Discurso durante a 55ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Encaminhamento à Mesa de texto sobre decisão do Copom de ontem, de reajustar as taxas de juros.

Autor
Alvaro Dias (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PR)
Nome completo: Alvaro Fernandes Dias
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Encaminhamento à Mesa de texto sobre decisão do Copom de ontem, de reajustar as taxas de juros.
Publicação
Publicação no DSF de 18/04/2008 - Página 10032
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • AVALIAÇÃO, ERRO, GOVERNO FEDERAL, COMBATE, INFLAÇÃO, AUMENTO, TAXAS, JUROS, REGISTRO, DADOS, PREVISÃO, EFEITO, DIVIDA PUBLICA, PREJUIZO, INVESTIMENTO, PRODUÇÃO, EXPORTAÇÃO, COMPARAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, OCORRENCIA, RECLAMAÇÃO, LIDERANÇA, ECONOMIA NACIONAL.

O SR. ALVARO DIAS (PSDB - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente Mão Santa, solicito a V. Exª registro nos Anais de texto que eu leria da tribuna sobre a decisão do Copom de ontem, de aumentar a taxa Selic em meio ponto. Isso significa, segundo cálculos de especialistas, além, evidente, de desestímulo a investimentos, à produção, às exportações, significa um aumento da dívida pública brasileira da ordem de R$2,2 bilhões, num período de doze meses.

Numa projeção baseada no aumento de juros de mais um ponto percentual até o fim de 2008 - porque há essa perspectiva, o Copom sinalizou para essa hipótese -, isso representará despesas adicionais, com encargos da dívida, da ordem de R$10 bilhões em 2008. O ajuste total a ser implementado, conforme a nota do Copom, é, Sr. Presidente, um prejuízo enorme para o País. Parece-me que há aí um grande equívoco.

Eu sei que até mesmo nas hostes oposicionistas há posicionamento favorável a essa política de elevação das taxas de juros como forma de combater a inflação. Mas me parece que esse é um equívoco que se repete. Não creio ser essa a melhor alternativa para se combater a inflação no País. Essa é uma alternativa que desestimula a produção, que afeta o consumo, que desestimula o contribuinte, especialmente os pequenos e médios empresários do País.

Com isso, o Brasil dispara como campeão absoluto das maiores taxas de juros do mundo, atingindo, agora, uma taxa anual média de 7,1%, contra 5,6% da Turquia, que fica em segundo lugar. Entre os países com taxas negativas, como é o caso da China e da Rússia, a China, com 0,7% de taxa negativa; e a Rússia, com 2,2% de taxa negativa.

A reação das lideranças do setor produtivo no Brasil demonstra um elevado grau de perplexidade e muita insatisfação com a decisão do Copom do dia de hoje.

Era isso, Sr. Presidente.

Peço a V. Exª que considere lido o texto inteiro deste documento.

 

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR ALVARO DIAS.

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/04/2008 - Página 10032