O SR. EFRAIM MORAIS (DEM - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Presidente Garibaldi Alves, meus caros companheiros do Senado Federal, Senadoras e Senadores, trata-se de uma notícia triste não só para nós que convivemos com Jefferson Péres, mas também para a sua família, para os seus conterrâneos do Amazonas, para o Brasil.

Perdemos um Senador que foi dedicado ao Legislativo, podemos assim dizer, homem público que teve dois mandatos de vereador no seu Estado, Amazonas, mais precisamente na cidade de Manaus. Por duas vezes, foi Senador da República e, em 1º de fevereiro de 2011, iria concluir o seu segundo mandato de Senador.

Jefferson Péres nasceu em 1932, o que significa dizer que sabia muito bem cuidar da própria vida. Era um símbolo de ética nesta Casa, homem que, independentemente de quem quer que seja, de que partido fosse, esteve sempre em defesa da ética e do decoro parlamentar.

Srs. Senadores, realmente, é um mandato em que quatro dos nossos companheiros se foram. Primeiramente, foi nosso Presidente Ramez Tebet, que marcou, nesta Casa, uma história extraordinária. Tive a oportunidade de conviver com ele na época em que o Presidente Lula tomava posse como Presidente da República. Ramez Tebet era Presidente desta Casa, e eu era Presidente da Câmara dos Deputados. Vizinhos, tivemos a oportunidade de conviver. Tive a oportunidade, acima de tudo, de aprender muito com aquele homem público. Depois, foi Antonio Carlos Magalhães, outra perda enorme para o Senado, para a vida desta Casa, mas principalmente para a sua Bahia e para o Brasil. Há pouco tempo, outro grande conselheiro e conciliador desta Casa: Jonas Pinheiro. Foram três ilustres Senadores, cada um com as suas posições, atuações e formas de fazer políticas.

Agora, Jefferson Péres. Esse, podemos dizer, um homem que procurava aconselhar todos nós, principalmente os que aqui chegavam, mostrando a melhor forma de ser político em defesa da ética, da moral, mas acima de tudo em defesa do Brasil.

Foi o político que fez política para o Brasil, para defender o povo brasileiro. Foi o político que sabia ser crítico, que sabia ser amigo, mas, de forma nenhuma, abria mão de suas posições. Homem de formação jurídica que, com certeza, lutou muito por esta Instituição. Sempre, Presidente Garibaldi, em defesa dessa instituição, em defesa do Senado Federal.

Nós todos - e principalmente nós, Presidente Garibaldi, que fazemos parte desta Mesa presidida por V. Exª -, perdemos um dos grandes defensores do Senado Federal. Ele, muito polêmico, mas amava esta Casa. Criticava, mas queria bem a esta Casa. E nós sabemos que ali, naquele canto, naquela cadeira, ali, sempre na frente, vamos sentir a falta de um homem que, nas dúvidas, era um dos grandes conselheiros.

Por isso, queremos levar o nosso abraço de solidariedade à D. Marlidice de Souza Carpinteiro Péres, sua esposa, e, em seu nome, abraçar os seus três filhos Roger, Rômulo e Ronald. E queremos dizer a todos que, com certeza, como V. Exª, Presidente, como os companheiros Senadores e como eu, nos sentimos com saudade já de Jefferson, porque ele sabia o que devia ser feito para que esta Casa pudesse recuperar o seu prestígio, a sua imagem, mas, acima de tudo, a sua missão de legislar para o nosso País.

Deixo o meu abraço a sua família, na certeza de que todos nós aqui, numa sessão especial, haveremos de fazer uma homenagem a esse grande brasileiro, a esse grande amazonense, mas, acima de tudo, a esse homem público que zelou pela imagem da seriedade, da transparência e da ética.

À família de Jefferson o nosso abraço, mas acima de tudo a nossa saudade. Saudade, sim, porque sabemos que perdemos um grande Senador, um grande brasileiro e, acima de tudo, um homem que queria ver este País cada vez melhor.

Muito obrigado, Sr. Presidente.