O SR. DELCÍDIO AMARAL (Bloco/PT - MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, primeiro gostaria de dizer que não interrompi o Senador Paim porque - eu estava até conversando com o Senador Geraldo Mesquita - percebi que, num momento difícil que o Senado enfrenta, que o Congresso enfrenta, encerramos esta semana bem, graças a Deus, e com um discurso espetacular do Senador Paim.

            Eu não quis interrompê-lo, mas disse aqui que o Senador Paim é um Senador rigoroso, competente e sereno, quase cirúrgico nas causas que ele defende, principalmente causas voltadas para os movimentos sociais. O Senador Paim, com o conhecimento que tem, muito explicitamente, lucidamente, aqui falou e aqui disse. Por isso ele tem a consciência absolutamente tranqüila no que se refere ao trabalho que tem feito e ao que representa para a nossa Casa, para o seu Estado, o Rio Grande do Sul, e para o nosso País, o Brasil.

            Eu disse ao Senador Paim que, quando há um grande debate, às vezes ocorrem até atitudes não condizentes principalmente com as práticas democráticas, e, num bom entendimento do que representa o Poder Legislativo, a Casa das leis, os grandes projetos e os projetos que transformam uma nação são polêmicos. As grandes lideranças são polêmicas porque são lideranças transformadoras, lideranças que trazem mudanças. E é desse jeito mesmo.

            Vejo o Senador Paim muito tranqüilo, muito coerente com as suas posições, e o Senado inteiro, Senadores, Senadoras, somando-se a esse grande esforço, principalmente no resgate social e na consolidação daquelas políticas que vão transformar o Brasil num País melhor, num País mais fraterno, mais solidário, mais cidadão.

            Sr. Presidente, em complementação ao que disse o Senador Paim, vamos discutir aqui esse projeto que olha essas questões indígenas com mais rigor, botando o dedo na ferida, como também o projeto das políticas de fronteira, insistentemente também trabalhado. Mas não recebi, infelizmente, até hoje, nenhum retorno do Ministério da Integração. Se tratamos os índios na Justiça, fronteira tratamos na Integração. E não tivemos resposta. Mas vamos em frente, fazendo as leis sempre de uma maneira, Senador Geraldo Mesquita, conciliatória, mas sem abrir mão do nosso dever e daquilo que é a nossa função, uma Casa legislativa, uma Casa de leis, resgatando essa missão precípua de todos nós aqui.

            O Senador Paim falou da PEC nº 24. Está na hora de discutirmos essa questão da Previdência abertamente. Porque os números falam em rombo da Previdência, mas o problema é que o dinheiro da Previdência se alastra, capilariza-se cada vez mais, e aquilo que é estabelecido constitucionalmente não é seguido. E aí surgem discussões absolutamente difusas e distorcidas daquilo que efetivamente é o papel da Previdência para o nosso País.

            Então, compreendo o avanço que foi a decisão tomada aqui na semana passada, quando votamos o projeto do Senador Paim e o projeto do Senador Tião Viana também.

            E estamos prontos, Senador Paim, para os próximos debates, para realmente voltar a trazer a esta Casa as grandes decisões nacionais, que vão garantir um futuro melhor para a nossa gente, para o nosso povo, que espera de nós, acima de tudo, este tipo de posicionamento, ousado, corajoso, republicano, mas, acima de tudo, de pessoas que querem ver o bem do Brasil.

            Quero parabenizar o Senador Paulo Paim, parabenizar V. Exª, Presidente, o Senador Geraldo Mesquita, porque conseguimos terminar bem esta semana, com propostas, discutindo temas que são vitais para a nossa população e fazendo, acima de tudo, o nosso papel.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.