Discurso durante a 39ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Transcrição de matéria publicada, hoje, no jornal Folha de S.Paulo, a respeito de dossiê contra a família FHC organizado dentro da Casa Civil da Presidência da República.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), CARTÃO DE CREDITO.:
  • Transcrição de matéria publicada, hoje, no jornal Folha de S.Paulo, a respeito de dossiê contra a família FHC organizado dentro da Casa Civil da Presidência da República.
Publicação
Publicação no DSF de 29/03/2008 - Página 7258
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), CARTÃO DE CREDITO.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DENUNCIA, RESPONSABILIDADE, SECRETARIO EXECUTIVO, CASA CIVIL, ORDENAÇÃO, ELABORAÇÃO, DOCUMENTO, LEVANTAMENTO, GASTOS PUBLICOS, GOVERNO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Peço desculpas a V. Exª por fazer o longo pronunciamento que fiz. Lamentavelmente, não tive condições de ler a imprensa de hoje e li agora, no Noblat, que é um brilhante jornalista, uma crítica que ele fez a mim - e ela é correta: “O Senador Pedro Simon falou uma hora e meia e não falou sobre o assunto mais importante, que é a manchete do jornal Folha de S.Paulo”. E ela, realmente, é muito séria:

Braço direito de Dilma fez dossiê contra família FHC

Ordem para reunir dados sigilosos partiu de secretária-executiva da Casa Civil.

Partiu da secretária-executiva da Casa Civil, braço direito da Ministra Dilma Rousseff, a ordem para a organização de um dossiê com todas as despesas realizadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher Ruth e ministros da gestão tucana a partir de 1998. O banco de dados montado a pedido de Erenice Alves Guerra é paralelo ao Suprim, o sistema oficial de controle de despesas com suprimentos de fundos do governo.

O Governo nega tratar-se de um dossiê. A interlocutores Erenice se responsabiliza pela decisão de organizar processo das despesas de FHC, isentando a chefe de ter tomado a decisão. Ela é conhecida como “faz-tudo” de Dilma, sendo a funcionária mais próxima da ministra que Luiz Inácio Lula da Silva vê como presidenciável para 2010.

Quando o trabalho começou a ser feito, corriam as negociações no Congresso para investigar gastos com cartões corporativos do Presidente Lula. Por pressão de governistas, as investigações recuariam ao período de governo tucano. O banco de dados avançara sobre parte do material guardado no arquivo morto, num dos prédios anexos do Planalto.

Um dos relatórios produzidos na Casa Civil, a que a Folha teve acesso, mostra que os dados foram organizados de forma diversa do Suprim (Sistema de Controle de Suprimento de Fundos).

Segue uma longa matéria, Sr. Presidente, a qual peço a transcrição nos Anais do Senado Federal. Na verdade, é uma matéria muito grave e muito importante que a Folha publica. Espero uma resposta.

Com relação ao jornalista, mais uma vez eu peço desculpas. Fiz um pronunciamento, preparado com muita profundidade, e não li a Folha e não li a sua página. Agora eu a li e gostaria que esta matéria fosse adenda a meu pronunciamento.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR PEDRO SIMON EM SEU PRONUNCIAMENTO

(Inserido nos termos do inciso I, §2º, art. 210, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

“Braço Direito de Dilma montou dossiê”, Folha de S.Paulo.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/03/2008 - Página 7258