Discurso durante a 82ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Associa-se às homenagens ao Senador Sibá Machado. Comemoração pela realização do leilão para a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. (como Líder)

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA.:
  • Associa-se às homenagens ao Senador Sibá Machado. Comemoração pela realização do leilão para a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. (como Líder)
Aparteantes
Augusto Botelho.
Publicação
Publicação no DSF de 21/05/2008 - Página 15352
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • SOLIDARIEDADE, HOMENAGEM, SIBA MACHADO, SENADOR, DESPEDIDA, SENADO, RETORNO, MARINA SILVA, TITULAR, ELOGIO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, LEILÃO, CONSTRUÇÃO, USINA HIDROELETRICA, RIO MADEIRA, ESTADO DE RONDONIA (RO), IMPORTANCIA, PROJETO, GARANTIA, ENERGIA, BRASIL, VIABILIDADE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.
  • COMENTARIO, GESTÃO, ORADOR, GOVERNADOR, ESTADO DE RONDONIA (RO), DEFESA, APROVEITAMENTO HIDROELETRICO, BACIA AMAZONICA, ESPECIFICAÇÃO, RIO MADEIRA.

O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu gostaria que V. Exª descontasse dois minutos do meu tempo - eu teria esse direito lá embaixo, mas preferi fazê-lo da tribuna -, pois vou fazer uma homenagem ao Senador Sibá Machado.

O Senador Sibá Machado vai deixar, sem dúvida, muita saudade, vai fazer muita falta a todos nós, mas vai fazer muito mais falta ao Governo. Não tenho nenhuma dúvida de que o Sibá, por seu poder de articulação, vai fazer falta nas comissões, nas CPIs e aqui no plenário. Digo isso com todo respeito à grande personalidade pública que é a Ministra Marina Silva, que, não tenho medo de dizer, não se trata apenas de uma personalidade pública nacional, mas já de dimensões internacionais. Dificilmente ela substituirá o trabalho que Sibá Machado desempenhava aqui no Senado Federal nas comissões, nas CPIs e no plenário.

Em nome da minha bancada, a bancada do PMDB, quero render as minhas homenagens a esse grande homem público que é o Senador Sibá Machado.

Quero, a propósito, dizer que discordo quando muitos falam que suplente não preenche, à altura, a ausência do titular. Sibá Machado, Paulo Duque, Valter Pereira, que hoje é titular do cargo, e tantos outros suplentes que aqui chegaram têm preenchido à altura e, muitas vezes, além das expectativas, o seu papel aqui no Senado Federal.

Parabéns, Sibá. Como falou a Senadora Fátima Cleide, estamos aguardando a sua volta, porque você vai fazer muita falta não só a nós, que vamos sentir saudades, mas ao Brasil, ao Senado Federal.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ontem, dia 19 de maio, realizou-se o leilão para a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, no trecho dentro do meu Estado de Rondônia.

Independentemente do consórcio que obteve a concessão de construção, a realização do leilão é acontecimento dos mais auspiciosos para o meu Estado, para a Região Amazônica e para o Brasil.

O fato de o consórcio Energia Sustentável ter vencido com deságio de 21% sobre o preço máximo do quilowatt-hora estimado pelo Governo demonstra a rentabilidade do empreendimento e os benefícios que irá gerar.

Mais de trinta concessionárias de distribuição em todo o Brasil estão interessadas em adquirir a energia gerada em Jirau. O empreendimento já é um sucesso e nem começou a ser construído.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tenho sido um incansável lutador em favor do aproveitamento hidrelétrico da bacia amazônica, em particular do potencial do rio Madeira, um dos mais promissores dessa bacia.

Lembro-me de que, quando Governador do meu Estado de Rondônia, já convencido do potencial do rio Madeira, encomendei estudo de aproveitamento do rio à empresa Planel do Rio de Janeiro. Isso foi em 1997, mais de dez anos atrás, e eu já tinha a convicção formada de que o rio Madeira seria uma das grandes fontes de energia para o nosso Brasil. O leilão de ontem acaba de confirmar minha visão de mais de uma década atrás, consubstanciada no estudo cujo texto até hoje preservo comigo.

A Usina de Santo Antônio, licitada no ano passado, e, agora, a de Jirau, ambas em Rondônia, fazem parte do conjunto de centrais hidroelétricas que fornecerão a necessária e urgente energia de que o Brasil precisa para viabilizar seu projeto de desenvolvimento sustentável.

A Região Norte do Brasil é uma vastidão territorial quase virgem de geração de energia pela via hídrica, a mais limpa e barata que existe no mundo.

O Brasil detém o maior parque potencial de geração hidráulica do planeta, capaz de gerar energia mais do que suficiente para atender a sua demanda interna.

Não podemos, pois, postergar esses empreendimentos, sob pena de provocar incontornável atraso em nosso projeto de desenvolvimento.

O aproveitamento dos recursos hídricos do Norte do Brasil é a espinha dorsal que não pode ser quebrada, sob pena de provocar a paralisia desta Nação.

Vira e mexe, somos surpreendidos com o risco de apagão. Felizmente choveu! Sempre falo que o Ministro Edison Lobão é um homem de muita sorte, porque assumiu o Ministério na iminência de um apagão. Os críticos já davam como certo um apagão generalizado, mas ele assumiu o Ministério, e começou a chover em todas as partes do Brasil. Os reservatórios encheram, e o risco de apagão foi embora.

Não se trata de devastar a Amazônia, como muitos querem fazer crer. Trata-se de aproveitar recursos indispensáveis para o Brasil e seu povo, garantindo que o ecossistema circundante não será destruído. Nem toda intervenção é degradante, mesmo que modificadora. Isso é o que devemos entender e garantir.

O planeta Terra nos foi entregue para que domestiquemos a natureza e dela tiremos os frutos de nossa subsistência e de nosso progresso. É o que estamos fazendo: aproveitando a dádiva magnífica que a natureza nos deu para benefício do povo brasileiro, mas sem perder de vista a preservação do meio ambiente.

Hoje, com os conhecimentos que temos do meio ambiente e das exigências de sua preservação, podemos projetar e construir usinas em condições muito mais favoráveis do que há trinta anos.

Por isso, e pela competência de nossos técnicos em barragens, pela seriedade dos órgãos de controle ambiental e pela capacidade de vigilância da sociedade, é que afirmo com grande satisfação que o Brasil deu um grande passo em direção ao progresso com a concessão da construção das usinas de Santo Antônio e de Jirau.

Como Senador por Rondônia e contumaz e persistente trabalhador em favor do progresso do meu Estado, da Amazônia e do Brasil, sinto orgulho em ver os meus esforços em favor dos projetos hidrelétricos do rio Madeira se tornarem realidade.

A construção das usinas do rio Madeira gerará milhares de empregos diretos na região e por diversos anos. Não só os empreendimentos das usinas, mas os que irão, através delas, para Rondônia, gerarão mais de trinta mil empregos diretos e em torno de cinqüenta mil empregos indiretos.

Concedo, com muita satisfação, aparte ao nobre Senador Augusto Botelho.

O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT - RR) - Senador Raupp, eu peço um aparte a V. Exª para lhe parabenizar, porque desde que cheguei a esta Casa eu vejo V. Exª brigando por essas duas usinas e por esse seu gasoduto - V. Exª não falou no gasoduto hoje; estou fazendo o aparte para lhe cobrar isso! Rondônia está de parabéns por essas duas usinas, porque vai ser um dos fornecedores de energia para o País. Se o gasoduto sair, então, V. Exª estará com sua missão cumprida dentro desta Casa. Parabéns a V. Exª

O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO) - Muito obrigado, Senador Augusto Botelho. Incorporo o aparte de V. Exª ao meu pronunciamento. 

Grandes realizações aguardam o País com a disponibilização, a partir de 2013, da energia de Jirau e de Santo Antônio.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como bem falou o Senador Augusto Botelho, eu não perdi de vista, eu ainda não arriei a bandeira do gasoduto. A bandeira está levantada, e pelo gasoduto tenho brigado todas as semanas, tanto aqui como lá no meu Estado. E, recentemente, o Ministro de Minas e Energia, Ministro Edison Lobão, afirmou-me que determinou a seus técnicos que coloquem, numa medida provisória - que virá para o Congresso, para a Câmara e para o Senado -, as bases da regulamentação do sistema isolado de energia - meu Estado, o Estado do Acre, e tantos outros Estados da Amazônia fazem parte desse projeto -, as condições para construção do gasoduto Urucu-Porto Velho.

Ainda quero ver esta obra de R$3 bilhões, o aproveitamento do gás da Bacia do Urucu chegando a Porto Velho; está chegando em Manaus, para gerar energia para o Pólo Industrial de Manaus, e como o outro pólo mais próximo da Bacia do Urucu é Porto Velho - e há um projeto pronto neste sentido, com licença ambiental aprovada -, quero também, Senador Augusto, Srªs e Srs. Senadores, que este gasoduto seja construído em Rondônia.

Por fim, agradeço ao povo de Porto Velho, por intermédio dos seus representantes legítimos, os Vereadores da Câmara de Porto Velho, que, ontem, concederam-me o título de Cidadão Honorário, a mim e à minha esposa, Deputada Federal Marinha Raupp, pelos serviços e pela luta que temos travado pelo povo da nossa capital.

Sou natural de Santa Catarina. Uma cidade do interior de Rondônia me adotou há 31 anos, e várias outras cidades já haviam seguido o mesmo exemplo, concedendo-me o título de Cidadão Honorário. E, ontem, foi a vez de a nossa capital, Porto Velho, conceder-me esse título, que agradeço de coração.

Com certeza esse título vai me estimular, tanto a mim quanto à Deputada Marinha, a trabalhar ainda muito mais por Rondônia, pela nossa capital, Porto Velho, e pelo Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/05/2008 - Página 15352