O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB - SE. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Mão Santa, Srªs e Srs. Senadores, meu querido Senador Heráclito Fortes, que considero um nobre pela gentileza no trato, pela maneira como se reporta aos seus companheiros de Senado Federal, inicialmente, devo dizer que, embora não veja nenhuma fritura contra a Ministra Dilma Rousseff, se por acaso ela esteja sendo fritada, a mim não diz respeito. A Ministra Dilma...

(Interrupção do som.)

O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB - SE) - ...é do Partido dos Trabalhadores. O meu Partido é o PMDB. Por conta disso, devo dizer, também, que não defendo a candidatura de S. Exª, a Ministra Dilma Rousseff, à Presidência da República em 2010. Aliás, prefiro defender nomes à Presidência da República como o do meu Presidente Michel Temer, como o do Senador Pedro Simon, como o do Presidente, Senador Mão Santa, a quem defendi no pleito passado como candidato a vice-presidente de Anthony Garotinho.

Prefiro defender o nome de Nelson Jobim, do próprio Anthony Garotinho, de Orestes Quércia, quem sabe até do Senador Jarbas Vasconcelos, ou mesmo do meu querido amigo pessoal, Governador do Paraná, Roberto Requião, ou do meu amigo pessoal e Governador Paulo Hartung, do Espírito Santo, ou de Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro. Todos peemedebistas.

E digo isso porque devo dizer que estou na base do Governo defendendo o governo Lula, mas, aqui não estou para defender o PT, o Partido dos Trabalhadores.

Nem eu, nem o meu PMDB temos nenhum acordo com o Partido dos Trabalhadores. Temos uma aliança pela governabilidade, com o governo do Presidente Lula, não com o Partido dos Trabalhadores. São coisas completamente distintas.

No mais, devo fazer um agradecimento ao Senador, que considero nobre, Heráclito Fortes, por dizer que, na reunião de ontem, não entrei no mérito das questões. Agradeço. Eu procurei, apenas, preservar o Regimento.

Em dado momento, disse que eu não obedeço a vontade dos homens: mas não mesmo! Como democrata e defensor do Estado democrático de direito, defendo a vontade da lei. A vontade dos homens, não. E tinha de exigir, como exigi e fiz, o cumprimento do Regimento à Presidente daquela Comissão, que não estava cumprindo o Regimento em hipótese nenhuma.

Digo e repito: não vim para o Senado para tumultuar. Vim para o Senado para exercer o mandato. Mas também não vim com a preocupação de preservar o mandato. Não estou aqui para preservar o meu mandato de Senador, legitimamente conquistado junto à população do Estado federado de Sergipe. Eu vim aqui, sem destemor, para exercê-lo em toda a sua plenitude, diante de quem quer que seja. Só me dobrarei ao povo de Sergipe. Não me dobrarei a nenhum petulante que deseja colocar, por sobre a sessão, palavras eloqüentes e, acima de tudo, quando desejam tripudiar o Regimento e a Constituição. Se imaginarem que gritarão mais do que eu, não conseguirão!

O nobre Senador Sérgio Guerra - que eu também considero um nobre - disse, há pouco, que “gritamos muito”. Eu não diria isso, porque, neste Plenário, quem passou aqui, meia-noite, na semana anterior à Semana Santa, gritando, por mais de 10 minutos, dez, quinze, vinte Senadores ao mesmo tempo, não foram os do PMDB; foram os do Democratas e os do PSDB. Portanto, estou a salvo de todas essas críticas.

Sr. Presidente, essa era a explicação pessoal que solicitei.