Discurso durante a 51ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Solidariedade ao Senador Geraldo Mesquita Júnior. Protesto contra demora na entrega à população do Hospital Regional Público do Oeste, localizado em Santarém-PA. Comemoração pela aprovação de projeto de lei de interesse dos aposentados e pensionistas.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL). ESTADO DO PARA (PA), GOVERNO MUNICIPAL. PREVIDENCIA SOCIAL.:
  • Solidariedade ao Senador Geraldo Mesquita Júnior. Protesto contra demora na entrega à população do Hospital Regional Público do Oeste, localizado em Santarém-PA. Comemoração pela aprovação de projeto de lei de interesse dos aposentados e pensionistas.
Aparteantes
Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 15/04/2008 - Página 9341
Assunto
Outros > MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL). ESTADO DO PARA (PA), GOVERNO MUNICIPAL. PREVIDENCIA SOCIAL.
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, GERALDO MESQUITA JUNIOR, SENADOR, RENUNCIA, PRESIDENCIA, PARLAMENTO, MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL), ELOGIO, ATUAÇÃO.
  • REPUDIO, DESATIVAÇÃO, HOSPITAL, MUNICIPIO, SANTAREM (PA), ESTADO DO PARA (PA), MOTIVO, DISPUTA, NATUREZA POLITICA, PREJUIZO, POPULAÇÃO, ESPECIFICAÇÃO, VITIMA, DOENÇA ENDEMICA, AEDES AEGYPTI, MALARIA.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, EMISSORA, TELEVISÃO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), REITERAÇÃO, DENUNCIA, ORADOR, OCORRENCIA, TRAFICO, PROSTITUIÇÃO, CRIANÇA, INFERIORIDADE, VALOR.
  • SAUDAÇÃO, PRESIDENTE, SENADO, SENADOR, APROVAÇÃO, PROJETO, BENEFICIO, APOSENTADO, COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, DEMONSTRAÇÃO, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, IDOSO, SUPERIORIDADE, INFLAÇÃO, ESPECIFICAÇÃO, PLANO, SAUDE, MEDICAMENTOS.
  • EXPECTATIVA, APROVAÇÃO, PROJETO, BENEFICIO, APOSENTADO, CAMARA DOS DEPUTADOS, SANÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, SUGESTÃO, SENADOR, LOBBY.

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Senador Geraldo Mesquita, entendi o protesto de V. Exª. Lamento-o. Tenho certeza de que, como eu, muitos brasileiros devem estar lamentando também, porque sabemos da sua capacidade, do seu trabalho, da sua coerência e sabemos que o Brasil perde, com certeza, uma pessoa que comandava a representação brasileira no Mercosul. O Brasil perde muito com a renúncia de V. Exª, mas entendo a revolta, a decepção e o ato que V. Exª tomou agora na tribuna.

Tenho absoluta consciência de que V. Exª pensou muito antes de tomar essa decisão, mas, infelizmente, no Brasil, ainda há um profundo desrespeito pelas pessoas que querem servir a este País. E, infelizmente, nós ainda vimos, neste século, pessoas que representam Ministérios desrespeitarem um trabalho tão digno e tão sério como o de V. Exª.

Congratulo-me com V. Exª. Conte com este Senador, porque sei que os atos de V. Exª neste Senado são atos que todos nós respeitamos pela sua dignidade.

Senadores, quarta-feira passada, tive conhecimento, Senador Mão Santa, de um fato de que vou falar daqui a pouco - trouxe até fotos para mostrar ao povo brasileiro -, fato que acontecia no meu Estado. O fato era tão grave que não medi nenhum esforço para que pudesse estar lá na cidade de Santarém, cidade linda, cidade turística, cidade de um povo maravilhoso, 300 mil habitantes, ladeada por vários Municípios, que passa momentos desagradáveis.

Vamos falar deste assunto na quarta-feira, mas vou mostrar as fotos para que o povo brasileiro fique ligado no que está acontecendo.

É um fato de aterrorizar; é um fato sobre o qual - tenho certeza - nenhum brasileiro vai ter a condição de dizer “eu acredito”; é um fato que dá para desacreditar, mas é um fato verdadeiro. É um fato de perseguição; é um fato referente a um setor de que todos dependem, que é o setor da saúde.

Vou inscrever-me agora, tão-logo termine esta sessão, para fazer um relato à Nação brasileira, principalmente ao meu querido Estado do Pará, especialmente ao povo de Santarém e às cidades próximas de Santarém, que dependem do atendimento de saúde. Vou falar com cátedra, vou falar com dados, como sempre fiz, aqui nesta tribuna. Daqui a pouco, vou começar a mostrar os fatos que estão acontecendo no Estado do Pará. São vários.

Ainda há pouco, ligava a televisão e olhava o meu Marajó como notícia da TV Globo, ratificando uma denúncia que fiz aqui do tráfico de meninas, do uso de meninas; meninas que se trocam por dois reais; meninas cujos próprios pais entregam a pessoas, para que elas possam tirar alguma coisa dessas pessoas. A própria mãe faz isso; a própria família faz isso. E isso eu já denunciei aqui.

Mas, Senador Mão Santa e Senador Geraldo Mesquita, por isso, tive que ir correndo ao meu Estado, chamado por tantas pessoas que me escreveram, que mandaram correspondência pedindo o SOS do Senador Mário Couto, para que pudesse, aqui no Senado, começar uma ampla divulgação à sociedade brasileira do que acontece, hoje, no meu Estado.

A Prefeita dessa cidade, Drª Maria do Carmo, é uma pessoa maravilhosa, minha amiga, já foi Deputada junto comigo na Assembléia Legislativa do Estado do Pará, Senador Mão Santa, mas por tudo o que tenho conhecimento da sua administração - e nunca falei disto aqui, mas não posso agora deixar de falar -, é uma grande amiga, mas não tem capacidade de administrar uma cidade como Santarém, infelizmente.

E me ausentei da sessão de quarta-feira exatamente por isso. Ausentei-me da sessão de quarta-feira exatamente porque, Sr. Presidente Alvaro Dias, pensei que nós não fôssemos votar o projeto dos aposentados naquela quarta-feira. E, pela matemática que eu fazia, em função de ainda ter duas medidas provisórias em pauta, eu achava que, naquela quarta-feira, ainda ia se discutir aquelas medidas provisórias e que, amanhã, se poderia votar o projeto dos aposentados, quando estaria eu aqui.

Mas não me causa nenhum incomodo. Ao contrário.

Causa-me alegria profunda ter a notícia de que os projetos foram aprovados e de que não preciso mais fazer a vigília que ia fazer.

Preciso, sim, abrir uma nova luta. Mas, antes, eu gostaria de agradecer, primeiro, ao Presidente desta Casa, Presidente Garibaldi, que cumpriu a sua palavra, que atendeu a todos nós Senadores que fomos ao socorro dos aposentados, que não oscilou, em nenhum momento, em colocar o projeto em votação, como exatamente S. Exª nos prometeu.

Presidente Garibaldi - mesmo V. Exª não estando aqui, está me vendo pela TV Senado -, saiba que a minha admiração, se já era grande por V. Exª, aumentou muito mais pelo cumprimento e sensibilidade como tratou o assunto dos pobres aposentados.

Ainda hoje, Senador Mão Santa, ao abrir um jornal do meu Estado, leio “Inflação Maior para os Idosos”. Eu gostaria que a TV Senado pudesse mostrar este jornal, que traz a matéria sobre a perda dos aposentados, que mostra, mais uma vez, que temos razão nesta causa, Senador Mão Santa, pois os idosos realmente são penalizados, principalmente na parte de medicamentos e de plano de saúde. Eu só mostrei este jornal de hoje para ratificar, cada vez mais, que estamos certos quando defendemos essa classe tão massacrada nesta Nação.

Quero agradecer também ao Senador Paim, autor do projeto, aos Senadores Jefferson Péres, Arthur Virgílio, José Agripino, Osmar Dias, Papaléo Paes, Geraldo Mesquita, Mão Santa... Quantos discursos V. Exª fez, Senador Mão Santa, em favor dos velhinhos, dos aposentados! V. Exª tem sensibilidade no coração...

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - V. Exª me permite um aparte, agora?

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Pois não.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Quis Deus que adentrasse aqui o Presidente Sarney. Olha, nesse negócio dos velhinhos aposentados, Sarney, abençoado por Deus... A mãe dele, a Dona Kyola - hoje, Santa Kyola -, quando ele era Presidente, disse: Meu filho, não prejudique os velhinhos. Então, o Presidente Sarney nunca permitiu esse fator previdenciário, essa ignomínia, essa vergonha que haveremos de enterrar! Está conosco a Santa Kyola. Ela fez esse pedido. Está aí o Presidente Sarney. Ele não foi só o homem da transição democrática, não; ele foi o homem que, a pedido da hoje Santa Kyola, que era sua mãe: não prejudique jamais os velhinhos. Não teve essa choradeira, não, porque eu era prefeitinho quando Sarney era Presidente da República.

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - É isso mesmo, Senador Mão Santa. V. Exª teve muita sensibilidade e pelo menos eu contei uns 15 pronunciamentos de V. Exª batendo nessa tecla. Água mole em pedra dura tanto bate ate que fura! E furamos a pedra, mas ainda precisamos ir mais longe. Flexa Ribeiro, Efraim Morais, Alvaro Dias e quantos Senadores nos ajudaram, sob o comando do Senador Paulo Paim, a chegar a esta grande vitória! Mas temos ainda mais, sabemos que este projeto não termina aqui. Este é um passo apenas, um passo de proteção aos aposentados, àqueles que não conseguem mais sobreviver neste País.

Agora nós temos a Câmara, e lá nós sabemos - e não adianta esconder, e eu não escondo! O que eu tenho que falar eu falo, Senador Mão Santa! Não adianta tentar calar-nos. Não adianta, Senador Mão Santa! E eu vi quantas críticas fizeram a V. Exª por falar a verdade aqui, neste Parlamento.

Quem trouxe V. Exª para cá, Senador, foi o povo do Piauí.

V. Exª representa e fala pelo povo do Piauí. Eu sei o quanto V. Exª ama o povo do Piauí, o quanto V. Exª respeita o povo do Piauí! Por isso ninguém vai calá-lo neste plenário. E a mim também não, Senador.

Sei que lá, na Câmara, a obediência ao rei é muito maior. Lá, na Câmara, a obediência ao rei é muito maior! O interesse próprio é muito maior! Eu sei! Na natureza, Senador, para o homem, só existe uma lei: a lei do interesse próprio. Essa é uma frase de um guerreiro que V. Exª sempre cita: Napoleão Bonaparte, aos 16 anos de idade, em 1790 e pouco. Olhem como Napoleão, no século XVIII, já percebia o interesse próprio do homem. E, lá na Câmara, o interesse próprio é muito maior do que aqui.

Recebi vários e-mails de vários aposentados dizendo assim para mim, Presidente Sarney: Muito obrigado, Senadores. O Senado se enriquece, o Senado se moraliza, o Senado se respeita mais a partir desse momento em que a sensibilidade foi maior, mas falta a Câmara.

Eu não acredito que, se a Câmara aprovar o projeto, o Presidente da República não o sancione.

Eu não acredito! Eu não acredito, porque ele mesmo, o próprio Presidente da República, em 2002, mostrou a sua sensibilidade ao dizer, num palanque, que não entendia, de forma nenhuma, por que um trabalhador brasileiro que se aposentava com dez salários passava a ganhar na aposentadoria cinco salários. Ele não entendia de forma alguma e haveria um dia de ser Presidente da República para acabar exatamente com esse redutor.

Estamos dando uma grande oportunidade ao Presidente: mostrar que ele falou sério, que tem sensibilidade, que, quando dá o Bolsa-Família, é o aspecto social e não puramente político, como dizem por aí - eu mesmo digo. Mas se ele fizer isso, terei a certeza de que o Presidente Lula só assina atos sociais por politicagem. Terei a certeza. Se for formado um exército na Câmara para que esses projetos sejam derrubados, terei a convicção de que o Presidente Lula não age com sensibilidade.

Dizem que a Previdência é deficitária neste País. Escuto isso desde que comecei a me entender na vida. Desde quando comecei a me entender na vida escuto que não se tem dinheiro para pagar os aposentados, mas tem dinheiro para usar cartões corporativos.

Denunciei antes de esse escândalo vir à tona. Podem pegar as notas taquigráficas deste Senado. Eu denunciei item por item, Senador Alvaro, dos gastos do Governo com cartões corporativos. Item por item! V. Exª, que desceu desta tribuna ainda há pouco, preocupado com o crescimento do País, falou no uso excessivo da cobrança de impostos, falou em gastos do Governo, falou em corrupção. Basta, Sr. Presidente, que se controle a corrupção dentro do Governo!

Eu nem falo mais de corrupção neste Governo. Nem falo. Não adianta mais falar em corrupção neste País! Corrupção, neste País, virou cultura!

Querem um exemplo? Vou dar um exemplo. Desde que entrei aqui, comecei a bater e a mostrar fatos verídicos, com números, da corrupção existente neste País. Sabem quantas vezes publicaram na imprensa uma palavra pelo menos? Nunca! Bastou falar que eu ia fazer uma greve e não ia tomar banho. Pronto. Foi notícia nacional.

Vejam como a corrupção não tem mais vez neste País. Não se divulgam mais neste País atos de corrupção. Virou cultura!

Não adianta, não adianta! Podem mostrar a corrupção em todos os setores deste País! Podem mostrar porque não adianta absolutamente mais nada. São US$3.5 bilhões por ano que o País gasta. Basta controlar a corrupção, que sobra dinheiro para os velhinhos maltratados deste País. Nós vamos em frente! Nós não vamos parar!

Sr. Presidente, quero que V. Exª anote: nós queremos - todos os Senadores, todos os Senadores que vestiram a camisa - uma audiência com o Presidente da Câmara, nós queremos ver esse projeto votado logo. Os aposentados estão desconfiando que esses projetos...

(Interrupção do som.)

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - ...do Senador Paulo Paim vão ser fritados lá na Câmara. Nós não vamos deixar isso acontecer! Vamos segui-lo de comissão por comissão, vamos falar com o Presidente da Câmara e vamos dar a notícia para o povo brasileiro e para os aposentados e pensionistas deste País.

Eu sei que lá eu não tenho voz, que lá eu não posso falar, mas eu sei que temos o direito, como Senadores, de ter uma audiência com o Presidente da Câmara, juntamente com os representantes dos aposentados, e mostrar a ele a necessidade que se tem de votar esses projetos imediatamente. Aliás, quero deixar muito claro à Nação brasileira que os líderes Arthur Virgílio, do PSDB, e José Agripino, do DEM, já se comprometeram com os aposentados de que mobilizarão a Bancada lá na Câmara para votarem a favor desse projeto.

Não basta a Oposição! A Oposição é muito pequenina lá na Câmara para aqueles que obedecem ao rei. Muito pequenina! Temos de tentar sensibilizar aqueles que votam com o Governo por troca de cargos. Temos que sensibilizar aqueles que votam e atendem ao Governo por interesse próprio. São esses os que temos de sensibilizar.

Mas, Sr. Presidente, ao descer da tribuna, quero mostrar as fotos do que me levou, quarta-feira, ao meu Estado. São muitos os problemas do meu Estado, muitos. Não pensei que fossem tantos.

(Interrupção do som.)

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Já vou descer, Sr. Presidente.

Não pensei que se pudesse lamentar tanto nesse um ano e três meses de governo do Partido dos Trabalhadores no Estado do Pará. Aliás, a cidade de Santarém, com 300 mil habitantes, também é governada por uma senhora do Partido dos Trabalhadores.

Agora, vejam isso aqui. TV Senado! Rapaz da TV Senado, por favor, aproxime bem a câmera. Quero que o povo do Brasil, que o povo brasileiro veja. Isso aqui é um hospital, um hospital público, pronto, equipado - pronto, repito, equipado! -, para servir a esta cidade.

Olhem a pediatria! Tenho certeza de que na capital não temos uma pediatria igual a essa. Tenho certeza! Pronto e equipado, há um ano e três meses! Sabem por que não funciona? Pasmem, senhoras e senhores; pasmem, brasileiras e brasileiros; pasmem, santarenas e santarenos, sabem por que não funciona? Porque esse hospital foi construído por um governador do PSDB.

Minha Santa Filomena! Pelo amor de Deus! Isso traz uma angústia muito grande a cada um de nós paraenses. Quantas crianças, quantos paraenses, quantos santarenos, quantas pessoas de outras cidades próximas não precisam de um atendimento de emergência?

Esse hospital é um dos melhores construídos no norte deste País. Esse hospital, em pleno funcionamento, vai servir não só à população santarena - servir com qualidade! -, mas a toda população que mora na redondeza.

A eleição passou. Por que se guarda tanto rancor e mágoa?

(Interrupção do som.)

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Prometo a V. Exª que desço já.

Por que se guarda, paraense? Por que se guarda, santareno, em prejuízo da própria saúde de vocês? Que se vinguem em outra coisa. Se tiverem raiva, despejem essa raiva em outra coisa. Falem mal do Mário Couto. Persigam o Mário Couto. Denunciem o Mário Couto. Inventem história do Mário Couto. Mas não façam isso com a população do meu Estado, da minha querida Santarém.

Vou falar disso aqui, na quarta-feira, mostrando dados. Vou trazer para as galerias o Deputado representante de Santarém. Vou trazer para as galerias os Vereadores de Santarém. Vou ler aqui o atestado dos Vereadores de Santarém. Vou ler aqui os votos de repúdio da população de Santarém.

E vamos esperar, Sr. Presidente, por quinze dias para que se regularize aquela situação. Espero que a licitação para terceirizar aquele hospital já esteja no final. Oxalá seja isso! Não pode ser, um ano e três meses já seria suficiente para licitar há muito tempo. Mas espero, porque, daqui a quinze, vinte dias, Sr. Presidente, vamos voltar a Santarém. Peço permissão desta Casa para o Senador da República fazer seu protesto na rua.

Eu vou para rua! E peço permissão ao Senado para que um Senador da República possa ir para as ruas de Santarém pedir que aquele hospital atenda aos filhos daquela terra, que são tão dignos e trabalhadores.

Desço desta tribuna, Sr. Presidente, chocado com os fatos que acontecem em meu Estado. Sei que tenho de fazer muito nesta Casa, tenho de trabalhar muito. Muito! Porque é um problema grave atrás do outro. Coisas que deixaram simplesmente de funcionar. Não deixam funcionar porque quem construiu foi o governador que não pertence ao mesmo Partido da Prefeita e da Governadora do Pará. Parem com isso, senhoras! Parem...

(Interrupção do som.)

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Desço desta tribuna, Sr. Presidente, pedindo sinceramente à Governadora do meu Estado e à Prefeita de Santarém que deixem as ideologias partidárias de lado e olhem a população, que está sofrendo com dengue, com malária. Esse hospital tem centro cirúrgico, tem tudo. Será um dos hospitais mais modernos do Norte. Foi construído com essa finalidade, não foi construído à base de politicagem. Sirvam ao povo!. Sirvam ao povo! Não esqueçam que foi o povo que as colocou lá. Foi o povo que a colocou lá, Prefeita! Governadora, foi o povo que a colocou lá. O poder emana do povo. Ai de nós se não fosse o povo que nos coloca em cada poder! Ai de nós! Muitos políticos esquecem-se desse fato depois de eleitos, esquecem-se de que quem os traz para cá é o povo, de que quem os coloca no governo é o povo, de que quem os coloca na prefeitura é o povo. Muitos esquecem-se disso, mas não podem ousar esquecer. Depois, maltratam o povo por conveniência política, por politicagem.

Não vamos deixar, Sr. Presidente, que o povo de Santarém seja sacrificado. Na quarta-feira, vamos voltar a esse assunto. Já estou pedindo, antecipadamente, permissão para um Senador da República possa ir às ruas de Santarém protestar em favor do povo daquela terra querida.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/04/2008 - Página 9341