Discurso durante a 87ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do setor madeireiro da Amazônia.

Autor
Expedito Júnior (PR - Partido Liberal/RO)
Nome completo: Expedito Gonçalves Ferreira Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL. POLITICA DO MEIO AMBIENTE.:
  • Defesa do setor madeireiro da Amazônia.
Publicação
Publicação no DSF de 28/05/2008 - Página 16707
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL. POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
Indexação
  • RESPOSTA, DISCURSO, PEDRO SIMON, SENADOR, CRITICA, ACUSAÇÃO, SETOR, EXPLORAÇÃO, MADEIRA, REGIÃO AMAZONICA, ESCLARECIMENTOS, LEGALIDADE, ATUAÇÃO, EMPRESA, ESTADO DE RONDONIA (RO), PROTESTO, DISCRIMINAÇÃO, COMPARAÇÃO, CRIMINOSO, ELOGIO, ATENDIMENTO, LEGISLAÇÃO, MEIO AMBIENTE.
  • COBRANÇA, GOVERNO, REGULARIZAÇÃO, ORGANIZAÇÃO FUNDIARIA, ESTADO DE RONDONIA (RO), REGIÃO NORTE, FACILITAÇÃO, MANEJO ECOLOGICO, LICENÇA, EXTRATIVISMO, MADEIRA, ACUSAÇÃO, RESPONSABILIDADE, ASSENTAMENTO RURAL, REFORMA AGRARIA, PROMOÇÃO, DESMATAMENTO.

            O SR. EXPEDITO JÚNIOR (Bloco/PR - RO. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, não quero polemizar com o Senador Pedro Simon, até porque a bandeira que o Senador Pedro Simon defende é, com certeza, a bandeira que nós, que também vivemos e moramos na Amazônia, defendemos. Respeito muito o Senador Pedro Simon. Inclusive, penso que sou um dos Senadores que mais têm buscado aprender com os Senadores mais antigos, com os Senadores de maior experiência nesta Casa.

            Mas, Sr. Presidente, não posso permitir mais que qualquer Senador, nesta Casa, ataque o setor madeireiro indevidamente. Eu disse isto em Mato Grosso; eu disse isto no Pará; eu disse isto em Rondônia. E o meu posicionamento, tenho certeza, é o mesmo do Senador Pedro Simon.

            Nós, lá em Rondônia - e digo isso com orgulho do Governador do meu Estado, Ivo Cassol -, por intermédio da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Rondônia, depois do Pacto Federativo, temos buscado fazer o dever de casa corretamente. Madeireiro, lá em Rondônia não é bandido, e não pode ser visto como bandido. Madeireiro, em Rondônia, está buscando o plano manejo, está buscando a licença operacional para que possa trabalhar na legalidade. Nós temos que reconhecer que quem empurra o setor madeireiro para a ilegalidade é o próprio Governo! Não é o setor madeireiro que quer trabalhar na ilegalidade. Se o madeireiro não consegue fazer o plano de manejo, não consegue obter a licença operacional, a culpa não é do madeireiro; a culpa não é do setor produtivo, não. A culpa é do próprio Governo, que não tem a regularização fundiária na Amazônia. Hoje, temos de fazer com que caia a máscara. Se existe alguém responsável pelo desmatamento na Amazônia, temos de reconhecer que são, na verdade, as invasões e os assentamentos feitos pelo próprio Incra. Então, não se pode mais falar sobre reforma agrária na Região Amazônica, porque, ali, sim, se faz o desmatamento praticamente para o plantio, para a pastagem. O setor madeireiro não; o setor madeireiro, no meu Estado, tem a consciência de que a madeira vai dar o sustento e a sobrevivência e que vai gerar riquezas no nosso Estado. O setor madeireiro tem a responsabilidade em torno de 20% da economia do nosso Estado. Então, não posso permitir aqui que se trate o madeireiro como bandido ou que se coloque o madeireiro na mesma vala comum. Sou obrigado a fazer essa defesa aqui. Não sou madeireiro, não sou sustentado pelo setor madeireiro, mas não posso permitir que uma importante categoria, que aquece a economia do meu Estado, seja tratada como bandidos, como foi há pouco, aqui no plenário desta Casa, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/05/2008 - Página 16707