Discurso durante a 33ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da matéria intitulada "Os gastos que Lula quer esconder", publicada na revista IstoÉ, edição de 20 de fevereiro último. Registro da matéria intitulada "PAC de Lula beneficia 'Jaderlândias' do Pará", publicada no jornal Folha de S.Paulo, edição de 2 de março corrente.

Autor
Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.:
  • Registro da matéria intitulada "Os gastos que Lula quer esconder", publicada na revista IstoÉ, edição de 20 de fevereiro último. Registro da matéria intitulada "PAC de Lula beneficia 'Jaderlândias' do Pará", publicada no jornal Folha de S.Paulo, edição de 2 de março corrente.
Publicação
Publicação no DSF de 20/03/2008 - Página 6502
Assunto
Outros > PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.
Indexação
  • COMENTARIO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, ISTOE, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DESCRIÇÃO, GASTOS PUBLICOS, FAMILIA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CRITICA, TENTATIVA, MANIPULAÇÃO, DADOS.
  • REGISTRO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DENUNCIA, UTILIZAÇÃO, RECURSOS, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, RECONSTRUÇÃO, FAVELA, BENEFICIO, JADER BARBALHO, DEPUTADO FEDERAL, BANCADA, GOVERNO, CRITICA, INEFICACIA, RESULTADO, PROJETO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CONCESSÃO, ESTUDANTE, ENSINO MEDIO, REDUÇÃO, FUGA, ESTABELECIMENTO DE ENSINO.
  • QUESTIONAMENTO, CONDUTA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, TENTATIVA, MANIPULAÇÃO, VOTO, JUVENTUDE, DESRESPEITO, LEGISLAÇÃO, PROIBIÇÃO, CONCESSÃO, BENEFICIO, BENS, VALORES, PERIODO, ELEIÇÕES.

O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna, neste momento, para fazer o registro da matéria intitulada “Os gastos que LULA quer esconder”, publicada pela revista Isto É em sua edição de 20 de fevereiro de 2008.

A matéria destaca que apesar da blindagem do Planalto, principalmente em torno da família do Presidente, documentos obtidos pela revista mostram novas despesas suspeitas pagas pelo governo. Entre elas R$6,2 mil na Cervejaria Divinópolis Ltda a título de “funcionamento da educação profissional”, R$1,3 mil na Pastelaria Marília de Dirceu a título de “Prevenção à Corrupção e Transparência das Ações de Governo” e R$6,6 mil na Trinidad Tabacaria, gasto justificado como:“Fomento à Pesquisa e ao Desenvolvimento de Conhecimento Científico”.

Sr. Presidente, para concluir, requeiro que a referida matéria passe a integrar os Anais do Senado Federal.

Segundo assunto, Sr Presidente, Srªs e Srs. Senadores: registro, neste momento, para fazer o registro da matéria intitulada “PAC de Lula beneficia ‘Jaderlândias’ do Pará’”, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em sua edição de 02 de março de 2008.

A matéria destaca que o Governo Federal destina quase 10% das verbas do PAC no Pará, R$123,3 milhões, para desfavelizar comunidades que levam o nome de seu aliado. O valor total do programa no estado é de R$1,3 bilhão para “sanear” duas Jaderlândias e um Jardim Jader Barbalho, comunidade que levam o nome do deputado peemedebista do Pará.

Sr. Presidente, para concluir, requeiro que a referida matéria passe a integrar os Anais do Senado Federal.

Terceiro assunto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores: faço o registro do editorial intitulado “De olho no desempenho eleitoral de seu partido e aliados, Lula cria donativo de R$ 30 para jovens na faixa de 16 a 17 anos”, publicado pelo jornal Folha de São Paulo em sua edição de 19 de março de 2008.

O editorial destaca que “ O ATALHO que leva do salvacionismo ao assistencialismo, no governo Lula, já se encontra mais que batido.

A extensão do Bolsa Família, que passa a pagar R$ 30 para jovens de 16 e 17 anos, é só um eco distante -mas de imediato rendimento eleitoral- do programa Primeiro Emprego, lançado com fanfarra em 2003 só para esboroar-se em fracasso retumbante.

Foram necessários quatro anos para o Planalto desistir em definitivo da meta ambiciosa de abrir aos jovens 500 mil vagas com repasses de R$1.500 anuais a empresas dispostas a empregá-los. Só 15 mil postos foram criados. Segue descumprido o objetivo de qualificar os adolescentes para que consigam entrar e manter-se no mercado de trabalho.

Em seu lugar, a administração petista repaginou a idéia, em 2005 e 2007, com o Projovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens). Fato excepcional para seu estilo, o Planalto recorreu a um projeto de lei (nº 2.204/ 2007) -e não a mais uma medida provisória, como de hábito- para nele incluir a mesada de R$ 30 aos adolescentes.

O pretexto é fazer com que continuem na escola numa faixa etária em que se acentua a evasão, a passagem do ensino fundamental ao médio. Exige-se, para tanto, freqüência de 75% das aulas ao 1,1 milhão de jovens beneficiados de imediato (estima-se em 1,7 milhão o total dos que satisfazem os critérios). Bastam três bimestres abaixo dessa freqüência para perder o benefício.Não é o caso, claro, de questionar o espírito humanitário de programas como o Bolsa Família. O que se objeta é seu caráter apenas anestesiador, o fato de não contemplar a chamada porta de saída -uma real emancipação socioeconômica, em que a ajuda seja só temporária, enquanto os beneficiários são preparados para melhorar sua renda por meio do emprego. Apenas receber o estipêndio pouco influi no aprendizado e na qualificação dos jovens, pois isso depende mais da capacidade da escola de dotá-los de aptidões úteis. Trata-se de algumas gotas de assistencialismo num oceano de desqualificação e desalento juvenis. Resta para explicar a medida, portanto, sua evidente rentabilidade eleitoral, para a qual o governo federal oferece negativas débeis e provas robustas. Isso se torna patente com o fato de o governo ter desistido de introduzir o donativo por projeto de lei e ter optado, no apagar de 2007 (28 de dezembro), pela via fácil da medida provisória (nº 411). Era imperioso evadir-se dos preceitos da lei nº 11.300/2006, que proíbe novos "bens, valores ou benefícios" em ano de eleições. O governo Lula alega que apenas estende um programa existente, o Bolsa Família, que o número de domicílios agraciados não se ampliou e que o benefício não será pago aos jovens eleitores, mas a seus pais. Tais argumentos são tão afrontosos quanto irrelevantes. Sem urgência em aumentar a mesada dos pobres que beneficia em sua política paternalista, Lula poderia bem aguardar a tramitação do projeto de lei.

Sr. Presidente, para concluir, requeiro que o referido editorial passe a integrar os Anais do Senado Federal.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR SENADOR FLEXA RIBEIRO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

“Os gastos que LULA quer esconder”;

“PAC de Lula beneficia ‘Jaderlândias’ do Pará’”;

“De olho no desempenho eleitoral de seu partido e aliados, Lula cria donativo de R$ 30 para jovens na faixa de 16 a 17 anos”.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/03/2008 - Página 6502