A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Obrigada, Senador Flávio Arns, a quem cumprimento na Presidência, especialmente pela realização desta sessão de homenagem. Nossa saudação ao Sr. Prefeito de Niterói, Sr. Godofredo Pinto; à Srª Gysélle Saddi Tannous, Presidente da Federação Nacional das Associações Pestalozzi (Fenasp); à Srª Lizair de Moraes Guarino, Presidente da Associação Pestalozzi de Niterói, na nossa linda cidade, no nosso lindo Estado do Rio de Janeiro.

Presto aqui uma homenagem, antes de começar o meu discurso, a todos e a todas que estão aqui presentes, que, com certeza, são homens e mulheres extremamente dedicados a essa causa, por isso estão aqui. Faço uma saudação mais especial ainda porque vejo aqui um número muito significativo de mulheres, o que é meio raro de vermos neste plenário, pois são poucas as mulheres que o freqüentam. Mas, numa ação grandiosa como essa que a Pestalozzi presta à sociedade brasileira, com todo o valor que atribuímos aos homens presentes aqui, pela sua dedicação à causa, uma saudação muito especial a essas mulheres.

Pela importância para o Brasil, pelos valorosos serviços prestados, pelo trabalho humanitário mundialmente reconhecido é que venho a esta tribuna para prestar minha homenagem a esta instituição tão estimada à toda sociedade brasileira, que é a Associação Pestalozzi. Essa entidade, que tem uma de suas instituições localizada em Niterói, hoje aqui completando sessenta anos, é a nossa homenageada. Lá no belo Estado do Rio de Janeiro, a Pestalozzi de Niterói está passando para a chamada melhor idade, 60 anos. São anos de dedicação àqueles que realmente necessitam de acompanhamento, muitas vezes desde o início de sua vida.

Quero parabenizar, mais uma vez, meu companheiro, Senador Flávio Arns, que tomou essa brilhante iniciativa de homenagear uma instituição que presta tantos serviços às pessoas com deficiência desde a infância até a idade adulta. Penso, concordando com o nosso Senador Flávio, que a Pestalozzi é um modelo de convivência humana que cultiva valores e princípios éticos de respeito às diferenças, além de desenvolver ações nas áreas de educação, saúde, trabalho, assistência à reabilitação para as pessoas com deficiência.

Sob a inspiração, como já foi dito aqui, da educadora Helena Antipoff, a Pestalozzi iniciou suas atividades em 1948, com ações de assistência médico-social, assistência educacional aos portadores de deficiência e formação de recursos humanos. Sempre, senhores e senhoras, sempre acreditei que esta união saúde/educação é uma forma de valorizar o ser humano. Não posso deixar de salientar que esse tipo de trabalho deve ser valorizado sempre, pois o que temos visto em nosso cotidiano, nos jornais e por onde andamos geralmente, não tem sido muito motivo de orgulho para nós, brasileiros e brasileiras, em muitas situações.

Por isso, acredito piamente que devemos mostrar e valorizar o que temos de bom, para que sirva de exemplo às gerações que estão por vir.

E, aí, tem um papel muito importante a nossa imprensa, a imprensa brasileira, investigativa, que mostra - e mostra porque tem que mostrar - problemas existentes como os crimes e tudo o mais que tem que ser divulgado. Mas que se divulgue também, em grandes proporções, os grandes trabalhos feitos positivamente pela sociedade brasileira. É muito importante que isso aconteça, porque, em determinados momentos, ao assistirmos aos noticiários, parece que só tem pauta negativa, quando, na verdade, existe uma gigantesca pauta positiva.

Sr. Prefeito, senhoras e senhores aqui presentes, eu espero que, pela passagem dos 60 anos da Pestalozzi, no Brasil inteiro, mas especialmente no Rio de Janeiro, a imprensa dê um amplo espaço para mostrar o grande trabalho que a Pestalozzi presta aos brasileiros e brasileiras que dele tanto precisam. E que mostre esse trabalho, para que outras pessoas venham a ele se agregar e para que aqueles que precisam também da Pestalozzi cheguem até ela, porque muitos não chegam.

Acho que esta é uma questão de extrema relevância, e a imprensa brasileira tem uma contribuição muito importante a dar ao povo brasileiro que dela precisa e que a merece.

É bom que a Nação brasileira saiba que a Associação Pestalozzi atende a uma demanda de atenção multidisciplinar de pacientes de todas as idades, muitos deles sem condições mínimas até mesmo de pagar um tratamento adequado. Essas crianças, adolescentes e adultos que ali são atendidos conseguem sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional de uma forma humana, solidária e amorosa. Sempre é o respeito humano que impera, sendo essa sua filosofia maior de trabalho. São pessoas tratadas com solidariedade, com fraternidade, com generosidade.

Ressalto também o Centro de Saúde e Reabilitação da Associação Pestalozzi, que oferece serviços complexos de estimulação precoce, de hidroterapia e reabilitação psicomotora, além de tratamento médico, psicológico e social, em nível ambulatorial. São dezenas de profissionais e voluntários que fazem um trabalho digno de louvor e que precisa ser reconhecido pela sociedade brasileira como um todo.

Aproveito para falar também, neste momento, Sr. Presidente, senhoras e senhores aqui presentes, das unidades Pestalozzi lá do meu amado Estado de Mato Grosso. Lá, com a mesma qualidade, o mesmo carinho e dedicação, a Pestalozzi marca o cotidiano de todos os brasileiros que lá vivem, seja no Município de Água Boa, no Município de Cláudia, de Dom Aquino, de Juara, de Juína, de Várzea Grande, de Jaciara, ou na nossa capital, Cuiabá.

Temos Municípios em Mato Grosso que ficam a 1.500 km da capital, com 500 km ainda de BR sem asfalto, e, em alguns desses Municípios, a Pestalozzi está presente. É um trabalho grandioso, que não mede dificuldade para chegar aonde o povo dele precisa.

E lá, nestes Municípios de Água Boa, Cláudia, Dom Aquino, Juara, Juína, Várzea Grande, Jaciara, ou na nossa capital, Cuiabá, os serviços da Pestalozzi são percebidos e valorizados por todos.

Esse serviço social é um desafio a todos nós. É a defesa dos direitos humanos, é a defesa da igualdade de acesso a toda a população, é a defesa da qualidade no atendimento. Isso não é assistencialismo, é direito, é inclusão social, é a busca da plena inclusão.

Parabéns à Associação Pestalozzi de Niterói pelos seus 60 anos de trabalhos intensos e, com certeza, Srª Presidente, de muita luta em favor de uma camada da população que precisa de tratamento especializado! Continuem nessa caminhada e contem com esta Senadora!

Gostaria, Sr. Presidente, senhores e senhoras aqui presentes... Estou meio traumatizada - o Presidente sabe por quê -, por isso que vou falar da LDO, Sr. Presidente. Como Relatora da LDO, tínhamos entrado com uma emenda de comissão e, ontem, aprovamos na CAS, Comissão de Assuntos Sociais - porque as emendas de comissão são emendas nacionais, não são regionais nem estaduais, são emendas nacionais, repito -, e foi aprovada, na LDO, na Comissão de Assuntos Sociais, ontem, uma emenda de nossa autoria - mas foi aprovada na comissão; portanto, ela passou a ser uma emenda para o Brasil - que prioriza a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. É o respaldo, na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Brasil para 2009, da possibilidade de colocarmos recursos na LOA, na Lei Orçamentária do País de 2009, para a capacitação de deficientes.

Acredito que nós precisamos ter políticas públicas cada vez mais claras em vários setores, mas, para dizer que realmente apoiamos uma causa de forma determinada, consciente e conseqüente, precisamos lutar também por recursos para essa causa.

Muito obrigada. (Palmas.)