O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, antes de tudo uma explicação bem simples: ouvi muita reclamação sobre o gesto da Comissão de Infra-Estrutura de legitimamente aprovar um adendo à convocação da Ministra Dilma Rousseff, para que ela também falasse - e ela não teria como escapar de falar -, ao falar de PAC, de cartões corporativos.

Ouvi coisas terríveis, tais como a de que o Governo retiraria seus membros das comissões presididas por nós da Oposição - acho uma tolice arrematada -, ou que o Governo destituiria os presidentes eleitos. Nossa Senhora, isso é pior do que a bomba atômica em Hiroshima, isso é pior do que tudo.

E ainda ouvi falar uma coisa aberrante: líderes do Governo iriam levar o Senador Mário Couto para o Conselho de Ética. Eu quase tive um ataque de risos ainda há pouco. Eu ia ter uma síncope de tanto riso porque é ridículo isso. Se começarem com a brincadeira, nós vamos ver quem merece mesmo ir para o Conselho de Ética. Portanto, eu duvi-de-o-dó, como dizia minha avó Luíza da Conceição.

Está feito, o conselho que dou ao Governo é trabalhar, manter gente de plantão na comissão, cumprir aquele trabalho mínimo. Aqui ninguém trabalha de graça; aqui todo mundo percebe subsídios e tem que trabalhar. Não trabalha, o Senador Marconi Perillo aprova o que quer. Se a maioria estivesse lá, não aprovaria.

Então, não há desculpas para a falta de trabalho deles. O Senador Perillo fala muito bem, aliás, quando diz que camarão quando fica dormindo a maré leva. Um outro adágio muito expressivo nos meios jurídicos diz que o direito não socorre o que dorme.

Sr. Presidente, eu gostaria de fazer algumas desobrigas muito relevantes. Primeiro, saudar, por meio de voto de aplauso, a Confederação Nacional de Municípios pela Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. A renda está muito concentrada nas mãos da União. É bom se pensar para valer nos Prefeitos, nos munícipes.

Com o Senador José Agripino, assinei requerimento de voto de pesar pelo falecimento do meu querido amigo, adversário nos tempos do regime autoritário, mas sempre muito amigo, Deputado Eraldo Tinoco, que também foi Secretário de Educação na Bahia.

Do mesmo modo, saúdo, com voto de aplauso, o Desembargador Flávio Pascarelli. Peço que conste nos Anais da Casa uma entrevista concedida por ele ao jornal Diário do Amazonas. Ele é o mais novo Desembargador do Estado do Amazonas, uma figura de muito valor, de muito relevo, de muita respeitabilidade, figura de liderança nacional entre os magistrados. Vai, com certeza, continuar nessa trajetória como desembargador.

Também homenageio uma figura do Amazonas, Raimundo dos Santos, massagista profissional, exemplo de dedicação ao esporte, com 50 anos de bons serviços prestados às agremiações futebolísticas do meu Estado.

E, ainda, requeiro voto de aplauso ao Prefeito de Parintins, Dr. Frank Bi Garcia pela inauguração da Escola Municipal “Charles Garcia”, grande poeta do meu Estado, uma escola que não fica a dever às melhores do País.

Do mesmo modo, em relação ao Dr. Eurípedes Ferreira Lins, Presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas e do Senar-AM, pelo recebimento, no dia 04 de abril de 2008, do título de “Cidadão Benemérito de Manacapuru”.

E, ainda, Sr. Presidente, voto de aplauso à Fundação Nokia de Ensino. Isso é importante porque ensino é essencial. Educação é o principal investimento. A Fundação Nokia de Ensino, do Amazonas, foi classificada como a escola de ensino médio profissionalizante de melhor desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na Região Norte do País, com a média de 71,04, bem com aos seus alunos - minhas homenagens - que conquistaram medalhas de prata e bronze na Olimpíada Brasileira de Física, em 2007. E aqui quero citar os alunos: Anderson Rabelo Barros; Raphael Naranjo Batista; Ângelo Abner Gonçalves Souza; Diogo Mendonça de Souza; Alexandre Soares da Cruz; João Emanoel Rodrigues Mota; Dilermando da Costa Ferreira Neto; Erica Kido Shimomoto; Rafael Barros Bessa e Willy Ferreira Machado.

Ainda, Sr. Presidente, peço a inserção nos Anais desta Casa de matéria que mereceu as “páginas amarelas” da revista Veja do polemista e grande historiador brasileiro, Marco Antonio Villa, intitulada (o título que a revista Veja deu à matéria): “O bufão da América”. Ele se refere a Hugo Chávez e faz menção à política externa, claudicante, do Presidente Lula. Diz ele: “Se Lula tivesse sido presidente na República Velha, o Acre seria dos bolivianos...”.

E, ainda, para finalizar mesmo... Concluo, Sr. Presidente.

Em uma fase de tão pouco apreço à saúde pública, em um país tomado por epidemia de dengue e surto de febre amarela, me dá até vontade de pedir ao Presidente Lula que, de uma vez por todas, nomeie a Ministro da Saúde, já não mais as pessoas que estão aqui, quem sabe, Oswaldo Cruz resolvesse tantas mazelas que estão acumuladas.

Eu quero saudar a Marinha do Brasil, que, ontem, iniciou o deslocamento do Navio de Assistência Hospitalar, Oswaldo Cruz, às regiões ribeirinhas do Vale do Javari, no Amazonas. O barco deve chegar àquela região no dia 22 próximo para prestar assistência médico-hospitalar a uma população de quatro mil índios que ali vivem à mingua de serviços médicos. À mingua de tempo, eu deixo de dar, hoje, mais detalhe dessa expedição, mas saúdo a Marinha, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, além da inserção da matéria publicada nas “páginas amarelas da Veja, peço que meu discurso seja publicado na íntegra.

            Por hoje, era, exatamente, o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado.

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(DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.)

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e o § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

Entrevista Marco Antonio Villa:“O Bufão da América”, Veja;

Entrevista do Desembargador Flávio Pascarelli ao Jornal Diário do Amazonas;

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, DISCURSO DO SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO.

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O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, numa fase de tão pouco apreço à saúde pública, num País tomado por epidemia de dengue e surtos de febre amarela, é louvável a atitude da Marinha do Brasil, que ontem iniciou o deslocamento do navio de assistência hospitalar Oswaldo Cruz às regiões ribeirinhas do Vale do Javari, no Amazonas.

O navio deverá chegar àquela região no dia 22 próximo, para prestar assistência médico-hospitalar a uma população de 4 mil índios que ali vivem à míngua de serviços médicos.

O Amazonas, sempre chamo a atenção das autoridades, é ainda, lamentavelmente, uma região quase completamente deixada à margem de qualquer assistência médico-hospitalar.

Felizmente, porém, aí está a nossa Marinha em mais uma de suas missões humanitárias na região. Serão beneficiadas 48 aldeias das etnias Marubo, Mayoruna, Kanamari, Matis, Kulina e Korubo. Com os médicos, enfermeiros e técnicos da Marinha, o navio leva também equipes da Funasa, para o atendimento preventivo e assistencial de combate e controle de malária, tuberculose, hepatite, sarampo e gripe.

Repito o que disse no começo deste discurso: a Marinha do Brasil está de parabéns pelo seu gesto. Notadamente numa época em que pouco é levado, em assistência médica, a regiões mais distantes da Amazônia.

O navio Oswaldo Cruz deverá permanecer no Vale do Javari 25 dias, segundo informa a Marinha do Brasil, que cumprimento por essa missão.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.