO, INVESTIMENTO, PODER AQUISITIVO, CONSUMO, POPULAÇÃO, RESULTADO, POLITICA SOCIAL, GOVERNO FEDERAL, BOLSA FAMILIA, AMPLIAÇÃO, SALARIO MINIMO, EMPREGO.
  • COMEMORAÇÃO, SUPERAVIT, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), ESTADO DE SANTA CATARINA (SC), COMPARAÇÃO, BRASIL.
  • EXPECTATIVA, MANUTENÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, BRASIL, COMENTARIO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, VALOR ECONOMICO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DEMONSTRAÇÃO, PESQUISA, AMBITO NACIONAL, AMOSTRAGEM, DOMICILIO, CRESCIMENTO, ECONOMIA NACIONAL, MELHORAMENTO, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, o Senador Aloizio Mercadante, em nome da bancada, já repercutiu o dado do IBGE referente ao PIB do ano passado, 2007.

A economia brasileira cresceu 5,4%, superando todas as expectativas do início do ano passado, quando o Presidente Lula fez a apresentação do PAC. Naquela ocasião, a previsão do crescimento do PIB contemplada no PAC era de 4,5%; portanto, quase 1% além do que estava previsto no lançamento do PAC. É algo que efetivamente precisa ser realçado.

O mais importante é que essa economia - que cresceu 5,4% no ano passado - cresceu com base no investimento, o maior desde 1996, e no consumo das famílias. Foi exatamente o investimento e o consumo das famílias que puxaram esse crescimento para além da expectativa para 2007.

Eu queria fazer uma breve observação ao comemorar o crescimento de 5,4% da economia do Brasil, Senador João Pedro, porque o crescimento do PIB de Santa Catarina - eu estou soltando mais foguetes ainda - foi de mais de 8,3%, aproveitando muito bem todas as condições que o Presidente Lula deu para o desenvolvimento do nosso País e, de forma muito especial, para o meu Estado.

O fato de o crescimento do PIB estar alicerçado no investimento e no aumento do consumo das famílias deve-se, efetivamente, às políticas adotadas e à política da distribuição de renda de que o crescimento da nossa economia vem acompanhado. Talvez este seja o dado mais relevante, mais importante a ser comemorado: a distribuição de renda. Portanto, os dados são bastante contundentes, porque significam que vão continuar.

Estamos agradavelmente surpresos com o crescimento de 5,4% ocorrido no ano passado, alicerçado no investimento e no aumento do consumo das famílias, e os dados de janeiro e fevereiro demonstram que nós vamos ampliar ainda mais porque todos os indicadores são de melhoria na questão do investimento, que foi recorde em janeiro e fevereiro, e também no aumento do consumo, tanto que o salário mínimo e o Bolsa-Família mantêm a renda alta.

O novo salário mínimo, o Bolsa-Família e também o aumento de emprego para ocupações de menor rendimento vão injetar nada mais nada menos do que R$30 bilhões extras, acima dos valores do ano passado, no consumo popular. Portanto, esses R$30 bilhões a mais em 2008, comparado com 2007, são a garantia efetiva de que esse ritmo de crescimento, que no ano passado foi de 5,4% com base no investimento e no aumento da renda, vai ter continuidade.

Por isso, não é à toa que as reportagem desse fim de semana das principais revistas, como Istoé e Exame, colocam de forma muito clara essa perspectiva. Na Istoé Dinheiro fala-se de 7%. Esse é o ritmo atual que não sabemos se vai ser mantido ao longo de todo o ano, mas o ritmo deste primeiro trimestre será de 7%. É como se estivéssemos crescendo a uma taxa de 7% da economia brasileira, tanto que na revista Istoé eles já dizem que se essa tendência vier a ser mantida, se o Brasil crescer cerca de 6% ao ano até 2010 - o que é plenamente possível -, historiadores poderão definir o segundo mandato do Governo Lula como um novo milagre econômico, mas um milagre econômico com características diferentes de outros milagres econômicos havidos na época do Presidente Juscelino Kubitscheck e na época do Presidente Garrastazu Médici, porque, no nosso caso, há um crescimento...

(Interrupção do som.)

O SR. PRESIDENTE (Gilvam Borges. PMDB - AP) - Senadora Ideli Salvatti, faço um apelo a V. Exª para que a conclua, pois a hora é avançada e eu gostaria de contemplar e garantir a manifestação de todos os Senadores na tribuna desta Casa. Tem V. Exª um minuto, por favor.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC) - Já encerrarei Senador Gilvam Borges.

Como o crescimento populacional é menor do que o do período desses milagres econômicos que eu citei, o resultado em termos de distribuição de renda é muito mais significativo e consistente.

Para confirmar isso, eu gostaria de pedir a transcrição na íntegra do artigo do Cyro Andrade, publicado no Valor Econômico no fim de semana: “Um bolo para ser entendido”, ou seja, a distribuição do bolo na economia brasileira. Os dados são muito contundentes, baseados na Pnad - Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio - 2005/2006. Portanto, ainda não pegou o pico de 2007/2008. A variação acumulada da renda domiciliar per capita para todas as faixas, excluindo o crescimento populacional, chegou a opulentos 16,4%. Essa é a média, para todas as faixas. Agora....

(Interrupção do som.)

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC) - É o último dado, Presidente. Para os 50% mais pobres, o aumento da renda per capita foi de 21,6%. Por isso, nós temos o que comemorar. O PIB cresceu 5,4% no ano passado. As perspectivas para este ano são de algo em torno de 6%, talvez até mais. Isso alicerçado no investimento e na distribuição de renda e aumento do consumo.

Por isso, este é efetivamente um milagre econômico, mas um milagre econômico beneficiando efetivamente os que mais precisam. Esse foi o compromisso que o Presidente Lula assumiu desde o seu primeiro mandato e está conseguindo concretizá-lo no segundo mandato de forma muito auspiciosa para todos nós.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE A SENADORA IDELI SALVATTI EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“Um bolo para ser entendido” - Cyro Andrade - Valor Econômico.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/03/2008 - Página 5422