O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR - RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, hoje, o jornal Hoje trouxe uma matéria dizendo da prisão do nosso suplente, do suplente do Senador Expedito Júnior, do Estado de Rondônia.

            Sr. Presidente, não é verdade. Eu gostaria de desmentir. Já conversei hoje com a Rede Globo no Rio de Janeiro. Estão trocando as bolas aí. A pessoa que foi presa lá no Estado de Rondônia é um ex-Senador desta Casa, mas ex-suplente do Senador Amir Lando.

            Quero esperar as investigações para saber o que realmente há por trás de tudo isso, mas eu gostaria de registrar aqui que o nome do meu primeiro suplente é Elcide, e do segundo suplente, Jabis. Um é morador de Porto Velho, e o outro é morador do interior do Estado.

            Já falei com o Procurador Federal do Espírito Santo agora há pouco, quem deu a notícia, e ele me pediu desculpas pelo mal-entendido, pois havia chegado a ele que realmente essa pessoa era o nosso primeiro suplente.

            Portanto, eu gostaria apenas de deixar isso esclarecido, Sr. Presidente. Já conversei hoje com a Rede Globo, e parece-me que eles devem fazer essa correção.

            Também, se ele fosse meu primeiro suplente, cada um tem seu CPF, cada um responde pelos seus atos.

            Não estou querendo encobrir nada aqui sobre ninguém.

            E o segundo assunto, Sr. Presidente, é do jornal O Globo On Line, que traz uma matéria sobre a votação da convocação da Ministra Dilma. Infelizmente, ele traz as palavras do Senador Delcídio Amaral, dizendo que “a base não ia dar quórum, mas temos uns descontrolados”.

            Se ele está sugerindo isso a mim, ele não me controla mesmo! Nem ele me controla, nem o Presidente Lula me controla. Ninguém me controla. Eu vim para cá para ser Senador da República com a minha consciência e com as minhas convicções. Mesmo estando na Base, assim como está o Senador Pedro Simon, que também é da Base, que é do PMDB; assim como está V. Exª, que também é da Base, é do PMDB; eu sou do PR, sou da Base mas me identifico como um Senador independente.

            Votei a questão da CPMF e, de lá para cá, sempre tem uma notinha ou outra da Base aliada do Governo. E vou continuar votando assim, queiram eles, satisfeitos ou não, essa será a minha postura nesta Casa.

            Na verdade, se há um erro, se há uma falha, é da própria Liderança do Governo. Eu não fui contatado pelo Sr. Romero Jucá, eu não fui contatado por ninguém da Base aliada, dizendo que não era para dar quórum. Que coisa feia! Pedir para não dar quórum em uma comissão! Vamos lá, vamos dar quórum e vamos ganhar no voto! Essa questão de não se deixar discutir as matérias aqui, de querer amordaçar, de impedir os Senadores de fazerem uso da palavra, isso já faz parte do passado. Acho que nem na ditadura se fazia isso.

            Então, eu quero só deixar claro que, se isso foi para mim, eu não sou controlado pelo Senador Delcídio e tampouco por ninguém nesta Casa. Sou controlado pelas minhas convicções, pela minha consciência e pelo povo do meu Estado de Rondônia.