Discurso durante a 70ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Preocupação com as áreas de segurança pública e de saúde no Estado do Pará.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO PARA (PA), GOVERNO ESTADUAL. SEGURANÇA PUBLICA. SAUDE.:
  • Preocupação com as áreas de segurança pública e de saúde no Estado do Pará.
Publicação
Publicação no DSF de 08/05/2008 - Página 12354
Assunto
Outros > ESTADO DO PARA (PA), GOVERNO ESTADUAL. SEGURANÇA PUBLICA. SAUDE.
Indexação
  • EXPECTATIVA, DECISÃO, PRESIDENTE, SENADO, AUTORIZAÇÃO, GRUPO, SENADOR, LOBBY, PRESIDENCIA, CAMARA DOS DEPUTADOS, APROVAÇÃO, PROJETO, BENEFICIO, APOSENTADO.
  • GRAVIDADE, SITUAÇÃO, VIOLENCIA, ESTADO DO PARA (PA), OCORRENCIA, ASSALTO, VEICULO AUTOMOTOR, DISTRIBUIÇÃO, JORNAL, O LIBERAL, ATUAÇÃO, CRIMINOSO, COBRANÇA, PEDAGIO, POPULAÇÃO.
  • APREENSÃO, SITUAÇÃO, SAUDE PUBLICA, AMBITO ESTADUAL, QUESTIONAMENTO, CONDUTA, GOVERNADOR, ESTADO DO PARA (PA), AUSENCIA, FUNCIONAMENTO, HOSPITAL, MUNICIPIO, SANTAREM (PA), ALTAMIRA (PA), TAILANDIA, ACUSAÇÃO, INTERESSE, NATUREZA POLITICA.

            O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Senador Mão Santa, nos últimos tempos, temos nos preocupado muito com a situação dos aposentados neste País. Quando se sobe a esta tribuna, noventa por cento dos nossos pronunciamentos são referentes aos aposentados deste País, aposentados, aposentadas e pensionistas, que sofrem muito. Com a nossa luta, tenho certeza, vamos amenizar esse sofrimento. Estamos esperando hoje uma resposta do Presidente para que possamos ir, mais de 10 Senadores, conversar com o Presidente da Câmara para ver se S. Exª coloca imediatamente os projetos do Senador Paim em pauta naquela Casa.

            Hoje não vou abordar esse assunto, e, quando faço isso, é porque algo me preocupa no meu Estado. O Estado do Pará, o meu querido Estado do Pará, passa por momentos difíceis, e quero que a população daquele Estado entenda o que sempre falo aqui. Não é uma questão política. Não estou usando esta tribuna para fazer politicagem. O assunto é sério. O Presidente da República, a Governadora do meu Estado terão que tomar uma posição em relação a dois fatos que estão sem controle no meu Estado.

            Um: com exceção de algumas cidades neste País, todas vivem esse drama. Mas os Estados que mais vivem esse drama da insegurança neste País, da violência neste País são o Pará e o Rio de Janeiro. No Pará, a violência é incontrolável.

            O jornal de maior circulação no Estado do Pará, O Liberal - pasmem, senhoras e senhores! Senador Mozarildo, preste bem atenção no que vou falar desta tribuna, aonde chegou a violência neste País! -, não pode mais ser distribuído. É triste, Senador Jefferson: o jornal O Liberal, V. Exª sabe, conceituado jornal, um dos mais antigos jornais, não tem mais condição de fazer a distribuição dos seus jornais em veículos, em kombis. Cinco veículos do jornal O Liberal foram assaltados, sistematicamente. É impressionante! Os carteiros dos Correios não podem distribuir as cartas nos bairros da cidade de Belém, porque são obrigados a pagar pedágio a bandidos. Vejam aonde chegamos!

            E o que mais entristece: quando falo aqui, aborreço a Governadora do meu Estado.

            Senador, não é uma questão de crítica à Governadora; é uma questão de defesa ao meu Estado, é uma questão de respeito aos paraenses, homens e mulheres que confiaram em mim.

            Fico triste em ver, por exemplo, outra questão sem controle no meu Estado: a saúde. Fico triste em ver que a Governadora tem amplas condições de resolver esse problema. É só vir ao Presidente da República, do mesmo partido da Governadora! Não acredito que o Presidente Lula feche as portas para a Governadora do Pará, que é do mesmo partido dele! Não acredito que os hospitais que estão fechados, em Belém e no interior do Pará, não possam ser abertos, como, por exemplo, o Hospital da Cidade de Santarém. Vou bater aqui até que funcionem esses hospitais. Não abrirei um milímetro. Já disse que vou às ruas de Santarém, e já tenho data marcada para ir. Vamos colocar mais de duas mil pessoas na rua, pedindo que aquele hospital fique pronto!

            É impressionante: R$95 milhões gastos naquele hospital; R$40 milhões gastos em equipamentos! Os equipamentos estão encaixotados! Por que não funciona o hospital?

            Brasileiros e brasileiras, sabem por que não funciona? Porque o Governador que construiu esse hospital é do partido de oposição à Governadora. Olha aonde chegamos.

            Minha querida Governadora Ana Júlia, com todo o respeito, desça à sua humildade, Governadora! Governe com humildade, Governadora! Abra o outro hospital que V. Exª fechou em Altamira.

            Sr. Presidente, vou terminar.

(Interrupção do som.)

            O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Valadares. Bloco/PSB - SE) - Concedo mais um minuto a V. Exª.

            O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Fechou o hospital de Altamira, outra cidade. O Município territorialmente maior do mundo, que atendia cinco mil pessoas por mês, hospital estadual com convênio com a Prefeitura municipal. O Governo entrava com 70%, e a Prefeitura, com 30%. A Prefeitura ajudando o Estado. No primeiro dia em que a Governadora assumiu, fechou o hospital. Por quê?

            Brasileiros e brasileiras, saibam o porquê. Por que a Prefeita é oposição à Governadora. Meu Deus do céu! Minha Santa Filomena querida! Governadora Ana Júlia, desça à sua humildade, Governadora. Faça com que a gente possa lhe ajudar. Convoque todos os políticos do Pará para lhe ajudarem, Governadora. Estamos à sua disposição. Queremos o bem do nosso Estado. Queremos ver o Pará sempre progredindo, dando condições de vida aos paraenses. É só isso o que queremos, Governadora. Pare como o ranço político. Tire esse ranço político. Não ofenda as pessoas. O paraense precisa de tranqüilidade para morar. O paraense precisa de saúde, de segurança, principalmente. Não quero nem entrar em outros assuntos, mas esses dois já estão incontroláveis no nosso Estado.

            Por isso, Presidente, desço desta tribuna, mais uma vez, falando da segurança...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - ...incontrolável no meu Estado. E a saúde, com quatro hospitais de grande porte, três fechados: Tailândia, Santarém e Altamira. Um, Santa Casa de Misericórdia, em Belém, hospital de referência, virou casa de rato e barata!

            Governadora, escute, Governadora; se a senhora não está me escutando, alguém do seu Governo está: desça à sua humildade, tire esse ranço político. Este momento é de trabalho, de união, não de se fazer política, de se ter raiva, mas de ter amor ao paraense, a esta terra querida que, tenho certeza, V. Exª...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Já vou descer, Presidente, prometo.

            Tenho certeza de que V. Exª ama, como eu, como todos os paraenses, como todos os santarenos, aqueles que moram em Altamira, que tanto sofrem com a Transamazônica, que precisam de hospital.

            Desça, Governadora, desça à sua humildade. Volto a repetir: convoque Deputados, convoque Senadores! Vamo-nos unir neste momento para dar tranqüilidade e bem-estar social ao povo que merece o nosso suor e o nosso carinho, que é o povo paraense.

            Muito obrigado, Presidente.

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/05/2008 - Página 12354