O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Para uma questão de ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, vejo que a palavra da Senadora Patrícia foi extremamente sensata.

            Tenho certeza de que algo que sempre marcou a presença do Senador Mão Santa, nas suas freqüentes idas à tribuna da Casa, foi o respeito à mulher. Este é um fato. Vou deixar bem claro: acho que realmente o Senador deve pedir, ele próprio, o Senador Mão Santa, mais do que a Presidência usar da sua prerrogativa.

            Conheço a grandeza do Senador Mão Santa, conheço a sua generosidade, conheço a sua valentia, conheço a sua grandeza. A Ministra Dilma Roussef deve merecer de todos nós o respeito que devemos à mulher, que devemos ao ser humano, que devemos ao adversário e que devemos ao aliado.

            Sem respeito não se é bom aliado, sem respeito não se é adversário leal, sem respeito nós estabeleceremos um clima absolutamente selvagem na relação política desta Casa e isso não pode acontecer. Devo dizer que as medidas todas que estamos propondo visam a esclarecer fatos que são notícia fundamental da imprensa brasileira hoje.

            Considero-me, Senador Mão Santa, um dos seus melhores amigos nesta Casa, um dos seus mais próximos amigos. Entendo que não foi o Senador Mão Santa, Sr. Presidente, quem criou essa frase. Ele leu a frase infeliz de alguém mais. Essa frase é infeliz. Essa frase não faz justiça à mãe de família que é a Ministra.

            Peço, como amigo, ao Senador Mão Santa que, em um gesto de grandeza - e é grande quem como ele salvou tantas vidas com sua capacidade de fazer cirurgias efetivamente miraculosas -, mostre sua grandeza. Ele não precisaria nem mostrá-la, não fosse este episódio. Peça a retirada dos Anais da Casa dessa expressão que não nos conduz à coisa alguma, não nos ajuda a esclarecer, não faz a Ministra vir aqui, não faz a Ministra deixar de vir. Não nos ajuda a esclarecer. É uma demonstração, Senador Mão Santa, da grandeza de V. Exª de tomar a iniciativa de pedir...