Fala da Presidência durante a 47ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração do Dia Mundial da Saúde e os 60 anos de fundação da Organização Mundial de Saúde - OMS.

Autor
Garibaldi Alves Filho (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RN)
Nome completo: Garibaldi Alves Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE.:
  • Comemoração do Dia Mundial da Saúde e os 60 anos de fundação da Organização Mundial de Saúde - OMS.
Publicação
Publicação no DSF de 10/04/2008 - Página 8423
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, SAUDE, HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE (OMS), SAUDAÇÃO, AUTORIDADE, REGISTRO, HISTORIA, ORGANISMO INTERNACIONAL, ESCOLHA, DEBATE, EFEITO, SAUDE PUBLICA, ALTERAÇÃO, CLIMA.
  • ANUNCIO, APROVAÇÃO, SENADO, PROJETO DE LEI, REGULAMENTAÇÃO, EMENDA CONSTITUCIONAL, FINANCIAMENTO, SAUDE, BRASIL, BUSCA, ENTENDIMENTO, CAMARA DOS DEPUTADOS, IMPORTANCIA, MATERIA, ESPECIFICAÇÃO, ATENDIMENTO, EPIDEMIA, DOENÇA TRANSMISSIVEL, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), CUMPRIMENTO, ESFORÇO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS).

            O SR. PRESIDENTE (Garibaldi Alves Filho. PMDB - RN) - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

            A presente sessão especial destina-se a comemorar o Dia Mundial da Saúde e os 60 anos de fundação da Organização Mundial da Saúde - OMS, de acordo com o Requerimento nº 298, de 2008, de autoria do Senador Eduardo Azeredo e outros Srs. Senadores e Srªs Senadoras.

            Conforme decisão desta Presidência, usarão da palavra os Srs. Líderes ou quem S. Exªs indicarem.

            A Presidência chama para compor a Mesa S. Exª o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão. (Palmas.)

            Convidamos, ainda, o Senador Eduardo Azeredo, primeiro subscritor do requerimento; o Dr. Eduardo Santana, Presidente da Federação Nacional dos Médicos do Brasil - Fenam; o Dr. Eduardo de Oliveira, Presidente da Federação Brasileira de Hospitais; o Deputado Rafael Guerra, Presidente da Frente Parlamentar da Saúde, na Câmara dos Deputados; e o Senador Tião Viana. (Pausa)

            Sr. Ministro da Saúde, Dr. José Gomes Temporão, demais autoridades aqui nominadas, tenho uma enorme satisfação de presidir esta sessão do Senado Federal destinada a comemorar o Dia Mundial da Saúde e a homenagear os 60 anos da Organização Mundial da Saúde (OMS), criada pela Organização das Nações Unidas para elevar os padrões mundiais da saúde.

            Sem dúvida alguma, Sr. Ministro, a saúde é imprescindível e deve ser adequadamente preservada por todos. Convém lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) teve suas origens no término da Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações criou o Comitê de Higiene. Esse foi o embrião do que mais tarde viria a se tornar a Organização Mundial da Saúde.

            Lembro também às Srªs e aos Srs. Parlamentares e aos convidados que o Brasil desempenhou papel fundamental para constituição daquela organização. Em 1948, os delegados brasileiros na Assembléia Geral da ONU propuseram a criação de um “organismo internacional de saúde pública de alcance mundial”.

            O Dia Mundial da Saúde transcorreu, na verdade, no último dia 7 de abril, data da fundação da Organização Mundial da Saúde.

            Neste ano, as atenções estão voltadas para a necessidade de proteger a saúde dos efeitos adversos das mudanças climáticas. Ao selecionar esse assunto, a OMS tem o objetivo de chamar a atenção da comunidade internacional para as crescentes ameaças à saúde pública, decorrentes das mudanças climáticas que temos presenciado em todo o mundo.

            Realmente, a aceleração dessas mudanças tem sido constatada por inúmeros cientistas e seus efeitos merecem ser considerados, quando falamos de saúde pública.

            Aproveito o ensejo para saudar na pessoa do Diretor-Geral, Dr. Anders Nordström, todos os colaboradores da Organização Mundial da Saúde, representada, na América Latina, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

            Faço votos de que continuem a desempenhar esse excelente trabalho de colaboração, de cooperação com o Governo brasileiro, em prol da melhoria da saúde do nosso povo.

            Cumprimento também o eminente Senador Eduardo Azeredo, que está aqui ao meu lado, pela sua feliz iniciativa, propondo a realização desta sessão.

            Tenho, portanto, o orgulho e a satisfação de dizer que esta Casa não tem faltado com o seu dever de zelar pela promoção da saúde do povo brasileiro. Tenho a convicção de que a melhor forma de a nossa Casa demonstrar essa preocupação com a saúde seria a de aprovar o projeto de lei que está em tramitação nesta Casa, que regulamenta o art. 29, que trata do financiamento da saúde. (Palmas.)

            Esta Casa tem ouvido apelos, Sr. Ministro - e como tem ouvido! -, daqueles que estão mais perto e que representam os anseios da sociedade, daqueles que estão mais perto das necessidades apresentadas no campo da saúde pública E esta Casa, como estuário de todas essas reivindicações, sente que há um verdadeiro clamor nacional pela regulamentação da Emenda 29 em todo o País. (Palmas).

            Aqui temos o projeto do Senador Tião Viana, cuja relatoria está entregue ao Senador Augusto Botelho. E temos também, Senador Tião Viana, outro projeto, advindo da Câmara dos Deputados. E estamos nesses entendimentos, visando encontrar uma solução que possa se constituir na grande saída para esse impasse. Segundo o próprio Ministro já me disse, esse impasse decorre, hoje, da não aprovação, por parte até mesmo desta Casa, daquela que seria uma das melhores soluções para financiar a saúde pública de nosso País - a aprovação do Imposto do Cheque -, o que terminou redundando em uma frustração para aqueles que esperavam essa aprovação.

            A saúde não pode - Sr. Ministro, desculpe-me por esta colocação, se ela o incomoda, mas acho que não, porque o senhor tem espírito democrático - ficar atrelada apenas a um projeto, não pode ficar atrelada a uma fonte de financiamento apenas. A saúde é um direito de todos no Brasil, e o Governo tem de oferecer uma solução para o seu financiamento. (Palmas.)

            Não queremos jogar essa carga nos ombros de V. Exª, até porque poderia parecer uma esperteza política minha, e eu não gosto de esperteza. É que eu, aqui na Presidência dos trabalhos, ficarei na expectativa de ouvir a palavra do Ministro, mas serei obrigado, dentro de mais alguns instantes, a deixar esta solenidade e poderia parecer que eu queria dar o meu recado e depois não tomar conhecimento das conseqüências. Mas não! Estou aqui para dizer, não apenas a V. Exª, mas à sociedade brasileira, aos colégios de secretários de saúde, às frentes parlamentares, às entidades de saúde, que nós vamos apreciar, dentro do menor prazo possível, esse projeto de emenda que regulamenta o art. 29, que trata do financiamento da saúde.

            O eminente Senador Tião Viana é um dos autores de um desses projetos e S. Exª tem pressionado aqui, legitimamente, e tem me levado, claro, a uma situação que não é individualmente difícil para mim, é individualmente difícil para cada Senador que tem a consciência da gravidade da situação da saúde em alguns aspectos. Porque, se há avanços - e eles são consideráveis - no campo da saúde pública, há também desafios enormes e bastaria, claro, fazer referência ao que está acontecendo, para tristeza de todos nós brasileiros, na cidade do Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, que se vê de repente dominada por uma epidemia, a epidemia do mosquito da dengue, e que, segundo as últimas informações, já fez 68 vítimas fatais.

            Não quero terminar sem antes dizer uma palavra a todos aqueles que aqui debatem com maior intensidade o problema da saúde pública, debatem a Lei de Biossegurança e sua regulamentação. São todos temas que estão merecendo a nossa consideração. Para não cometer injustiças, não citarei o nome de alguns Senadores, porque posso me esquecer de algum, e isso me traria uma situação complicada. Prefiro dizer, no final deste discurso, que aqui não existem alguns, aqui existem todos, os 81 Senadores estão dispostos a reconhecer a gravidade do nosso problema e também os esforços que têm sido feitos pelo Ministro José Gomes Temporão, que tem buscado enfrentar desafios - e como tem! -, inclusive levantando verdadeiros tabus, problemas cercados de preconceitos e que precisam ser debatidos pela sociedade brasileira.

            Cumprimento, pois, o Ministro José Gomes Temporão nesta data, no Dia Mundial da Saúde. E digo a V. Exª e a todos os que estão aqui que, brevemente, se Deus quiser, iremos comemorar um outro dia, não apenas o Dia Mundial da Saúde, mas o Dia Nacional da Saúde: o Brasil avançando e conquistando novas etapas para a cura e para a satisfação das condições de saúde dos nossos irmãos brasileiros. (Palmas)

            Muito obrigado pela presença de todos, autoridades e parlamentares. A luta continua!

            Quero convidá-los para que possamos... e que vontade de dizer o dia, mas não vou me arriscar, não vou cair nessa, vontade de dizer eu tenho, mas vou ser cauteloso hoje, para poder ser vitorioso amanhã. (Palmas)

            Muito obrigado a todos. Permitam-me dar um viva àqueles que estão no campo de luta, enfrentando a doença no Brasil.

            Muito obrigado. (Palmas)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/04/2008 - Página 8423